Brasil
Mulher que pichou estátua pede desculpas ao STF; veja vídeo
Débora diz que nunca fez nada de ilícito ao longo da sua vida.
Após mais de dois anos de detenção por sua participação nos atos de vandalismo em frente ao Supremo Tribunal Federal, Débora Rodrigues dos Santos, uma cabeleireira de profissão, alega que sua ação não foi premeditada e que desconhecia o valor histórico e financeiro da estátua que danificou. Em um vídeo gravado durante a audiência de instrução, Débora se defende, declarando-se uma cidadã de bem. A divulgação dessas declarações ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, decidir tornar público o processo criminal contra ela.
Moraes votou pela condenação de Débora a catorze anos de prisão, por sua participação em cinco crimes, incluindo golpe de Estado e associação criminosa armada. A sentença também inclui danos ao patrimônio público e a deterioração de um bem tombado.
No vídeo, Débora confirma que foi aos atos, mas diz que não imaginava que eles seriam “tão conturbado”, e ressalta não invadiu nenhum prédio público. Segundo seu relato, ela estava na praça “tirando fotos” quando um homem começou a escrever a frase na escultura, e pediu para ela terminar porque tinha a caligrafia feia.
“Eu estava tirando fotos, porque eu nunca tinha ido a Brasília e eu achei os prédios, de fato, muito bonitos, e foi por isso que eu estava lá tirando fotos. E apareceu esse indivíduo, que eu nunca vi na vida, falando isso para mim, e eu caí nessas falas dele, mas eu nunca fiz nada de ilícito na minha vida”, afirmou.
Débora pede que os ministro se compadeçam dela porque ela é mãe de dois filhos pequenos e a separação tem causado sofrimento a eles. “Eu queria pedir, assim, de todo coração, que se compadecessem de mim, porque eu sou uma mãe que nunca me afastei dos meus filhos e essa separação tem feito eles sofrer demais. E eu só queria que soubesse disso, Excelência, que isso tem feito a minha família sofrer demais. Me desculpe”, disse.