Polícia
Entenda o que está por trás da prisão do policial Tchaca
Os autos não apontam nenhum tipo de movimentação financeira envolvendo Lázaro ‘Tchaca’ e os demais investigados.
O policial militar Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, mais conhecido como Tchaca, foi um dos alvos da segunda fase da Operação Falsas Promessas, deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco). A operação investiga um esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro, que envolve também outros policiais e influenciadores digitais. Ao todo, 24 pessoas foram presas preventivamente nesta nova etapa.
De acordo com os autos da investigação, Tchaca teria tido acesso antecipado às informações da operação e, mesmo ciente da investigação, teria agido para tentar interferir em seu andamento. Esse teria sido o principal motivo para o pedido de prisão preventiva, com o objetivo de preservar a eficácia da investigação em curso.
Em vídeo divulgado em suas redes sociais, o próprio Tchaca confirma que já sabia da investigação antes da deflagração da operação. Ele também denunciou, publicamente, um suposto esquema de extorsão dentro do Judiciário. Segundo o PM, teria sido exigido o valor de R$ 80 mil por investigado, sob a promessa de que seriam realizadas apenas buscas e apreensões, sem decretação de prisão preventiva. A denúncia ganha ainda mais repercussão diante do fato de que, vinte dias após o suposto pedido de propina, os pedidos de prisão desses investigados foram negados pela Justiça.
Vale destacar que os autos não apontam nenhum tipo de movimentação financeira envolvendo Lázaro ‘Tchaca’ e os demais investigados. O motivo da prisão, segundo os documentos, se limita ao fato de ele ter tido acesso prévio à operação e, supostamente, ter atuado em favor dos acusados.
Além de Tchaca, foram presos outros nomes conhecidos nas redes sociais, como Ramhon Dias e Nanah Premiações. A Operação Falsas Promessas segue em andamento, e novas fases não estão descartadas pelas autoridades.