Polícia
PMs são indiciados por estupro de jovem de 20 anos dentro de viatura
Caso ocorreu após desfile de carnaval; polícia concluiu inquérito com indiciamento por estupro de vulnerável. Policiais seguem presos e negam as acusações.
A Polícia Civil de São Paulo indiciou nesta quarta-feira (16) dois policiais militares pelo crime de estupro de vulnerável contra uma jovem de 20 anos dentro de uma viatura da Polícia Militar. O caso aconteceu em 3 de março, em Diadema, na região do ABC paulista, após um desfile de carnaval. Os policiais estão presos preventivamente desde a denúncia, mas negam as acusações.
De acordo com a investigação, a jovem teria pedido carona aos agentes para retornar para casa. Em vez de seguir o percurso informado, os policiais desviaram a rota e, segundo o relato da vítima, cometeram o crime no interior da viatura. Por volta das 22h30, ela enviou um áudio a um tio denunciando o estupro. A jovem também gravou um vídeo dentro do veículo questionando o desvio de trajeto.
Após o ocorrido, ela foi deixada na rua e buscou ajuda em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), sendo posteriormente encaminhada a um hospital. Exames de corpo de delito foram realizados tanto na vítima quanto nos suspeitos.
Os dois policiais, lotados no 24º Batalhão da Polícia Militar Metropolitana de Diadema, foram inicialmente presos em flagrante por abandono de posto e descumprimento de missão, conforme nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. A acusação de estupro passou a ser investigada em seguida.
Durante o inquérito, a Polícia Civil coletou depoimentos da vítima, dos suspeitos e de testemunhas, além de laudos periciais e imagens de câmeras corporais e de monitoramento. O delegado responsável concluiu que há indícios suficientes da prática do crime.
Com o indiciamento, o caso segue agora para análise do Ministério Público, que poderá apresentar denúncia formal à Justiça. A investigação tramita sob sigilo para proteger a vítima e preservar os elementos do processo.
A Secretaria de Segurança Pública informou que as apurações também continuam internamente na Polícia Militar. “A instituição reitera seu compromisso com a legalidade e a transparência, assegurando que qualquer desvio de conduta será apurado e punido com o devido rigor”, destacou a SSP em nota.
A Ouvidoria da Polícia também abriu procedimento para acompanhar o caso.