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Irã ataca Israel e mata 11; Trump prevê acordo de paz

Conflito entra no terceiro dia com mísseis sobre Tel Aviv e Teerã; Trump diz que paz e novo acordo nuclear estão próximos, e vetou ataque ao líder supremo iraniano

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Policiais e operários trabalham diante de escombros de casa atingida por mísisl iraniano em Tamra, no norte de Israel; quator mulheres de uma mesma família morreram - David Cohen/Jini/Xinhua

O conflito entre Israel e Irã atingiu seu momento mais tenso neste domingo (15), com ao menos 11 mortos e 200 feridos em território israelense após intensos bombardeios com mísseis balísticos disparados pelo Irã. Trata-se do ataque mais letal contra Israel desde o início da atual escalada militar.

Os mísseis iranianos atingiram áreas residenciais em Bat Yam, nos arredores de Tel Aviv, e em Tamra, no norte do país. Entre as vítimas estão civis, incluindo duas crianças, segundo a organização Magen David Adom, equivalente à Cruz Vermelha local.

Em resposta, Israel lançou novos ataques contra alvos estratégicos em Teerã, incluindo o prédio do Ministério da Defesa e um depósito de petróleo. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, prometeu continuar a ofensiva: “Arrancaremos a pele da cobra iraniana em Teerã e em todos os lugares.”

Segundo informações da mídia internacional, o ataque inicial de Israel visava eliminar ao menos 20 líderes militares iranianos, incluindo um assessor direto do líder supremo do país, Ali Khamenei, morto na operação. Fontes americanas afirmam que Donald Trump vetou um plano israelense para assassinar o próprio Khamenei, o que poderia ter desencadeado uma guerra regional de grandes proporções.

Apesar da escalada, Trump declarou que acredita em um acordo de paz e nuclear em breve, caso Irã e Israel recuem. Em sua rede Truth Social, escreveu: “Irã e Israel devem fazer um acordo, e farão um acordo. Teremos paz logo.”

Contudo, o cenário permanece altamente volátil. A mídia iraniana fala em mais de 80 mortes causadas pelos bombardeios israelenses, enquanto o número de mortos do lado israelense chega a 14. Apesar de ter maior poder de fogo, Israel enfrenta dificuldades para desmantelar as capacidades nucleares do Irã sem apoio direto dos EUA — como o uso das bombas MOP, capazes de penetrar instalações subterrâneas, que só podem ser lançadas por bombardeiros B-2 americanos.

Socorristas trabalham em escombros de prédio atingido por míssil iraniano em Bat Yam, perto de Tel Aviv – Ronen Zvulun/Reuters

O envolvimento americano direto, no entanto, depende de um ataque iraniano contra forças dos EUA na região. Trump sinalizou que só tomará essa decisão em caso de agressão direta. No entanto, a presença de tropas e porta-aviões dos EUA nas proximidades mantém a tensão no limite, especialmente após o Irã ameaçar fechar o Estreito de Hormuz, por onde passam mais de 30% do petróleo mundial.

Apoios internacionais ao Irã também aumentaram. A Rússia reiterou apoio a Teerã, a China manifestou preocupação com o avanço israelense, e a Turquia, mesmo membro da Otan, se solidarizou com os iranianos — o que sinaliza um possível isolamento diplomático de Israel caso o conflito escale ainda mais.

Internamente, o governo de Binyamin Netanyahu segue endurecendo o discurso, sugerindo até mesmo a possibilidade de mudança de regime no Irã: “Eles estão fracos.” Com a guerra na Faixa de Gaza ainda em curso e a popularidade abalada, o primeiro-ministro aposta na mobilização nacional diante da ameaça iraniana.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa com preocupação a possibilidade de que o Oriente Médio entre em um conflito regional de grandes proporções, com riscos globais no fornecimento de energia e novos rearranjos geopolíticos.

Redação Saiba+

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