Bahia
Estado mira facções com nova operação nos presídios da Bahia
Ação conjunta cumpre 30 mandados contra criminosos dentro e fora das cadeias; ofensiva visa enfraquecer o comando do crime organizado a partir do sistema prisional
Uma grande operação integrada foi deflagrada nesta segunda-feira (16) pela Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap), em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Polícia Civil e Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO). A ação, batizada de “Reincidência”, visa o cumprimento de 30 mandados de prisão relacionados a crimes praticados por detentos e comparsas em liberdade.
Dos alvos, 28 já estão encarcerados e dois foram localizados em bairros de Salvador, reforçando a articulação entre presos e criminosos fora do sistema. As ordens judiciais referem-se a crimes graves como tráfico de drogas, homicídios e assaltos, atribuídos a membros de facções que seguem atuando mesmo de dentro das unidades prisionais.
A operação ocorre simultaneamente em presídios da capital e de nove municípios do interior, entre eles Feira de Santana, Jequié, Juazeiro, Paulo Afonso, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista. O trabalho conta com o apoio da Polícia Militar e de equipes especializadas, ampliando o alcance e a eficácia da repressão.
Coordenada pela Superintendência de Gestão Prisional, a ofensiva tem como principal objetivo enfraquecer a capacidade de articulação de organizações criminosas que comandam delitos a partir das cadeias. Segundo a Seap, a operação também reforça a política de contenção de crimes reincidentes e de reestruturação da segurança penitenciária.
“É fundamental impedir que o sistema prisional seja base de operações do crime organizado. A operação Reincidência é um passo importante para reduzir essa influência criminosa e reforçar a segurança pública como um todo”, afirmou um dos responsáveis pela articulação da operação.
Nos bastidores, autoridades avaliam que o êxito da operação pode abrir caminho para novas etapas, com foco na inteligência e na quebra da cadeia de comando das facções. Além dos mandados, informações colhidas nesta fase deverão subsidiar inquéritos em andamento sobre o financiamento e a logística dessas organizações.