Bahia
Militante agride verbalmente deputado Diego Castro em ato pró-Bolsonaro
Durante buzinaço na capital baiana, jovem interrompe discurso do parlamentar com xingamentos; confusão foi registrada e publicada nas redes sociais
O clima esquentou durante um ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizado na manhã deste domingo (20), em Salvador. Durante a manifestação organizada pelo grupo conservador Bahia Direita, o deputado estadual Diego Castro (PL) foi alvo de agressões verbais por parte de militantes contrários ao movimento.
A mobilização aconteceu na Avenida Octávio Mangabeira, com concentração no Jardim de Alah e destino final no Farol da Barra. O evento contou com dezenas de carros, bandeiras do Brasil e faixas em defesa de Bolsonaro, além de críticas ao Supremo Tribunal Federal e à decisão que impôs tornozeleira eletrônica ao ex-presidente.
Enquanto discursava em cima de um trio elétrico, o deputado Diego Castro foi interrompido por uma jovem militante, que gritou: “vai se f*!”**, causando surpresa nos apoiadores presentes. Momentos depois, já ao descer do trio, outro militante de esquerda passou a gritar “defensor de ladrão”, referindo-se a Bolsonaro, o que gerou novo tumulto contido pela Polícia Militar.
“Enquanto defendíamos a liberdade, fomos atacados por militantes da esquerda”, escreveu Diego em publicação nas redes sociais, onde divulgou vídeos do episódio. Em um dos trechos, ele rebate:
“Aqui está o exemplo do que é o discurso de ódio da esquerda. Eles não sabem conviver com o contraditório. Chamam a polícia de homofóbica, de fascista, de nazista… e depois querem sair como vítimas. Está tudo gravado.”
Segundo o parlamentar, os ataques demonstram como a esquerda tenta criminalizar movimentos conservadores e calar vozes opositoras.
O deputado estava acompanhado do deputado federal Capitão Alden (PL) e de representantes do Bahia Direita, grupo conservador que tem ganhado projeção na Bahia com ações de rua e presença digital.
Operação contra Bolsonaro aumenta tensão
O episódio ocorre dois dias após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A ação faz parte da investigação que apura possível articulação golpista envolvendo o ex-presidente e aliados.
De acordo com a Procuradoria Geral da República, havia risco de fuga de Bolsonaro e indícios de que ele tentava obter apoio internacional — inclusive do ex-presidente americano Donald Trump — para atacar instituições brasileiras e minar o processo judicial em curso.