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Fake News: Filhos de Barroso não foram deportados dos EUA

Desinformação se espalha após sanções do governo Trump contra ministros do STF e familiares; Corte nega que Luna e Bernardo tenham sido deportados ou estejam refugiados

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Publicações nas redes sociais voltaram a atacar membros do Supremo Tribunal Federal com informações falsas. A mais recente envolve os filhos do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, que, segundo boatos, teriam sido deportados dos Estados Unidos ou estariam refugiados no consulado brasileiro em Nova York. A informação foi negada pela assessoria do próprio Supremo.

De acordo com o STF, Luna e Bernardo van Brussel Barroso, filhos do ministro, não estão nos Estados Unidos. “Não é verdade que os filhos tenham sido deportados ou estejam refugiados”, afirmou a assessoria, desmentindo as alegações viralizadas em postagens no X (antigo Twitter).

A onda de desinformação ganhou força após o governo Donald Trump anunciar o cancelamento de vistos de ministros do STF e seus familiares, como parte de uma medida simbólica contra o que chamou de violações à liberdade de expressão no Brasil. No dia 18 de julho, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, publicou no X que os vistos de Alexandre de Moraes, Barroso e seus aliados seriam revogados com efeito imediato.

Embora os boatos aleguem que os filhos de Barroso estariam entre os atingidos pela medida, o STF afirma que “não há informações oficiais sobre cancelamentos de vistos” de Luna ou Bernardo.

Quem são os filhos de Barroso?

Luna Barroso é advogada no escritório Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça Advogados, localizado no Rio de Janeiro, e cursa doutorado em Direito Constitucional na Universidade de São Paulo (USP). Já Bernardo Barroso é diretor associado do banco BTG Pactual, com atuação profissional em Miami, conforme perfis públicos em redes sociais.

A reportagem tentou contato com Luna, Bernardo e o escritório de advocacia por e-mail e redes profissionais, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto.

O Itamaraty também não respondeu se há registros recentes de voos com deportados brasileiros oriundos dos EUA. Nenhuma evidência pública indica que deportações tenham ocorrido neste contexto.

A notícia falsa é mais um exemplo de como narrativas distorcidas são usadas para confundir a opinião pública e intensificar a disputa política envolvendo instituições do Judiciário e o cenário internacional.

Redação Saiba+

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