Bahia
Apóstolo investigado em ação da PF que liga igreja a tráfico de drogas declara apoio a Alan Sanches e Ditinho
Relatório da PF aponta para envolvimento do pastor Valdemiro Santiago de Oliveira com “concierge do crime”
O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia e pré-candidato a deputado federal, e o empresário Ditinho, pré-candidato a deputado estadual, participaram neste domingo (6), em São Paulo, de um encontro com o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, Apóstolo Valdemiro Santiago.
Durante a agenda, o religioso expressou apoio às pré-candidaturas dos dois baianos. A reunião ocorreu na sede da instituição religiosa, que conta com mais de 6 mil templos no Brasil e em outros países, segundo informações oficiais da igreja.
Fundador da Mundial, Valdemiro Santiago tem enfrentado uma série de controvérsias e ações judiciais. Nos últimos meses, acumulou 15 condenações em primeira instância por dívidas de aluguéis de imóveis utilizados como templos e instalações da igreja, que somam mais de R$ 2,5 milhões. Em alguns casos, como o de Mogi Guaçu e São Bernardo (SP), os processos envolvem cobranças antigas que resultaram em ordens de penhora de bens e até mesmo leilão de propriedades, incluindo um mega templo avaliado em R$ 33 milhões, localizado na zona sul da capital paulista.
Valdemiro também foi condenado a pagar R$ 35 mil por danos morais ao ex-governador da Bahia, Rui Costa, por declarações ofensivas durante a pandemia. À época, o pastor criticou medidas de restrição que proibiram o funcionamento de templos religiosos.
Entenda quem é o líder religioso e as polêmicas por trás do gesto.
- Fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus
- Mais de 6 mil templos no Brasil e exterior
- Ex-bispo da Igreja Universal
- 15 condenações em menos de 30 dias por dívidas de aluguel
- Débito de mais de R$ 2,5 milhões com imóveis usados pela igreja
- Templos e bens pessoais já foram penhorados e colocados em leilão
- Condenado a pagar R$ 35 mil por danos morais ao ex-governador Rui Costa
- Acusado de vender “feijões milagrosos” na pandemia (processo arquivado)
- Justiça autorizou penhora durante cultos, após queda de arrecadação
- Mesmo com polêmicas, o pastor mantém forte influência política e religiosa