Polícia
Prisão do PM influencer Alexandre Tchaca levanta questionamentos sobre possível perseguição política
Outros cinco policiais foram presos na operação.
A prisão do policial militar e influenciador digital Alexandre Tchaca, ocorrida na manhã desta quarta-feira (09), durante a deflagração da Operação Falsas Promessas 2, gerou forte repercussão nas redes sociais e abriu espaço para discussões sobre possíveis motivações políticas por trás da ação.
Com mais de 169 mil seguidores no Instagram e presença ativa em um canal no Telegram e no podcast Pod Tchaca, o PM ganhou notoriedade nas redes sociais ao abordar temas ligados à segurança pública, além de realizar entrevistas com personalidades e membros das forças de segurança.
Antes de ser detido, Tchaca gravou um vídeo em que denuncia estar sendo alvo de uma “trama do sistema”. Segundo ele, desde novembro estaria sofrendo extorsões e sendo vítima de armações com o objetivo de manchar sua imagem pública. Em março, ele já havia feito declarações sobre possíveis articulações nos bastidores contra sua atuação.
“Em breve, vou revelar os nomes de quem está por trás disso”, disse na ocasião.
O CASO
A operação, coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), teve como alvo uma organização criminosa suspeita de movimentar grandes somas de dinheiro por meio de rifas ilegais e lavagem de capitais. Foram cumpridos 22 mandados de prisão, entre eles, contra Alexandre Tchaca, outros cinco policiais militares, dentre eles, Cabo Paim e os soldados Maximiano, Alan, Jefferson e o PM da reserva Adilson Prazeres, apelidado de ‘Jhones Rifas’, além de Franklin Reis que acumula mais de 1 milhão de seguidores em seu perfil no Instagram, Nanan Premiações e sua esposa, Gabriela Silva.
As investigações apontam que o grupo utilizava redes sociais para promover sorteios de alto valor com resultados supostamente manipulados para beneficiar membros da organização. Ainda de acordo com a Polícia Civil, empresas de fachada e “laranjas” seriam utilizadas para esconder a origem dos recursos.
A operação mobilizou cerca de 300 policiais civis e contou com apoio de diversos departamentos especializados, além do acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar.