Política

Fora de hora: Haddad tira férias em meio a turbulência econômica

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Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Em um momento de tensão econômica e instabilidade no mercado financeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, optou por tirar cinco dias de férias, aproveitando o feriado prolongado da Semana Santa e do Dia de Tiradentes. A decisão, autorizada pelo presidente Lula e publicada nesta quinta-feira (17), prevê sua ausência entre os dias 17 e 21 de abril. Nesse período, o comando da pasta ficará nas mãos do secretário-executivo Dario Durigan.

A escolha de Haddad por um descanso em meio a um cenário sensível levanta questionamentos sobre a prioridade do governo com relação à condução econômica do país. Com o dólar oscilando na casa dos R$ 5,20 e pressões crescentes por medidas claras de responsabilidade fiscal, a ausência do principal articulador da política econômica transmite uma mensagem preocupante ao mercado e à população.

Não se trata de condenar o direito ao descanso, mas de ponderar o momento. Haddad já havia planejado 11 dias de folga em janeiro, cancelados por razões pessoais. Desde então, a agenda econômica se intensificou com desafios na arrecadação, aumento da dívida pública e cobranças sobre a prometida nova âncora fiscal, ainda sem definição clara.

A condução econômica do país exige mais do que discursos bem articulados e promessas futuras, exige presença, ação e compromisso ininterrupto. Em um governo que busca reconquistar a confiança do mercado e da sociedade, cada gesto importa. E, infelizmente, tirar férias neste contexto soa como um sinal de desconexão com a realidade.

Enquanto o ministro descansa, o Brasil segue trabalhando, enfrentando a inflação, a desvalorização cambial e a incerteza fiscal. Talvez, ao voltar ao trabalho, Haddad perceba que o timing, na política e na economia, é quase tudo

Redação Saiba+

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