Política
Malafaia sobre sanções dos EUA: ‘quem é Eduardo Bolsonaro?’
Pastor aponta influência de big techs e “poderosos americanos” nas medidas contra Moraes e critica investigação do STF
O pastor Silas Malafaia, uma das vozes mais influentes da direita brasileira, contestou a narrativa de que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria protagonismo nas sanções dos Estados Unidos que podem atingir o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF). Para Malafaia, a medida está mais relacionada à ação de big techs e de grupos influentes americanos que teriam sido impactados por decisões do magistrado.
“Esse movimento não tem nada a ver com Eduardo Bolsonaro, com todo respeito. Tem a ver com big techs, cidadãos americanos e residentes na América. Quem é Eduardo Bolsonaro para fazer o governo americano tomar decisões? Com todo respeito, gosto muito dele, mas isso não tem nada a ver com Eduardo. São ações de um governo soberaníssimo. Isso não é um feito do Eduardo, e sim dos poderosos americanos com quem Alexandre de Moraes mexeu”, declarou Malafaia.
A fala ocorre no momento em que o STF abriu uma investigação sobre suposta coação de Eduardo Bolsonaro contra ministros da Corte. A apuração busca esclarecer se houve articulação direta do parlamentar para promover sanções internacionais a integrantes do Supremo, principalmente junto à administração do ex-presidente Donald Trump, que busca retornar ao poder em 2025.
Malafaia, no entanto, refuta qualquer tentativa de responsabilizar Bolsonaro ou seu filho, classificando a investigação como “mais uma perseguição”.
“Essa investigação é mais uma tentativa de perseguição a Bolsonaro para tentar prendê-lo e bloquear seus bens. Para com isso, gente. O que Bolsonaro tem a ver com a decisão do governo americano? Repito: quem é Eduardo Bolsonaro para fazer com que o governo americano tome posições?”, disparou o pastor.
O posicionamento do pastor evidencia o clima de tensão entre setores da direita e o STF, e fortalece a tese de que as pressões internacionais sobre ministros brasileiros são resultado de articulações complexas, que extrapolam os limites da política nacional.