PGR pede condenação do ‘núcleo 4’ da trama golpista

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (3), as alegações finais no processo contra o chamado “núcleo 4” da trama golpista. O grupo é acusado de espalhar desinformação sobre urnas eletrônicas e instituições e de organizar ataques virtuais contra militares que não aderiram ao plano de golpe.

No documento, a PGR pediu a condenação de sete réus: Ailton Gonçalves Barros, Angelo Martins Denicoli, Carlos César Moretzsohn Rocha, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques Almeida, Marcelo Bormevet e Reginaldo Vieira de Abreu.

Segundo a denúncia, os acusados faziam parte de uma rede estruturada para desestabilizar o processo democrático e criar condições favoráveis a uma ruptura institucional. O núcleo seria responsável por difundir narrativas falsas, hostilizar opositores e incentivar a ideia de que as Forças Armadas deveriam intervir.

A PGR enquadrou os sete réus nos crimes de organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A acusação sustenta que o conjunto das ações promovidas pelo grupo representou risco concreto às instituições e à ordem constitucional.

O julgamento dos envolvidos deverá ocorrer no plenário do Supremo Tribunal Federal, que já analisa outros núcleos da mesma investigação. A expectativa é de que a Corte conclua ainda neste semestre os processos relacionados à tentativa de golpe.

Com a manifestação da Procuradoria, o caso avança para a fase final, em que os ministros do STF decidirão se acolhem ou não o pedido de condenação. A decisão será acompanhada de perto por setores políticos e jurídicos, uma vez que envolve personagens apontados como peças-chave na articulação golpista.