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Bolsonaro tem inflamação no fígado e recebe nutrição parenteral

Ex-presidente permanece na UTI em Brasília; boletim médico indica elevação de enzimas hepáticas e necessidade de tomografia

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Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) / Reprodução/X

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star, em Brasília, apresentando um quadro clínico que inclui discreta elevação das enzimas hepáticas e alimentação exclusivamente por nutrição parenteral. De acordo com boletim médico divulgado nesta quarta-feira (24), a piora nos exames laboratoriais e o aumento da pressão arterial não têm relação com a visita de um oficial de Justiça ocorrida na terça-feira (23), mas sim com o agravamento progressivo de seu estado de saúde nos últimos dias.

A elevação das enzimas hepáticas indica uma inflamação nas células do fígado, situação que pode estar relacionada ao jejum prolongado e ao uso contínuo de medicações. A equipe médica optou por restringir novamente o número de visitas ao ex-presidente. Nos primeiros dias de internação, apenas Michelle Bolsonaro tinha acesso ao quarto. Com o relaxamento gradual, mais pessoas passaram a visitá-lo, mas o fluxo será novamente limitado.

Como parte do acompanhamento, Bolsonaro será submetido a uma tomografia computadorizada às 18h de hoje, medida preventiva para avaliar a evolução do quadro clínico.

Entenda a nutrição parenteral
A alimentação do ex-presidente está sendo realizada por meio de nutrição parenteral, técnica utilizada quando o paciente não pode se alimentar via oral ou por sonda. Nesse procedimento, uma fórmula rica em nutrientes — incluindo glicose, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais — é administrada diretamente na corrente sanguínea através de um cateter, sem passar pelo sistema digestivo.

Bolsonaro recebe oficial de Justiça em quarto do hospital — Foto: Reprodução

Indicada em casos de falência intestinal, obstruções ou outras condições que impeçam a absorção de nutrientes, a nutrição parenteral exige acompanhamento rigoroso devido a riscos como infecções no local do cateter e alterações metabólicas.

Esta não é a primeira vez que Bolsonaro é submetido ao método. Em 2019, durante internação decorrente das complicações da facada que sofreu na campanha de 2018, ele também precisou ser alimentado por via intravenosa.

Embora usada como medida temporária em muitos casos, a nutrição parenteral também pode ser indicada a longo prazo. No Brasil, o acesso domiciliar a esse tipo de tratamento ainda é restrito no SUS, sendo ofertado apenas por algumas instituições especializadas, como o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, em São Paulo, e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

A equipe médica segue monitorando a evolução do quadro clínico do ex-presidente, que permanece sob cuidados intensivos.

Redação Saiba+

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