Política
Meta e TikTok removem fake news sobre Janja e malas de dinheiro; ministra vê misoginia nos ataques
AGU confirma retirada de conteúdos falsos que ligavam a primeira-dama a escândalo na Rússia, e Márcia Lopes denuncia misoginia nas redes
A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou nesta quinta-feira (15) que as plataformas Meta (responsável por Facebook, Instagram e Threads) e TikTok removeram postagens que vinculavam falsamente a primeira-dama, Janja Lula da Silva, ao transporte de malas com dinheiro desviado do INSS durante a viagem presidencial à Rússia.
Segundo a AGU, as publicações alegavam que Janja teria embarcado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com 200 malas recheadas de valores ilícitos, e que ela teria sido detida em um aeroporto russo, provocando um suposto escândalo diplomático. Não há qualquer indício real sobre os fatos divulgados, e os conteúdos foram classificados pelo órgão como “desinformação desprovida de qualquer evidência”.
A Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD), vinculada à AGU, destacou que essas fake news tinham o objetivo de comprometer a legitimidade da missão diplomática do Brasil e de atacar a imagem pública da primeira-dama, além de enfraquecer a estabilidade institucional.
As remoções ocorreram após notificações extrajudiciais enviadas pela AGU, a partir de materiais localizados pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). A Meta e o TikTok cumpriram o prazo de 24 horas para excluir os conteúdos, que violavam os próprios Termos de Uso das plataformas.
Além das providências jurídicas, o episódio reacendeu o debate sobre misoginia nas redes sociais. A nova ministra das Mulheres, Márcia Lopes, saiu em defesa de Janja após outra polêmica recente, quando a primeira-dama teria feito críticas ao TikTok durante encontro com o líder chinês Xi Jinping. A ministra afirmou que os ataques à primeira-dama são “mais um triste episódio de misoginia”, e reiterou o compromisso da pasta em criar um ambiente digital saudável e seguro para mulheres e crianças.
“Toda esta repercussão é mais um triste episódio de misoginia, mas que jamais nos tirará do lugar de luta”, declarou a ministra Márcia Lopes.