Política

Saúde de Bolsonaro pode levar a prisão domiciliar, avaliam líderes partidários

Após atendimento de urgência e cancelamento de agendas, líderes partidários avaliam que ex-presidente dificilmente cumprirá pena em regime fechado

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O delicado estado de saúde de Jair Bolsonaro pode pesar na decisão do STF caso venha a ser condenado pelos atos de 8 de janeiro. Foto: Rosinei Coutinho/STF

O estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao centro das discussões políticas após ele ter sido submetido a atendimento de urgência na última semana e cancelar toda a sua agenda pública até o fim de julho. A situação clínica delicada reacendeu especulações nos bastidores de Brasília sobre os possíveis desdobramentos de uma eventual condenação pelos atos de 8 de janeiro, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Líderes partidários ouvidos sob reserva avaliam que, diante das condições de saúde do ex-presidente — que já passou por sete cirurgias desde a facada sofrida em 2018 e agora enfrenta um quadro de debilidade —, é improvável que ele cumpra pena em regime fechado. A alternativa mais discutida é a prisão domiciliar, semelhante ao que ocorreu com o ex-senador Fernando Collor, que obteve o benefício em maio deste ano após ser condenado pelo STF e apresentar fragilidade de saúde.

Bolsonaro tem 70 anos e, segundo sua equipe médica, encontra-se em repouso absoluto, o que obrigou o cancelamento de eventos políticos e compromissos de campanha já agendados. A ausência prolongada e a incapacidade de manter uma rotina ativa são vistas por políticos experientes como indicativos de que o STF poderá levar tais fatores em consideração, caso haja condenação nos processos em curso.

A defesa do ex-presidente já vinha mencionando seu estado de saúde em manifestações judiciais, e a nova internação fortalece o discurso de que Bolsonaro não teria condições de encarar um regime prisional comum.

Nos bastidores, parlamentares da oposição avaliam que qualquer punição precisa ser “exemplar, mas não desumana”. Já entre aliados, a expectativa é de que a saúde frágil sirva como argumento jurídico e político para impedir o encarceramento.

Redação Saiba+

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