Política

Reajuste do IPTU em São Paulo aponta onde imposto pode subir até 30%

Mapa da prefeitura revela que mais de 36% dos imóveis podem ter aumento de 20% a 30% no valor do IPTU no próximo ano

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Vista aérea da cidade de São Paulo. Projeto na Câmara Municipal de São Paulo reajusta o preço do IPTU. Foto: Beto Nociti/Adobe Stock

O município de São Paulo divulgou um levantamento que mostra como o próximo reajuste do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) vai se distribuir geograficamente pela capital. Segundo os dados, a variação dos aumentos projetados será heterogênea: enquanto cerca de 36% dos imóveis podem ter reajuste entre 20% e 30%, outros segmentos apresentaram faixas menores, entre 10% e 20%, e uma parcela mais restrita de até 10%.

O novo critério considera a “valorização imobiliária regional” e o grau de atualização do valor venal nas diferentes regiões da cidade. Áreas centrais e bairros que passaram por grande valorização recente — como regiões próximas à Avenida Paulista, Vila Olímpia e Brooklin — concentram os maiores percentuais de reajuste previstos. Já distritos periféricos e com menor valorização imobiliária tendem a figurar nas faixas de menor aumento.

A prefeitura destaca que o objetivo é corrigir distorções acumuladas na base de cálculo do IPTU, mas a notícia gerou reação entre contribuintes. Proprietários de imóveis em regiões de valor elevado avaliam o impacto direto no orçamento familiar, enquanto associações de bairro pedem esclarecimentos sobre a metodologia do cálculo e solicitam maior transparência sobre como o valor venal é atualizado.

Especialistas lembram que, apesar do aumento, o ajuste se encaixa no contexto de políticas de valorização urbana e pode ter efeitos práticos além da arrecadação: ele poderá influenciar decisões de compra, venda e locação, além de reforçar projetos de renovação urbana. Ainda assim, alertam que o impacto do imposto pode pesar especialmente em famílias de classe média que já enfrentam custos elevados na cidade.

Para os contribuintes, a dica é acompanhar a publicação oficial dos mapas e tabelas de valor venal que a prefeitura deve disponibilizar antes da votação final da nova lei do IPTU. Isso permitirá verificar em qual faixa o imóvel se encontra e avaliar se cabe contestação ou reavaliação.

Redação Saiba+

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