Saúde
Substitutos do açúcar: o que a ciência realmente diz
Estudos apontam riscos no consumo a longo prazo de adoçantes artificiais e reforçam a importância de priorizar alimentos naturais
Reduzir o consumo de açúcar é uma das principais recomendações médicas, especialmente para pessoas com diabetes tipo 2. Mas será que os substitutos do açúcar, tão presentes em bebidas diet e produtos ultraprocessados, são realmente uma alternativa saudável? Pesquisas recentes sugerem que não é tão simples assim.
Nos últimos anos, o uso de adoçantes artificiais, como aspartame, sucralose e sacarina, além dos naturais, como a estevia, aumentou significativamente. A promessa era simples: manter o sabor doce sem os malefícios do açúcar de mesa. Porém, estudos de longo prazo levantam preocupações importantes.
De acordo com uma análise da coorte Cardia, que acompanhou cerca de 5.000 adultos nos EUA por 25 anos, o consumo frequente de bebidas diet esteve associado a maior circunferência abdominal e risco 129% maior de desenvolver diabetes tipo 2. Além disso, pesquisas apontam que adoçantes podem alterar o microbioma intestinal e prejudicar a regulação da glicose.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) reforçou esse alerta em 2023 ao se manifestar contra o uso prolongado de adoçantes para perda de peso, associando-os ao risco de doenças cardíacas e morte precoce.
Ainda assim, especialistas lembram que, quando comparados ao açúcar refinado, os adoçantes podem ser uma opção melhor em situações pontuais, mas não devem se tornar base alimentar. A recomendação é priorizar alimentos integrais e naturais, reduzir ultraprocessados e dar preferência a opções simples como água, café sem açúcar, chá verde ou água saborizada naturalmente com frutas.
E qual dieta seguir?
Não existe uma fórmula única. Dietas como a mediterrânea ou de baixo carboidrato são as mais indicadas por associações médicas, desde que priorizem proteínas magras, vegetais, fibras e carboidratos de qualidade. A dieta cetogênica, embora eficaz no curto prazo, mostrou baixa adesão e riscos nutricionais a longo prazo.
No fim, a chave está no equilíbrio: encontrar um padrão alimentar sustentável, prazeroso e alinhado ao seu estilo de vida, sempre com acompanhamento nutricional.
