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Saúde

Tadafilados: vendas de tadalafila tiveram um aumento de 60% na Bahia ao longo de um ano

Descubra os fatores que impulsionaram o crescimento exponencial das vendas.

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O uso da tadalafila na Bahia teve um aumento de 60% em apenas um ano, despertando a curiosidade sobre o que tem impulsionado a procura por esse medicamento. Criada originalmente para tratar a disfunção erétil, a tadalafila tem sido cada vez mais utilizada para outros fins, indo além da impotência sexual.

Nas academias, jovens sem problemas de saúde recorrem ao medicamento em busca de melhor desempenho físico, seguindo uma tendência que também se estende ao Carnaval, onde é vendida por ambulantes de forma indiscriminada, apesar de exigir prescrição médica. Conhecida popularmente como tadala, a tadalafila tem se tornado um fenômeno de consumo, mesmo diante das recomendações profissionais.

O medicamento demonstrou sua eficácia em apenas 30 minutos após a administração, mantendo seus efeitos por até 36 horas. No entanto, é fundamental ressaltar a importância do uso racional e da prescrição médica. De acordo com Cleiton Vieira, diretor comercial da Associação de Farmácias do Nordeste (Assofarne), a venda do fármaco na Bahia teve um aumento significativo de 60% entre 2023 e 2024, totalizando um crescimento de 220% nos últimos quatro anos.

A tadalafila conquistou a posição de terceiro medicamento mais vendido no Brasil em 2024, ficando atrás apenas da losartana, utilizada para controle da pressão arterial, e da metformina, indicada para diabetes, conforme dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O número de vendas do medicamento aumentou em 10 milhões em quatro anos, passando de 21,4 milhões para 31,4 milhões.

Embora os dados específicos da Bahia ainda não tenham sido divulgados pela agência, é evidente que o aumento nas vendas foi impulsionado pelo uso indiscriminado da população. Muitos indivíduos passaram a utilizar a tadalafila como pré-treino, acreditando erroneamente que o medicamento poderia promover uma dilatação dos vasos musculares e uma maior nutrição dos músculos durante a atividade física, resultando em um aumento da massa muscular.

É fundamental ressaltar a importância de seguir as orientações médicas e utilizar o medicamento de forma adequada, evitando o consumo indiscriminado e os riscos associados a essa prática.

Em Salvador, o comediante Claudio Saback, conhecido como ‘Embaixador do Tadala’ no Instagram, com seus impressionantes 384 mil seguidores, também entrou na onda do medicamento, anunciando-o até mesmo em seu carro enquanto desfilava pelas ruas do IAPI. A influência cultural do tadalafila também se faz presente nas plataformas digitais, com canções ganhando destaque. Um exemplo é o clipe da música com o mesmo nome do medicamento, interpretada por Tierry, J. Eskine, Seresta do Rasta e Erick Woods, que acumulou 7,9 milhões de visualizações em apenas um mês.

Reprodução: Instagram

Outro influenciador em destaque é Xandel, um carioca que atualmente reside em Salvador. Ele é conhecido por suas resenhas bem-humoradas, nas quais compartilha suas “aventuras” sexuais com diversas mulheres enquanto faz uso do medicamento.

“Hoje é dia de sacanagem. Leva pro tetel, joga dois comprimidinhos pra dentro, para fazer efeito mais rápido, um debaixo da língua e o outro mastiga igual a chiclete. 3 minutinhos, é igual a miojo, instantâneo. Pinóquio durão e taca nas covardias que elas gostam”, diz Xandel em alguns de seus vídeos

O famoso influenciador carioca Jon Vlogs surpreendeu a todos ao lançar, recentemente, uma gummy de tadalafila, sendo a primeira do Brasil, de acordo com suas próprias palavras. Em seu post de anúncio, ele provocou seus seguidores perguntando: “Quais dos seus amigos estão precisando de uma caixa?”, acompanhado da observação “*Venda sob prescrição médica”. O produto esgotou em apenas três dias, mostrando a grande aceitação do público.

Reprodução: Instagram

A popularidade do tadalafila na cultura atual é inegável, mostrando como a influência digital pode afetar até mesmo o mercado farmacêutico.

Redação Saiba+

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Saúde

Anvisa aprova apenas uma creatina entre 41 analisadas

Avaliação apontou falhas em rotulagem em quase todos os produtos e apenas uma marca se destacou por atender completamente às normas da agência

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Foto: Reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta quarta-feira (23), o resultado de uma avaliação detalhada de 41 suplementos de creatina disponíveis no mercado brasileiro, fabricados por 29 empresas distintas. O levantamento teve como foco a verificação do teor real de creatina, conformidade da rotulagem e presença de substâncias estranhas nos produtos.

De acordo com a análise, apenas o produto Creatine Monohydrate – 100% Pure, da marca Atlhetica Nutrition, fabricado pelo ADS Laboratório Nutricional LTDA, foi aprovado em todos os critérios estabelecidos pela agência.

Por outro lado, apenas uma amostra apresentou teor de creatina abaixo do permitido, porém, seu nome não foi divulgado, pois está em processo administrativo de apuração.

O teor de creatina deve respeitar uma variação máxima de 20% a menos do que o indicado no rótulo. No geral, a Anvisa considerou os níveis de creatina satisfatórios nos produtos testados, sem infrações sanitárias significativas nessa categoria.

Na análise de presença de matérias estranhas, todos os suplementos foram aprovados, o que reforça a segurança física dos compostos comercializados. No entanto, o maior número de falhas foi identificado na rotulagem: 40 dos 41 produtos apresentaram algum tipo de incorreção. Os principais erros encontrados incluem:

  • Apresentação de alegações não previstas, ou seja, o rótulo atribuía ao produto propriedades que não são autorizadas para a creatina, inclusive com alegações incorretas em língua estrangeira.
  • Uso de palavras ou imagens que podem induzir o consumidor a uma informação incorreta ou insuficiente sobre o produto.
  • Tabela de informação nutricional fora do padrão e não declarada no mesmo painel da lista de ingredientes.
  • Frequência de consumo não declarada.
  • Número de porções da embalagem não declaradas na tabela de informação nutricional.
  • Tabela nutricional sem as quantidades de açúcares totais e açúcares adicionados.

Apesar das falhas, a Anvisa esclarece que os erros de rotulagem não configuram risco direto à saúde, mas os fabricantes poderão ser notificados para adequações.

A avaliação atual revela avanços em relação ao relatório de outubro de 2024, elaborado pela Abenutri (Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais), que havia reprovado 18 dos 88 produtos analisados à época.

A creatina é um suplemento amplamente utilizado por praticantes de atividade física e pessoas com perda muscular, como idosos. Produzida naturalmente pelo organismo e também presente em carnes, o suplemento pode ser eficaz quando utilizado com acompanhamento profissional. A automedicação, contudo, é desaconselhada e pode trazer riscos.

As análises foram conduzidas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Veja lista completa aqui

Redação Saiba+

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Saúde

Covid-19: Dra. Raissa defende fim da obrigatoriedade da vacina infantil

Médica sugere audiências públicas com apoio de especialistas para discutir riscos e garantir liberdade de escolha das famílias.

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Foto: Divulgação

A médica Dra. Raissa Soares tem incentivado a realização de audiências públicas em municípios de todo o país para discutir a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças de até cinco anos de idade. A proposta, segundo ela, visa oferecer embasamento científico e jurídico para que famílias possam tomar decisões informadas sobre a imunização dos filhos.

A iniciativa vem após relatos de pais que afirmam ter se sentido pressionados a vacinar seus filhos, mesmo diante de incertezas quanto aos efeitos a longo prazo da vacina contra a Covid-19 nessa faixa etária.

Durante reunião com médicos e pesquisadores, a médica defendeu que o debate ocorra nas câmaras municipais, com participação de profissionais da saúde, juristas e a sociedade civil.

“Precisamos ampliar a discussão em todos os setores e garantir que cada família tenha acesso a informações transparentes e atualizadas”, afirmou.

Doutora Raissa Soares / Divulgação

Raíssa também destacou o papel dos parlamentares locais no processo.

“Que os vereadores lutem pelas crianças de suas cidades e tirem a obrigatoriedade dessa vacinação. Se houver boa vontade e responsabilidade com as vidas, vamos proteger futuras gerações”, disse.

A médica reforçou que sua equipe, composta por especialistas como médicos PhDs e engenheiros de vacinas, está disposta a colaborar tecnicamente em audiências públicas. Ela afirma que o foco é garantir o direito à escolha com base em dados.

“Não se trata de negar a ciência, mas de respeitar o tempo, os dados e o direito das famílias.”

Entendimento jurídico e debate no Congresso

Embora haja mobilização contra a obrigatoriedade, a questão ainda é alvo de controvérsias jurídicas. A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou recentemente a obrigatoriedade da vacinação infantil contra a Covid-19, sob o argumento de proteção ao melhor interesse da criança. O entendimento do tribunal é de que pais que se recusarem a vacinar os filhos podem ser responsabilizados por negligência.

No Congresso Nacional, tramita o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 31/2024, que propõe suspender o trecho da normativa do Ministério da Saúde que incluiu a vacinação contra a Covid-19 no calendário obrigatório para crianças entre 6 meses e 4 anos. Os autores do projeto argumentam que faltam comprovações sobre a eficácia e segurança da vacina nessa faixa etária.

O texto foi apresentado pelo deputado Dr. Frederico (PRD-MG), primeiro signatário do projeto, e outros cinco parlamentares. Foto: Agência Câmara de Notícias.

Segundo o texto do PDL, um documento da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2023, indica que a vacinação em menores de 18 anos não teria impacto significativo na redução da transmissão do vírus.

Contexto

Desde 2021, o Ministério da Saúde tem incorporado vacinas contra a Covid-19 ao Programa Nacional de Imunizações, conforme orientações da OMS e de especialistas da área de saúde pública. As diretrizes visam proteger grupos vulneráveis e reduzir internações e óbitos.

As discussões sobre obrigatoriedade seguem mobilizando entidades médicas, parlamentares e movimentos sociais, em um contexto que envolve tanto questões de saúde coletiva quanto de liberdade individual.

Redação Saiba+

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Saúde

Pesquisa aponta perigos do botox estético

Com mais de 400 mil aplicações por ano no Brasil, toxina botulínica se populariza, mas estudo aponta que os perigos também cresceram.

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Aplicações de botox podem provocar efeitos colaterais como hematomas, inchaço e dor no local da injeção — Foto: ronstik/Adobe Stock.

Popular em clínicas de estética e símbolo de rejuvenescimento, o botox, nome comercial da toxina botulínica, vem ganhando cada vez mais espaço entre os procedimentos não cirúrgicos. No entanto, uma nova pesquisa da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) acende o sinal de alerta: apesar de sua fama de “minimamente invasivo”, o tratamento pode oferecer riscos relevantes à saúde.

O estudo, publicado nos Anais Brasileiros de Dermatologia, analisou 50 pesquisas internacionais sobre o uso estético da toxina entre 2017 e 2022. A conclusão dos pesquisadores é clara: o botox não deve mais ser tratado como um procedimento de baixa complexidade. “Essa classificação pode induzir os pacientes a acreditarem que não existem efeitos colaterais, o que não é verdade”, afirma a dermatologista Samira Yarak, coordenadora do estudo e professora da Unifesp.

Segundo a médica, a popularização do procedimento, foram mais de 9,2 milhões de aplicações em 2022 no mundo, sendo mais de 433 mil no Brasil, somada à falta de regulamentação específica, pode tornar as complicações um problema de saúde pública. Para ela, notificar os efeitos adversos e debater a qualificação dos profissionais são passos urgentes.

Riscos e efeitos colaterais

Embora a maioria das reações adversas seja leve e temporária, como dor, inchaço ou hematomas no local da aplicação, o uso do botox pode gerar efeitos mais sérios. Entre os mais comuns estão a ptose palpebral (queda da pálpebra superior), assimetrias faciais, visão dupla, dificuldade para fechar os olhos e até infecções. Também há registros de dor de cabeça, náusea, reações alérgicas e, em casos raros, reações anafiláticas.

De acordo com a dermatologista Mariana Fernandes de Oliveira, do Hospital Israelita Albert Einstein, a elevação do número de complicações está diretamente ligada à expansão do uso do botox por profissionais pouco qualificados.

“Quanto maior o número de aplicações, mais frequentes se tornam os problemas, principalmente quando feitas por quem não tem formação adequada”, destaca.

Segurança e contraindicações

Para evitar complicações, os especialistas recomendam atenção redobrada na escolha do profissional e do local do procedimento. “A avaliação deve ser individualizada, considerando o histórico de saúde e as expectativas do paciente”, explica a cirurgiã plástica Alessandra dos Santos Silva, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Ela reforça ainda a importância de ambientes com rigorosa assepsia e protocolos clínicos seguros.

As contraindicações ao uso da toxina incluem doenças autoimunes, distúrbios neuromusculares, processos inflamatórios, gravidez, lactação e alergias aos componentes da fórmula. No Brasil, o procedimento é autorizado para médicos, dentistas, enfermeiros, biomédicos e farmacêuticos, desde que possuam qualificação específica na área.

A recomendação final dos especialistas é que o paciente sempre pesquise a formação do profissional, peça referências, e avalie cuidadosamente as propostas apresentadas antes de realizar o tratamento.

Redação Saiba+

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