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Lula empurra rombo fiscal para depois e o Brasil paga a conta

O que realmente impressiona na confissão batizada de LDO é o grau de distanciamento da realidade política.

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Flickr: lulaoficial

O governo Lula acabou de entregar ao Congresso a nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aquele documento técnico que serve de guia para os gastos do ano seguinte. Mas o que veio dessa vez foi muito mais do que número e planilha: foi praticamente uma confissão escancarada de que a prioridade é mesmo ganhar a eleição de 2026 e o resto que espere.

Desde o ano passado, Lula já vinha dando sinais claros: não se importa tanto com a chamada responsabilidade fiscal, aquela ideia básica de que o governo deve gastar dentro do que arrecada. O argumento dele? Que isso atrapalha o povo. A real? A conta vai sobrar para o próximo presidente, seja ele mesmo ou outro.

Na prática, o governo admite que está gastando mais do que pode e que as receitas não vão acompanhar o ritmo. É a velha fórmula: aumenta gasto, estimula consumo, joga dinheiro na praça… e torce pra dar certo até a eleição. Depois, Deus (ou o sucessor) que cuide da bomba.

O mais curioso é que, na tal LDO, o Planalto ainda acredita que vai conseguir mais dinheiro do Congresso, via aumento de arrecadação. Só esqueceram de combinar com os parlamentares – e com o próprio povo, que está cada vez mais desconfiado de promessas e pacotes de bondades.

Mesmo com programas sociais, aumento de renda e crédito fácil, a popularidade de Lula não decola. O cansaço com a política é geral, e a rejeição às velhas fórmulas também. Ou seja, a “nova era” do PT no poder parece cada vez mais uma repetição do passado: gasto sem controle, promessa demais e resultado de menos.

Resumo da ópera? A tal LDO não é só um documento técnico. É um recado claro: o governo está jogando todas as fichas em 2026. E quem vier depois que resolva o rombo.

Redação Saiba+

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