Mundo
Irã reage a bombardeio dos EUA e ameaça retaliação
Khamenei rompe o silêncio e promete punição ao “inimigo sionista”; tensão cresce após ataques a instalações nucleares.

Em sua primeira manifestação pública desde os ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, afirmou neste domingo (22) que a punição contra Israel “já começou” e continuará. O pronunciamento foi publicado em sua conta oficial na rede X (antigo Twitter), acompanhado por uma imagem simbólica com crânio em chamas e a estrela de Davi, em referência direta ao Estado judeu.
“O inimigo sionista cometeu um grande erro, um grande crime; deve ser punido e está sendo punido neste exato momento”, declarou Khamenei, referindo-se aos bombardeios coordenados por Tel Aviv e Washington contra os centros nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan, na madrugada deste domingo.
Além da retórica, o Irã elevou o tom das ameaças. Segundo Ali Akbar Velayati, conselheiro do líder supremo, as bases militares americanas no Oriente Médio agora são consideradas alvos legítimos. “Os EUA não têm mais lugar em nossa região e terão que arcar com as consequências irreparáveis dessa agressão”, afirmou à agência oficial IRNA.
Em resposta, Israel também intensificou os ataques, atingindo alvos militares no oeste e noroeste iranianos. Entre os bombardeios, uma ambulância foi atingida, deixando ao menos três mortos, segundo a imprensa local. Os alvos incluíram depósitos de mísseis, estações de radar e infraestrutura de lançamento, de acordo com o Exército israelense.
A tensão se acirra com a entrada oficial dos Estados Unidos no conflito. O presidente Donald Trump comemorou o sucesso da operação e ironizou: “Se o regime atual é incapaz de FAZER O IRÃ GRANDIOSO DE NOVO, por que não haveria uma mudança?”, fazendo alusão à sua famosa sigla “MAGA” (Make America Great Again).
Internamente, Khamenei está em isolamento, comunicando-se apenas por meio de interlocutores diretos, segundo fontes do jornal The New York Times. As autoridades iranianas revelaram que o líder máximo passou a operar de um bunker protegido, e já nomeou três clérigos como possíveis sucessores em caso de morte — medida inédita que escancara a instabilidade enfrentada pelo regime islâmico após três décadas de comando.
Apesar das tentativas do vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, de minimizar o envolvimento direto com o Irã, a escalada bélica indica um novo patamar no conflito, com potencial para reverberações regionais e globais.
“Não estamos em guerra com o Irã, estamos em guerra com o programa nuclear iraniano”, afirmou Vance, em coletiva no Pentágono.
O Oriente Médio, já fragilizado por conflitos anteriores, entra agora em um dos momentos mais críticos do século, com o risco de uma guerra aberta entre potências militares e ideológicas cada vez mais real
Mundo
Milei obtém vitória legislativa crucial e fortalece rumo do governo argentino
Com cerca de 40% dos votos, o presidente Javier Milei e seu partido garantem base ampliada no Congresso e reforçam a agenda de reformas

O presidente Javier Milei alcançou uma vitória significativa nas eleições legislativas da Argentina, em que seu partido, La Libertad Avanza, obteve cerca de 40,8% dos votos, superando a oposição peronista e garantindo uma nova condição de poder no Parlamento.
Essa conquista representa um avanço estratégico para o governo, pois permite maior fôlego institucional para impulsionar sua agenda de reformas econômicas, além de reduzir a vulnerabilidade frente a vetos ou entraves parlamentares.
Mesmo sem alcançar absoluta maioria, o resultado dá ao presidente Milei maior credibilidade política e um mandato reforçado para atuar no Congresso. Analistas indicam que o desempenho eleitoral neutraliza o risco de estagnação político-legislativa e abre caminho para o endurecimento ou aceleração de propostas como reformas fiscais, privatizações e abertura de mercados.
A vitória também marca simbolicamente uma virada em relação à derrota sofrida recentemente na província de Buenos Aires, considerada tradicional bastião opositor, na qual Milei havia sido superado por mais de 10 pontos percentuais. Neste pleito, contudo, a base governista conseguiu recuperar terreno e consolidar sua atuação em províncias-chave e grandes centros eleitorais.
Para o mercado, o resultado é interpretado como sinal positivo de estabilidade política e possibilidade de maior previsibilidade nas decisões econômicas. Ao mesmo tempo, cresce a pressão sobre o governo para que traduza o triunfo em avanços concretos para a sociedade – sobretudo em meio a inflação alta, desemprego e insatisfação popular.
Em suma, o governo de Javier Milei sai das urnas com uma base legislativa reforçada, mas entra numa nova fase em que será exigido entregar resultados. A vitória amplia seu horizonte de atuação, mas também amplia as expectativas de governança e eficácia.
Mundo
Argentina sob Marel Milei: avanços fiscais e crescente insatisfação social
Após dois anos no governo, as reformas liberais de Javier Milei mostram progresso macroeconômico, mas criam tensões profundas na indústria, emprego e dissonância social

Após dois anos no poder, o presidente Javier Milei transformou a Argentina em um grande laboratório econômico. Suas medidas de ajuste fiscal e reformas liberais provocaram forte impacto na economia, gerando redução da inflação e superávit nas contas públicas, mas também aprofundando tensões sociais e trabalhistas em diversas regiões do país.
A agenda de Milei conseguiu restaurar parte da confiança dos investidores e estabilizar o câmbio, resultados celebrados pelo governo como prova de eficiência da política econômica. No entanto, os custos sociais da transformação são altos: o desemprego aumentou, o setor industrial perdeu fôlego, e os índices de pobreza cresceram, especialmente entre trabalhadores informais e famílias de baixa renda.
A rápida abertura comercial e o corte de subsídios afetaram a indústria nacional, que enfrenta queda na produção e fechamento de fábricas. Muitos empresários alertam para um processo de desindustrialização precoce, que ameaça empregos e compromete a recuperação de longo prazo.
No campo social, as manifestações contra as medidas de austeridade se multiplicam. Sindicatos e movimentos populares denunciam reduções em programas sociais, aumento do custo de vida e concentração de renda. Mesmo assim, Milei mantém apoio de parte da população que acredita na necessidade de “sacrifícios” para reconstruir o país.
Com a economia ajustada, mas o tecido social em tensão, a Argentina entra em uma nova fase de desafios: reconquistar o crescimento com inclusão, estabilizar o emprego e preservar o apoio político para consolidar as reformas. O futuro do governo Milei dependerá da capacidade de equilibrar resultados econômicos com justiça social — e de provar que seu projeto libertário pode ser sustentável.
Mundo
Israel retoma ataques em Gaza e ameaça acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA
Missão diplomática liderada por enviados de Donald Trump tenta conter escalada de violência após novas ofensivas israelenses

A tensão voltou a crescer no Oriente Médio. Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (20), apenas dez dias após a assinatura do acordo de cessar-fogo, colocando em risco o frágil plano de paz mediado pelos Estados Unidos.
De acordo com autoridades locais, três palestinos morreram durante uma nova ofensiva israelense no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza. O Exército de Israel afirmou que os disparos ocorreram após a identificação de “terroristas cruzando a linha amarela” na região de Shejaiya, e declarou que continuará a “eliminar qualquer ameaça imediata”.
Enquanto isso, os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, chegaram a Tel Aviv para tentar preservar o cessar-fogo e se reunirão com membros do governo de Binyamin Netanyahu. O Egito, por sua vez, sediará uma reunião com o Hamas, buscando avançar nas negociações de paz.
Testemunhas relataram disparos de tanques israelenses e afirmam que moradores ainda estão confusos sobre o traçado da área de recuo militar, já que não há sinalizações visíveis no território devastado.
A escalada de violência ocorre em meio a impasses sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses. Israel acusa o Hamas de atrasar propositalmente o processo, enquanto o grupo alega dificuldades para recuperar corpos soterrados sob escombros.
O primeiro-ministro Netanyahu também anunciou que a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, condicionando sua reabertura ao cumprimento integral do acordo.
O plano de paz idealizado pelo ex-presidente Trump enfrenta agora seus maiores desafios, com pendências sobre o desarmamento do Hamas, a governança futura de Gaza e o avanço na criação de um Estado palestino — pontos ainda sem consenso entre as partes envolvidas.
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