Brasil
Brasil é o país mais taxado do mundo por Trump
Com tarifa total de 50% sobre exportações, Brasil lidera lista de punições dos EUA
O Brasil foi escolhido como principal alvo tarifário pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar um pacote global de tarifas recíprocas contra dezenas de países. Com sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros, somada à tarifa base de 10%, o país alcançou o pico de taxação mundial: 50%. Nenhuma outra nação foi penalizada com carga tributária tão alta.
A nova tarifa começa a valer em 7 de agosto, após adiamento de sete dias para que as alfândegas americanas se adaptem às novas diretrizes. O anúncio foi feito pela Casa Branca poucas horas antes do prazo final, demonstrando a rigidez com que Trump pretende aplicar as medidas.
Enquanto isso, o governo Lula segue inerte, sem qualquer posicionamento firme diante de uma decisão que pode causar prejuízos bilionários às exportações brasileiras, especialmente no agronegócio, siderurgia e produtos industrializados.
Ao contrário de países como México, Japão e Coreia do Sul — que negociaram condições mais brandas —, o Brasil foi excluído de qualquer acordo preferencial. Mesmo nações com histórico de conflito comercial com os EUA, como a China, conseguiram postergar ou suavizar suas tarifas.
Em declaração evasiva, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou apenas que a “negociação não terminou”, sem apresentar medidas concretas para reverter a punição imposta ao país.
Para especialistas em comércio internacional, a omissão do governo brasileiro agrava o problema:
“A mistura de política com tarifas representa risco ao Estado de Direito e coloca o Brasil em desvantagem global”, alertou um jurista americano consultado pela imprensa.
A divisão feita pelos EUA coloca os países em três grupos tarifários:
- 10% para parceiros com superávit americano;
- 15% para países em negociação ou com déficit modesto;
- Acima de 30% para aqueles com grandes superávits — como o Brasil.
O impacto poderá ser devastador para a balança comercial brasileira, que depende fortemente do mercado americano para setores estratégicos. A falta de articulação diplomática do atual governo já provoca desconfiança entre investidores e exportadores, que cobram ação imediata do Itamaraty.
