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Brasil é o país mais taxado do mundo por Trump

Com tarifa total de 50% sobre exportações, Brasil lidera lista de punições dos EUA

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Trump anunciou nesta quinta-feira, 31, uma série de novas tarifas visando as exportações de dezenas de parceiros comerciais dos Estados Unidos Foto: Andrew Caballero-reynolds/ANDREW CABALLERO-REYNOLDS

O Brasil foi escolhido como principal alvo tarifário pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar um pacote global de tarifas recíprocas contra dezenas de países. Com sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros, somada à tarifa base de 10%, o país alcançou o pico de taxação mundial: 50%. Nenhuma outra nação foi penalizada com carga tributária tão alta.

A nova tarifa começa a valer em 7 de agosto, após adiamento de sete dias para que as alfândegas americanas se adaptem às novas diretrizes. O anúncio foi feito pela Casa Branca poucas horas antes do prazo final, demonstrando a rigidez com que Trump pretende aplicar as medidas.

Enquanto isso, o governo Lula segue inerte, sem qualquer posicionamento firme diante de uma decisão que pode causar prejuízos bilionários às exportações brasileiras, especialmente no agronegócio, siderurgia e produtos industrializados.

Ao contrário de países como México, Japão e Coreia do Sul — que negociaram condições mais brandas —, o Brasil foi excluído de qualquer acordo preferencial. Mesmo nações com histórico de conflito comercial com os EUA, como a China, conseguiram postergar ou suavizar suas tarifas.

Em declaração evasiva, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou apenas que a “negociação não terminou”, sem apresentar medidas concretas para reverter a punição imposta ao país.

Para especialistas em comércio internacional, a omissão do governo brasileiro agrava o problema:

“A mistura de política com tarifas representa risco ao Estado de Direito e coloca o Brasil em desvantagem global”, alertou um jurista americano consultado pela imprensa.

A divisão feita pelos EUA coloca os países em três grupos tarifários:

  • 10% para parceiros com superávit americano;
  • 15% para países em negociação ou com déficit modesto;
  • Acima de 30% para aqueles com grandes superávits — como o Brasil.

O impacto poderá ser devastador para a balança comercial brasileira, que depende fortemente do mercado americano para setores estratégicos. A falta de articulação diplomática do atual governo já provoca desconfiança entre investidores e exportadores, que cobram ação imediata do Itamaraty.

Redação Saiba+

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