Política
Médicos vão às ruas em Salvador e Diego Castro denuncia ataque à saúde
Carreata da categoria destaca insatisfação com cortes de benefícios e mudança para contratos PJ
Salvador, 15 de agosto de 2025 – Médicos da rede estadual realizaram nesta manhã uma carreata em Salvador para protestar contra a decisão do governo estadual de extinguir contratos regidos pela CLT com o fim da parceria entre a Secretaria de Saúde (Sesab) e o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). O protesto, que saiu da Praça das Gordinhas, em Ondina, em direção ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), passou pelas sedes da Sesab e da Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb).
Após o fim do contrato com o INTS, 87 médicos já perderam seus contratos CLT e estão sujeitos à contratação via PJ, que não oferece benefícios como 13º salário e licença-maternidade. Ao todo, 529 profissionais estão sendo afetados. O Sindimed propõe que os médicos assinem contratos em Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) provisório ou como CLT.
Manifestação de Diego Castro
O deputado estadual Diego Castro se manifestou em suas redes sociais sobre a carreata:
🚨 “Hoje (15/08), médicos fizeram carreata em Salvador contra o descaso do governo Jerônimo do PT. Ao invés de valorizar quem salva vidas, o Estado muda contratos, corta benefícios e tenta calar a categoria na Justiça. Isso é mais que injustiça: é um ataque direto à saúde pública, que já sofre com filas, superlotação e falta de estrutura!”
Relembre a greve que durou um dia
No dia 1º de agosto, cerca de 500 médicos de cinco hospitais estaduais em Salvador paralisaram as atividades em protesto contra a mudança de contratos. A greve foi suspensa após decisão liminar do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que considerou a paralisação ilegal e estipulou multa de R$ 50 mil por dia.
As restrições atingiram atendimentos eletivos no Hospital Geral do Estado (HGE), Instituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA), Maternidade Albert Sabin (MAS), Maternidade Tsylla Balbino (MTB) e no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). O sindicato reforça que não houve risco à vida dos pacientes, com atendimento preservado para todos os internados.
