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Trump pressiona Zelenski e reacende tensão global

Americano descarta entrada da Ucrânia na Otan e afirma que Crimeia já está perdida

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Trump discute com Zelenski durante visita do ucraniano à Casa Branca, no fim de fevereiro - Saul Loeb - 28.fev.2025/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acendeu o alerta entre aliados de Volodimir Zelenski ao pressionar o líder ucraniano pouco antes de recebê-lo na Casa Branca nesta segunda-feira (18).

O republicano está em uma corrida para tentar um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia, mas voltou a adotar uma postura favorável à Rússia, após reunião de cúpula com Vladimir Putin na sexta-feira (15), no Alasca.

Em postagem na Truth Social, Trump disparou: “O presidente Zelenski pode acabar a guerra com a Rússia quase imediatamente, se ele quiser, ou pode continuar a lutar. Não ganhará de volta a Crimeia dada por Obama (12 anos atrás, sem um tiro dado!), e SEM ENTRADA NA OTAN DA UCRÂNIA.”

A declaração ecoa a primeira visita de Zelenski à Casa Branca em fevereiro, quando Trump armou uma emboscada diplomática ao acusá-lo de prolongar a guerra. Agora, ao voltar a colocar a neutralidade da Ucrânia e a perda da Crimeia como fatos consumados, o republicano aumenta a pressão sobre Kiev em um momento crucial das negociações.

Enquanto isso, Putin sinaliza disposição para trocar avanços no leste ucraniano por concessões territoriais que consolidariam seu domínio em regiões estratégicas como Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia. A proposta, porém, é vista como altamente desigual, favorecendo Moscou.

O encontro desta segunda-feira deve definir os rumos da diplomacia, com Trump recebendo também líderes do Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Finlândia, além do secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Zelenski, por sua vez, reforçou em mensagem no Telegram que “a Rússia precisa acabar com essa guerra, que ela começou”, mas já admite que as negociações podem ter como base as linhas atuais da frente de batalha, deixando dúvidas sobre até onde Kiev poderá resistir às pressões externas.

Redação Saiba+

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