Política
Rui Costa critica tarifaço dos EUA e defende diversificação das exportações
Ministro da Casa Civil afirma que Brasil não pode depender de um único mercado e destaca articulação internacional de Lula
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou duramente a decisão dos Estados Unidos de impor tarifas mais altas a produtos brasileiros. Em entrevista à Rádio Baiana FM, nesta quinta-feira (21), o ministro afirmou que a medida norte-americana pode inviabilizar a entrada de diversos itens nacionais no mercado dos EUA e defendeu a estratégia do governo de diversificação das exportações.
Segundo Rui Costa, o novo presidente norte-americano adotou uma política agressiva de tarifas que atinge não apenas o Brasil, mas também países como Índia, China, Canadá, México e nações da Europa. “Em alguns casos, as taxas chegam a 50% e até 100%, o que inviabiliza a entrada de produtos estrangeiros nos Estados Unidos”, explicou.
O ministro lembrou que, no início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as exportações brasileiras para os EUA representavam 26% do total, enquanto hoje esse percentual caiu para 12%. “Se essa tarifa fosse imposta lá atrás, o impacto seria devastador para a economia brasileira”, afirmou.
Para enfrentar o desafio, Rui Costa defendeu o fortalecimento de parcerias internacionais: “Nunca coloque todos os seus ovos numa única cesta. O Brasil está diversificando cada vez mais os destinos de suas exportações, ampliando negócios com a Europa, o mundo árabe, a Índia e a China”.
O ministro também criticou parlamentares brasileiros que, segundo ele, apoiaram a iniciativa norte-americana. “É inadmissível que deputados ou senadores se posicionem contra o próprio país, traindo a nação e prejudicando a economia brasileira”, declarou.
Além do impacto sobre o Brasil, Rui Costa destacou que a política de tarifas também tem afetado os consumidores americanos. “Uma peça de filé mignon de cerca de 1,5 kg está custando 150 dólares — mais de R$ 700. Esse é o preço que o povo americano está pagando por essa insensatez”, disse.
Por fim, o ministro ressaltou o papel de Lula na articulação internacional: “Graças ao prestígio do presidente Lula, o Brasil está reforçando laços de amizade e cooperação com diversas regiões do mundo, garantindo novos mercados para os nossos produtos”.
