Polícia
Pernambuco investiga suspeita de intoxicação por metanol
Dois óbitos e um caso com sequela grave mobilizam fiscalização e alerta sanitário

O estado de Pernambuco enfrenta novo alerta de saúde pública ao registrar três casos suspeitos de intoxicação por metanol, sendo que dois homens já faleceram e outro teve perda visual permanente. A ocorrência reforça preocupações sobre adulteração de bebidas e exige atuação rápida das autoridades sanitárias.
Os casos foram notificados por hospitais da região Agreste e atenderam a pacientes oriundos de cidades como Lajedo e João Alfredo. Os óbitos suscitam investigação especializada, com envio de material ao Instituto de Medicina Legal para confirmar a causa exata. O paciente sobrevivente segue sob monitoramento médico, pois apresentou como sequela cegueira bilateral — uma das manifestações mais graves da intoxicação por metanol.
Diante da gravidade, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) intensificou fiscalização em distribuidoras de bebidas alcoólicas, requisitou a coleta de amostras suspeitas e articula cooperação com Procon local e Ministério Público. As ações visam identificar a origem das bebidas adulteradas, traçar a cadeia de distribuição e impedir novos casos.
As autoridades de saúde alertam que os primeiros sintomas da intoxicação — como náuseas, vômitos, dor abdominal e sonolência — podem facilmente ser confundidos com os efeitos do álcool comum. Porém, entre 6 a 24 horas após o consumo, podem manifestar-se sinais graves como visão turva, cegueira, convulsões e coma. O socorro médico emergencial é essencial para reduzir danos e risco de morte.
A população é orientada a adotar cautela: comprar bebidas somente em pontos de venda confiáveis, verificar lacre, registro no órgão competente e evitar ofertas suspeitas com preços muito abaixo do mercado. Também é recomendado que pessoas que consumiram bebidas potencialmente adulteradas procurem imediatamente assistência à saúde, mesmo que os sintomas iniciais pareçam leves.
Com a investigação em curso, Pernambuco reforça sua estrutura de vigilância e lança alerta nacional para os estados monitorarem casos similares — sobretudo considerando a dinâmica recente de surtos de bebidas adulteradas com metanol em outras regiões do país.
Polícia
Trabalho escravo é flagrado a 200 m da sede da polícia em Salvador
Depósito precário é denunciado como “filme de terror” após resgate de trabalhadores em condições degradantes

Na proximidade da sede da polícia no bairro Dois de Julho, em Salvador, foi flagrada uma situação chocante: um depósito funciona em regime de trabalho análogo à escravidão, segundo auditoria do Ministério do Trabalho. O local estava apenas cerca de 200 metros da delegacia, o que acentua o contraste entre ilegalidade e proximidade institucional.
Autoridades identificaram que o empresário responsável, Laurencio Rios dos Santos, foi incluído na “lista suja” do trabalho escravo após resgate de cinco trabalhadores em condições degradantes. Os funcionários residiam no mesmo local, dormindo sobre carrinhos, sem sanitários adequados, comida precária e sem registro formal.
A fiscalização constatou ausência de higiene, instalações insalubres e pagamento irrisório: alguns trabalhadores recebiam cerca de R$ 200 por mês — valor que corresponde a apenas 13% do salário mínimo, configurando exploração extrema e desrespeito à dignidade humana.
Mesmo após a autuação, o depósito continuou operando, o que gerou suspeita de omissão ou falhas no acompanhamento das medidas de correção e fiscalização. A inclusão do empresário no cadastro de infratores agrava sua situação, sujeitando-o a sanções trabalhistas, penais e morais.
Especialistas destacam que a proximidade ilegal ao órgão policial reforça a audácia do crime. A expectativa é que o caso mobilize ações coordenadas entre Ministério Público, Justiça Trabalho e órgãos de fiscalização, visando responsabilização, reparação e prevenção em casos similares.
Polícia
Casos de intoxicação por metanol geram alerta e suspensão de caipirinhas no Brasil
Cresce a preocupação nacional após aumento de registros de contaminação; autoridades reforçam fiscalização e alertam para riscos de consumo de bebidas adulteradas.

O Brasil vive um momento de alerta sanitário após o registro de mais de 100 casos suspeitos e confirmados de intoxicação por metanol em diferentes estados. A contaminação, ligada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, provocou a suspensão temporária da venda de caipirinhas e outras bebidas artesanais em diversos estabelecimentos.
De acordo com autoridades sanitárias, o metanol é uma substância altamente tóxica, cuja ingestão pode causar cegueira, falência múltipla de órgãos e até a morte. As investigações apontam que a contaminação ocorre em lotes clandestinos de cachaça e destilados, fabricados sem controle de qualidade ou registro legal.
Bares e restaurantes em várias regiões do país adotaram medidas de precaução, retirando temporariamente do cardápio bebidas com origem duvidosa. Órgãos de vigilância e fiscalização intensificaram as operações para identificar e recolher produtos suspeitos, enquanto o Ministério da Agricultura e a Anvisa reforçam orientações para a população sobre como identificar sinais de adulteração.
Especialistas recomendam que os consumidores verifiquem sempre o selo fiscal e a procedência da bebida antes da compra. A orientação é clara: não consumir produtos de origem desconhecida ou sem rotulagem adequada. A preocupação cresce especialmente em regiões turísticas e festas populares, onde o consumo de caipirinhas é tradicional.
O surto de intoxicação por metanol reacende o debate sobre a necessidade de maior controle e rastreabilidade na produção de bebidas artesanais no Brasil. O governo estuda novas medidas para endurecer penalidades e reforçar a fiscalização, buscando proteger a saúde pública e a credibilidade do setor.
Polícia
PMs são afastados após morte de adolescente em operação em Salvador
Policiais não participarão de novas ações até conclusão das investigações sobre o caso que gerou protestos no bairro de São Marcos

Os policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte do adolescente Caíque dos Santos Reis, de 16 anos, no bairro de São Marcos, em Salvador, foram afastados das atividades operacionais. A medida foi confirmada pela Polícia Militar da Bahia (PM-BA) nesta quarta-feira (1º).
Segundo a corporação, os agentes não participarão de operações até a conclusão das investigações. Além de prestarem depoimento, eles receberão acompanhamento psicológico.
A morte de Caíque provocou protestos de moradores da região desde o último domingo (28). Na manhã de terça-feira (30), vizinhos e familiares do adolescente bloquearam ruas de São Marcos e voltaram a pedir Justiça pelo caso. No dia anterior, manifestantes já haviam incendiado entulho em sinal de revolta, o que chegou a afetar o transporte público da localidade.
O corpo de Caíque foi sepultado na segunda-feira (29), no Cemitério da Baixa de Quintas, em Salvador. Uma multidão acompanhou o enterro, marcado por forte comoção.
De acordo com familiares e moradores, o jovem, que era estudante, barbeiro e havia conseguido emprego como atendente de confeitaria, não tinha envolvimento com a criminalidade. Já a versão oficial da PM aponta que os policiais foram recebidos a tiros durante a operação e reagiram.
Na mesma ação que vitimou Caíque, também morreu um suspeito conhecido como “M3”, apontado como envolvido na morte de um guarda municipal em frente ao Assaí, no bairro de Pau da Lima.
O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar.
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