Propostas de Lula ganham tração, oposição recua na anistia

Na corrida rumo a 2026, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva intensifica a implementação de propostas com forte apelo social, que têm recebido sua maior visibilidade e aceitação pública. Ao mesmo tempo, iniciativas controversas da oposição, como a anistia irrestrita, parecem perder fôlego, sendo alvo de críticas e retração entre partidos que consideravam aderir à pauta.

Entre as medidas de Lula que ganham aderência, destacam-se propostas para aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda, ampliar programas sociais, dar mais voz às periferias e priorizar mobilidade urbana e transporte coletivo com tarifas reduzidas ou gratuitas. Essas políticas têm encontrado receptividade em segmentos populares e em lideranças locais, que veem nessas ações uma forma concreta de enfrentamento às desigualdades.

Por outro lado, a oposição enfrenta dificuldades para sustentar pautas polarizadoras. A proposta de anistia ampla, uma das mais repetidas bandeiras de partidos conservadores, sofreu críticas tanto do público quanto de especialistas, sob alegações de favorecer impunidade ou gerar insegurança jurídica. A repercussão negativa fez com que o tema fosse alvo de recuos estratégicos, acordos de omissão ou recuos explícitos em discursos públicos.

O processo político desenha-se como um momento de realinhamento de forças: Lula e sua base apostam numa agenda que une medidas pragmáticas e simbólicas para consolidar apoio popular, enquanto a oposição enfrenta o dilema de manter temas ideológicos de efeito ou se adaptar às demandas concretas da população.

Se mantida essa tendência, o governo poderá construir uma vantagem eleitoral sustentável, apoiada em entregas sociais tangíveis, enquanto a oposição terá de reformular seu discurso para reconquistar relevância nas ruas e nas urnas.