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Trump propõe taxa de US$ 100 mil para vistos de trabalho

Aumento no valor para solicitação do visto H-1B gera alerta para empresas e profissionais estrangeiros

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Trump ficaria "feliz" de trabalhar com democratas em plano de saúde se "shutdown" acabar - Foto: Saul Loeb / AFP

O governo dos Estados Unidos anunciou recentemente que elevará a taxa para solicitação do visto H-1B — visto de trabalho para profissionais estrangeiros — de US$ 215 para US$ 100 mil. A medida, inédita em proporção, revela uma tentativa de reorientar a imigração laboral com foco em beneficiar empresas que estejam dispostas a assumir custo elevado e, ao mesmo tempo, reduzir a competição por postos de trabalho entre estrangeiros e americanos.

Para quem pretende ingressar no mercado dos EUA com um visto de trabalho, essa nova taxa funciona como um filtro financeiro severo. As empresas agora precisarão avaliar se determinados cargos justificam um investimento tão elevado apenas para formalizar a contratação. Com isso, setores de tecnologia, engenharia e inovação — que dependem frequentemente de mão de obra qualificada estrangeira — já manifestam preocupação com a viabilidade de manter modelos de negócio baseados em talentos globais.

No cenário praticado, espera-se que pequenas e médias empresas sejam as mais penalizadas, dada menor margem para suportar custos extras. Grandes corporações com fluxo de caixa mais robusto poderão absorver a elevação, o que tende a concentrar ainda mais a disputa por vistos em grupos já estabelecidos no setor tecnológico.

Do ponto de vista político, a estratégia sinaliza o desejo de priorizar o trabalhador americano e reduzir as pressões migratórias no mercado formal. Ainda que a medida afete sobretudo novas solicitações — não entrando em vigor de imediato para renovações ou portadores já autorizados —, ela altera o panorama para quem planeja emprego nos EUA a partir deste momento.

Se confirmada, a medida poderá provocar efeito dominó: redução da presença de talentos estrangeiros em startups, maior seletividade nas contratações internacionais e ajustes nos planos de expansão global de empresas americanas.

Redação Saiba+

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