Brasil
Lula exalta legado do Papa e decreta 7 dias de luto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou luto oficial de sete dias no Brasil pela morte do Papa Francisco, ocorrida na madrugada desta segunda-feira (21), aos 88 anos. Em nota oficial, o governo brasileiro homenageou o pontífice, destacando sua trajetória como uma “voz de respeito e acolhimento ao próximo”.
“Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos”, afirmou Lula no comunicado.
Na nota, o presidente exaltou a simplicidade, coragem e empatia do Papa, e destacou o papel de Francisco como liderança global na defesa dos pobres, dos refugiados, do meio ambiente e da justiça social.
“Ele trouxe ao Vaticano os temas urgentes do nosso tempo: as mudanças climáticas, a desigualdade econômica e os efeitos da indiferença”, pontuou.
Lula também relembrou os encontros que teve com o pontífice, ao lado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. “Fomos recebidos com muito carinho. Compartilhamos nossos ideais de paz, igualdade e justiça.”
Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, ocupou o posto mais alto da Igreja Católica por 12 anos e foi o primeiro papa latino-americano da história. De origem argentina e inspirado nos valores de São Francisco de Assis, ele se notabilizou por um papado voltado às causas sociais, à inclusão e à denúncia das desigualdades.
“O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações”, conclui a nota do governo federal.
Brasil
PF expõe falhas no INSS e desvios bilionários

A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira (24) a operação Sem Desconto, revelando um dos maiores escândalos de má gestão e possível corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nos últimos anos. A ação investiga um esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, que pode ter causado prejuízo superior a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
O escândalo atingiu diretamente a cúpula do INSS: o então presidente Alessandro Stefanutto foi afastado por decisão judicial e demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a operação vir a público. Também foram afastados o procurador-geral do instituto, Virgílio Antônio de Oliveira Filho, e outros servidores envolvidos. A Justiça ainda determinou o sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão e expediu seis mandados de prisão temporária em pelo menos 13 estados e no Distrito Federal.
De acordo com a PF, os descontos, realizados por sindicatos e entidades associativas diretamente nas aposentadorias, deveriam ter sido previamente autorizados pelos beneficiários — o que, em muitos casos, não aconteceu. A situação se agrava diante do perfil das vítimas: muitos aposentados sequer sabiam ler ou tinham acesso aos meios digitais para verificar seus contracheques, ficando à mercê de fraudes silenciosas.
Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação revelam que a arrecadação sindical por meio desses descontos quase triplicou nos últimos dois anos, saltando de R$ 30,7 milhões em 2022 para R$ 88,6 milhões em 2023. No mesmo período, as reclamações sobre cobranças indevidas aumentaram 280%, passando de 26 mil para 98 mil queixas.
Embora os descontos associativos sejam legais quando autorizados, o número de denúncias já apontava para a urgência de uma investigação. Segundo as autoridades, os envolvidos responderão por corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, violação de sigilo funcional, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A operação da PF escancarou o descontrole que reina em um órgão essencial como o INSS. Seja por negligência, incompetência ou má-fé, o instituto permitiu que sindicatos e entidades associativas driblassem as regras para aumentar seus lucros às custas de aposentados e pensionistas. Tudo isso poderia ter sido evitado com um mínimo de cuidado e responsabilidade com o dinheiro público.
Brasil
Fraude INSS: Irmão de Lula é vice de sindicato investigado

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (23), a Operação Sem Desconto, que investiga um esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Entre os alvos da investigação está o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), entidade que tem como vice-presidente nacional José Ferreira da Silva, o “Frei Chico” — irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Frei Chico não se manifestou sobre o caso até o momento. Em nota oficial, o Sindnapi declarou apoio às investigações e afirmou que considera essencial identificar irregularidades e proteger os direitos dos aposentados. “Apoiar uma investigação rigorosa é promover confiança no sistema previdenciário”, diz o texto.
De acordo com a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), o esquema operava por meio de Acordos de Cooperação Técnica com o INSS, permitindo descontos em folha de pagamento, muitas vezes sem o consentimento dos beneficiários. A investigação revelou que, desde 2016, os descontos somaram R$ 7,99 bilhões — quase totalmente irregulares.
A CGU ouviu 1.300 beneficiários com descontos ativos e concluiu que a maioria não havia autorizado os débitos ou acreditava se tratar de uma cobrança obrigatória. Carros, joias, quadros e quantias em espécie foram apreendidos em operações simultâneas em 13 estados e no Distrito Federal.
Além do Sindnapi, outras dez entidades também foram investigadas. A operação levou ao afastamento de seis servidores públicos, incluindo o agora ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que pediu demissão após ordem do presidente Lula.
O presidente do Sindnapi é Milton Baptista de Souza Filho, o “Milton Cavalo”, e Frei Chico aparece como número dois no organograma nacional da entidade.
A nota do sindicato reforça que a luta contra abusos e em defesa dos aposentados é parte de sua missão histórica, e que apoia iniciativas que busquem corrigir distorções e punir os responsáveis.
Brasil
Vídeo: Bolsonaro é intimado na UTI por oficial de justiça

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou, nesta quarta-feira (23), um vídeo em que aparece sendo intimado por uma oficial de justiça enquanto estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star, em Brasília. A notificação, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, diz respeito à abertura da ação penal em que Bolsonaro é réu no inquérito sobre suposta tentativa de golpe ligada aos atos de 8 de janeiro de 2023.
Durante o vídeo, com mais de 11 minutos de duração, Bolsonaro questiona a presença da oficial na UTI.
“A senhora tem ciência que está dentro de uma UTI?”, indagou, enquanto ressaltava seu estado de saúde: “Levei uma facada há sete anos e tenho problema até hoje. Graças a Deus me salvei novamente. Se demorasse mais um pouquinho, eu teria morrido”.
A intimação foi realizada após o STF considerar que o ex-presidente estava em condições de recebê-la, já que havia feito uma live de dentro do hospital na véspera.
“A divulgação de live realizada pelo ex-presidente na data de ontem (22/4) demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado hoje (23/4)”, afirmou o Supremo em nota.
O tribunal também informou que aguardava o momento adequado para cumprir a medida, considerando o quadro de saúde do ex-presidente. Apesar disso, aliados de Bolsonaro criticaram a decisão de realizar a intimação dentro de uma unidade hospitalar.
No vídeo, Bolsonaro ainda defende seu direito de se comunicar com os brasileiros.
“Tenho o direito de utilizar as redes sociais para apresentar um projeto de Brasil”, declarou.
A citação formaliza Bolsonaro como réu no processo que apura a organização e participação de uma suposta trama golpista no contexto das manifestações antidemocráticas ocorridas em Brasília.
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