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Trump ameaça novos ataques ao Irã caso país não aceite acordo de paz

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante pronunciamento; atrás dele, estão, (esq. à dir.): J. D. Vance (vice), Marco Rubio (Estado) e Pete Hegseth (Defesa) - Carlos Barria/Reuters

Em um pronunciamento oficial neste sábado (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que o país entrou diretamente na guerra ao lado de Israel, ao atacar três das principais instalações nucleares do Irã. O republicano deixou claro que, caso Teerã não aceite um acordo de paz, novos ataques serão muito maiores, mais rápidos e mais letais.

“As principais instalações nucleares do Irã foram completamente destruídas. O Irã, o valentão do Oriente Médio, precisa fazer a paz agora. Se não o fizer, os próximos ataques serão mais intensos e muito mais fáceis de executar”, declarou Trump da Casa Branca, ladeado por seu vice-presidente J. D. Vance, pelo secretário de Estado Marco Rubio e pelo secretário de Defesa Pete Hegseth.

A ofensiva americana, que atingiu as centrais de Fordow, Natanz e Isfahan, foi anunciada horas depois de Israel dar início à escalada militar contra a teocracia islâmica, no dia 13 de junho. A operação foi executada por bombardeiros B-2 equipados com bombas “bunker buster”, capazes de penetrar instalações subterrâneas. Segundo Trump, a carga foi lançada com sucesso e atingiu todos os alvos estratégicos.

“Ou haverá paz, ou haverá tragédia para o Irã — muito maior do que testemunhamos até agora”, reforçou o presidente americano. Ele ainda alertou que há muitos outros alvos mapeados e prontos para serem atacados “em questão de minutos”.

O ataque marca a primeira ação de grande porte dos EUA contra o Irã desde a Revolução Islâmica de 1979, colocando fim a décadas de embates indiretos e retórica hostil. Trump afirmou que “há 40 anos o Irã diz ‘morte à América, morte a Israel’”, e justificou os ataques como “necessários para interromper a ameaça nuclear do maior patrocinador estatal do terrorismo do mundo.”

A resposta do Irã veio poucas horas depois. Autoridades iranianas acusaram Trump de traição, afirmando que os americanos se tornaram “alvos legítimos” no Oriente Médio. O aiatolá Ali Khamenei foi levado a local seguro e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, declarou: “Meu país está sob ataque. Temos o direito de nos defender com todas as opções.”

Ainda não está claro como será a retaliação iraniana, mas especula-se sobre ataques contra bases militares dos EUA ou até mesmo o fechamento do Estreito de Ormuz, rota essencial para o petróleo global.

Especialistas internacionais alertam para o risco de um novo capítulo imprevisível no Oriente Médio, envolvendo segurança energética global, estabilidade regional e equilíbrio geopolítico. “Os líderes iranianos sofreram um duro golpe e agora enfrentam enorme pressão interna por uma resposta à altura”, disse Ray Takeyh, do Conselho de Relações Exteriores.

Trump também aproveitou o discurso para parabenizar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pela parceria estratégica, e relembrou a execução do general iraniano Qassim Suleimani em seu mandato anterior como prova de sua política externa “decisiva”.

Enquanto os olhos do mundo estão voltados para Teerã, o governo norte-americano reforça que a janela para a diplomacia está aberta, mas se fechando rapidamente.

Redação Saiba+

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