Mundo
Trump ameaça novos ataques ao Irã caso país não aceite acordo de paz

Em um pronunciamento oficial neste sábado (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que o país entrou diretamente na guerra ao lado de Israel, ao atacar três das principais instalações nucleares do Irã. O republicano deixou claro que, caso Teerã não aceite um acordo de paz, novos ataques serão muito maiores, mais rápidos e mais letais.
“As principais instalações nucleares do Irã foram completamente destruídas. O Irã, o valentão do Oriente Médio, precisa fazer a paz agora. Se não o fizer, os próximos ataques serão mais intensos e muito mais fáceis de executar”, declarou Trump da Casa Branca, ladeado por seu vice-presidente J. D. Vance, pelo secretário de Estado Marco Rubio e pelo secretário de Defesa Pete Hegseth.
A ofensiva americana, que atingiu as centrais de Fordow, Natanz e Isfahan, foi anunciada horas depois de Israel dar início à escalada militar contra a teocracia islâmica, no dia 13 de junho. A operação foi executada por bombardeiros B-2 equipados com bombas “bunker buster”, capazes de penetrar instalações subterrâneas. Segundo Trump, a carga foi lançada com sucesso e atingiu todos os alvos estratégicos.
“Ou haverá paz, ou haverá tragédia para o Irã — muito maior do que testemunhamos até agora”, reforçou o presidente americano. Ele ainda alertou que há muitos outros alvos mapeados e prontos para serem atacados “em questão de minutos”.
O ataque marca a primeira ação de grande porte dos EUA contra o Irã desde a Revolução Islâmica de 1979, colocando fim a décadas de embates indiretos e retórica hostil. Trump afirmou que “há 40 anos o Irã diz ‘morte à América, morte a Israel’”, e justificou os ataques como “necessários para interromper a ameaça nuclear do maior patrocinador estatal do terrorismo do mundo.”
A resposta do Irã veio poucas horas depois. Autoridades iranianas acusaram Trump de traição, afirmando que os americanos se tornaram “alvos legítimos” no Oriente Médio. O aiatolá Ali Khamenei foi levado a local seguro e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, declarou: “Meu país está sob ataque. Temos o direito de nos defender com todas as opções.”
Ainda não está claro como será a retaliação iraniana, mas especula-se sobre ataques contra bases militares dos EUA ou até mesmo o fechamento do Estreito de Ormuz, rota essencial para o petróleo global.
Especialistas internacionais alertam para o risco de um novo capítulo imprevisível no Oriente Médio, envolvendo segurança energética global, estabilidade regional e equilíbrio geopolítico. “Os líderes iranianos sofreram um duro golpe e agora enfrentam enorme pressão interna por uma resposta à altura”, disse Ray Takeyh, do Conselho de Relações Exteriores.
Trump também aproveitou o discurso para parabenizar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pela parceria estratégica, e relembrou a execução do general iraniano Qassim Suleimani em seu mandato anterior como prova de sua política externa “decisiva”.
Enquanto os olhos do mundo estão voltados para Teerã, o governo norte-americano reforça que a janela para a diplomacia está aberta, mas se fechando rapidamente.
Mundo
Milei obtém vitória legislativa crucial e fortalece rumo do governo argentino
Com cerca de 40% dos votos, o presidente Javier Milei e seu partido garantem base ampliada no Congresso e reforçam a agenda de reformas

O presidente Javier Milei alcançou uma vitória significativa nas eleições legislativas da Argentina, em que seu partido, La Libertad Avanza, obteve cerca de 40,8% dos votos, superando a oposição peronista e garantindo uma nova condição de poder no Parlamento.
Essa conquista representa um avanço estratégico para o governo, pois permite maior fôlego institucional para impulsionar sua agenda de reformas econômicas, além de reduzir a vulnerabilidade frente a vetos ou entraves parlamentares.
Mesmo sem alcançar absoluta maioria, o resultado dá ao presidente Milei maior credibilidade política e um mandato reforçado para atuar no Congresso. Analistas indicam que o desempenho eleitoral neutraliza o risco de estagnação político-legislativa e abre caminho para o endurecimento ou aceleração de propostas como reformas fiscais, privatizações e abertura de mercados.
A vitória também marca simbolicamente uma virada em relação à derrota sofrida recentemente na província de Buenos Aires, considerada tradicional bastião opositor, na qual Milei havia sido superado por mais de 10 pontos percentuais. Neste pleito, contudo, a base governista conseguiu recuperar terreno e consolidar sua atuação em províncias-chave e grandes centros eleitorais.
Para o mercado, o resultado é interpretado como sinal positivo de estabilidade política e possibilidade de maior previsibilidade nas decisões econômicas. Ao mesmo tempo, cresce a pressão sobre o governo para que traduza o triunfo em avanços concretos para a sociedade – sobretudo em meio a inflação alta, desemprego e insatisfação popular.
Em suma, o governo de Javier Milei sai das urnas com uma base legislativa reforçada, mas entra numa nova fase em que será exigido entregar resultados. A vitória amplia seu horizonte de atuação, mas também amplia as expectativas de governança e eficácia.
Mundo
Argentina sob Marel Milei: avanços fiscais e crescente insatisfação social
Após dois anos no governo, as reformas liberais de Javier Milei mostram progresso macroeconômico, mas criam tensões profundas na indústria, emprego e dissonância social

Após dois anos no poder, o presidente Javier Milei transformou a Argentina em um grande laboratório econômico. Suas medidas de ajuste fiscal e reformas liberais provocaram forte impacto na economia, gerando redução da inflação e superávit nas contas públicas, mas também aprofundando tensões sociais e trabalhistas em diversas regiões do país.
A agenda de Milei conseguiu restaurar parte da confiança dos investidores e estabilizar o câmbio, resultados celebrados pelo governo como prova de eficiência da política econômica. No entanto, os custos sociais da transformação são altos: o desemprego aumentou, o setor industrial perdeu fôlego, e os índices de pobreza cresceram, especialmente entre trabalhadores informais e famílias de baixa renda.
A rápida abertura comercial e o corte de subsídios afetaram a indústria nacional, que enfrenta queda na produção e fechamento de fábricas. Muitos empresários alertam para um processo de desindustrialização precoce, que ameaça empregos e compromete a recuperação de longo prazo.
No campo social, as manifestações contra as medidas de austeridade se multiplicam. Sindicatos e movimentos populares denunciam reduções em programas sociais, aumento do custo de vida e concentração de renda. Mesmo assim, Milei mantém apoio de parte da população que acredita na necessidade de “sacrifícios” para reconstruir o país.
Com a economia ajustada, mas o tecido social em tensão, a Argentina entra em uma nova fase de desafios: reconquistar o crescimento com inclusão, estabilizar o emprego e preservar o apoio político para consolidar as reformas. O futuro do governo Milei dependerá da capacidade de equilibrar resultados econômicos com justiça social — e de provar que seu projeto libertário pode ser sustentável.
Mundo
Israel retoma ataques em Gaza e ameaça acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA
Missão diplomática liderada por enviados de Donald Trump tenta conter escalada de violência após novas ofensivas israelenses

A tensão voltou a crescer no Oriente Médio. Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (20), apenas dez dias após a assinatura do acordo de cessar-fogo, colocando em risco o frágil plano de paz mediado pelos Estados Unidos.
De acordo com autoridades locais, três palestinos morreram durante uma nova ofensiva israelense no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza. O Exército de Israel afirmou que os disparos ocorreram após a identificação de “terroristas cruzando a linha amarela” na região de Shejaiya, e declarou que continuará a “eliminar qualquer ameaça imediata”.
Enquanto isso, os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, chegaram a Tel Aviv para tentar preservar o cessar-fogo e se reunirão com membros do governo de Binyamin Netanyahu. O Egito, por sua vez, sediará uma reunião com o Hamas, buscando avançar nas negociações de paz.
Testemunhas relataram disparos de tanques israelenses e afirmam que moradores ainda estão confusos sobre o traçado da área de recuo militar, já que não há sinalizações visíveis no território devastado.
A escalada de violência ocorre em meio a impasses sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses. Israel acusa o Hamas de atrasar propositalmente o processo, enquanto o grupo alega dificuldades para recuperar corpos soterrados sob escombros.
O primeiro-ministro Netanyahu também anunciou que a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, condicionando sua reabertura ao cumprimento integral do acordo.
O plano de paz idealizado pelo ex-presidente Trump enfrenta agora seus maiores desafios, com pendências sobre o desarmamento do Hamas, a governança futura de Gaza e o avanço na criação de um Estado palestino — pontos ainda sem consenso entre as partes envolvidas.
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