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Política

Lula: ‘”O Brasil vai ter o primeiro presidente eleito quatro vezes”

Em evento da Petrobras no Rio, presidente acena ao Congresso, defende agenda econômica e lança indireta sobre disputar a Presidência novamente em 2026

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Lula participa de evento da Petrobrás na Reduc — Foto: Domingos Peixoto

Durante cerimônia na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu sinais de que uma nova candidatura à Presidência em 2026 está em seus planos. “Se acontecer tudo o que estou pensando, este país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes”, afirmou o petista nesta sexta-feira (28), durante o lançamento de um pacote de R$ 33 bilhões em investimentos da Petrobras e Braskem.

O presidente ironizou especulações de que sua gestão estaria em declínio. “Eu só tenho um ano e meio de mandato, tem gente pensando que o governo acabou. Mas eles não sabem o que eu estou pensando”, declarou.

Ao lado de ministros como Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Esther Dweck (Gestão e Inovação), Lula também abordou as tensões com o Congresso Nacional. Apesar de reconhecer a existência de “divergências”, ele buscou amenizar o tom: “Até agora, neste mandato, o Congresso aprovou 99% das coisas que mandamos. Sou grato ao Congresso Nacional”.

A fala do presidente ocorreu em meio ao impasse envolvendo mudanças no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Nesta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu tanto os decretos do Executivo quanto a lei aprovada pelo Congresso que anulava as alterações promovidas por Lula. A decisão mantém as alíquotas atuais do imposto e marcou uma nova audiência de conciliação entre os poderes para o dia 15 de julho.

Lula também voltou a defender sua agenda de “justiça tributária”, criticando o que chamou de resistência das elites em abrir mão de privilégios. “Este país muitas vezes foi governado por 35% da população. Governar para 100% exige mais sacrifício, mais trabalho e compreensão”, disse, lamentando não ter conseguido isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil — como havia prometido.

O presidente voltou a celebrar os indicadores econômicos. “Não tem um número ruim da economia deste país além da taxa de juros alta”, disse, alfinetando o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a quem atribuiu o “apetite” por juros elevados.

O ministro Alexandre Silveira reforçou o discurso presidencial: “O senhor tem enfrentado grandes desafios para fazer algo tão óbvio: justiça tarifária e tributária”, disse, cobrando apoio do Congresso à agenda econômica do governo.

O pacote de investimentos anunciado inclui melhorias nas unidades de refino da Petrobras e em ativos da Braskem, com projeção de criação de 38 mil empregos até 2029, segundo o governo.

Redação Saiba+

Política

Lula afirma que ainda não há exigências de Trump sobre o “tarifaço”

Em encontro diplomático marcado na Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se preparam para negociar futura redução de tarifas, sem pé na mesa por enquanto

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante declaração conjunta à imprensa, na Residência do Primeiro-Ministro da Malásia. Putrajaya (Malásia) Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não apresentou exigências formais em relação à redução do chamado “tarifaço” aplicado sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o momento é de diálogo e construção de consensos, e não de imposições.

Durante agenda internacional, o presidente ressaltou que as negociações entre os dois países devem ocorrer com respeito mútuo e equilíbrio econômico, destacando que “não há exigências dele, e não há exigências nossas ainda”. A fala evidencia a estratégia de manter abertas as portas para o entendimento, sem assumir compromissos unilaterais que possam prejudicar a indústria nacional.

A medida de Trump, que elevou tarifas sobre exportações brasileiras em setores estratégicos, é vista pelo governo como um desafio diplomático que precisa ser tratado com prudência e firmeza política. Lula reiterou que o Brasil buscará condições justas de comércio internacional, priorizando o fortalecimento das exportações e a valorização da produção nacional.

O encontro entre os dois líderes, previsto para os próximos dias, deve definir os rumos da relação econômica bilateral. De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é que a reunião aproxime as posições e crie um ambiente propício para um acordo comercial mais equilibrado.

A postura de Lula reforça a imagem de um governo disposto ao diálogo, mas atento à defesa dos interesses brasileiros, sobretudo em temas ligados à competitividade, à indústria e à soberania econômica.

Redação Saiba+

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Política

Haddad prefere “ser gastador” a “caloteiro”, diz ministro da Fazenda

Em tom firme, Fernando Haddad defende o pagamento de precatórios e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal

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O ministro Fernando Haddad — Foto: Maria Isabel Oliveira

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira que o governo federal deve manter o pagamento regular dos precatórios, reforçando a importância de preservar a credibilidade financeira do país. Em suas palavras, ele afirmou que prefere “ter a pecha de ter gastado mais do que a de caloteiro”, deixando claro que a prioridade é honrar as dívidas judiciais da União.

Durante o discurso, Haddad criticou a ideia de adiar ou suspender pagamentos de precatórios, classificando tal prática como ilegal, inconstitucional e irracional. Para ele, a postergação desses valores não apenas compromete o equilíbrio fiscal, mas também afeta cidadãos e empresas que aguardam há anos por decisões judiciais transitadas em julgado.

O ministro enfatizou que o governo federal tem condições de cumprir suas obrigações sem recorrer a manobras contábeis. “A União tem capacidade de financiamento e deve dar o exemplo”, disse Haddad, destacando que a credibilidade econômica é construída com previsibilidade e respeito às regras.

A fala ocorre em meio às discussões sobre novas normas de controle de gastos públicos e revisão das regras fiscais. Haddad reforçou que o equilíbrio das contas públicas não deve vir à custa de descumprimentos judiciais, mas por meio de gestão responsável e planejamento de longo prazo.

O posicionamento do ministro foi visto como uma tentativa de consolidar uma imagem de responsabilidade e transparência diante de um cenário de incertezas fiscais. Com a declaração, Haddad sinaliza que o governo busca manter o compromisso com a estabilidade econômica, ainda que enfrente críticas por ampliar despesas em algumas áreas.

Redação Saiba+

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Política

Lula afirma que ‘traficantes são vítimas dos usuários’ ao criticar política de Trump

Em entrevista na Indonésia, presidente brasileiro responsabiliza usuários de drogas e questiona abordagem militar dos EUA

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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, conversa com a imprensa, na Secretaria-Geral da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Jacarta, na Indonésia Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou repercussão internacional ao afirmar, durante uma visita à Indonésia, que traficantes “são vítimas dos usuários também”, em uma crítica direta à política de combate ao narcotráfico conduzida pelo governo Donald Trump. Em suas declarações, Lula defendeu que o foco do enfrentamento à droga deve ir além dos fornecedores e abranger a demanda dos consumidores.

Durante a entrevista, o presidente brasileiro apontou que a abordagem militarizada dos EUA, com operações de ataque a rotas de drogas na América Latina, corre o risco de tratar o tráfico como um simples tema de segurança externa, ignorando fatores sociais internos. Ele argumentou que a causa do problema está na demanda por entorpecentes, o que torna os traficantes parte de um sistema impulsionado pelos usuários.

“Os usuários criam o mercado”, afirmou Lula, “os traficantes são vítimas dos usuários também”. A declaração representa uma linha de discurso mais humanitária e centrada em prevenção e política de saúde pública do que na repressão pura. Essa visão contrasta com a retórica de endurecimento defendida por Trump, que defende uso da força e expansão de operações no Caribe e América Latina como estratégia central.

A fala do presidente brasileiro foi interpretada como um posicionamento estratégico de diplomacia comparada, uma vez que Lula aproveitou o cenário para sugerir maior protagonismo de países de renda média no tema das drogas e questionar medidas unilaterais de segurança impostas por grandes potências.

Apesar de não detalhar planos específicos de política pública, o pronunciamento reacende o debate sobre reforma das leis de drogas, investimento em saúde mental e programas de reabilitação, e coloca o Brasil numa rota de menor alinhamento com os EUA no tema.

Redação Saiba+

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