Bahia
Tarifaço de Trump ameaça exportações baianas e provoca reação emergencial de estados
Setores da fruticultura, pesca e indústria da Bahia já sentem os impactos da tarifa de 50% dos EUA; prejuízo com a manga pode chegar a R$ 179 milhões, e governadores articulam ações para conter crise

A Bahia corre o risco de perder até 50 mil toneladas de manga produzidas no Vale do São Francisco, com prejuízo estimado em R$ 179 milhões, caso entre em vigor, no dia 1º de agosto, a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelos Estados Unidos. O impacto já afeta diretamente os produtores da região e o setor de exportação baiano como um todo.
O alerta foi feito por Humberto Miranda, presidente da Faeb (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia) e do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), que destaca que 60% da produção de manga do estado é escoada para os EUA, segundo maior comprador da fruta, atrás apenas da União Europeia.
“Estamos falando de um produto altamente perecível e não há tempo hábil para encontrar mercados alternativos. Essa tarifa pode causar desemprego e colapso na fruticultura baiana”, afirmou Miranda.
A colheita da manga baiana se inicia em setembro, mas a janela de exportação, que começou no fim de julho e vai até novembro, já está comprometida. A próxima carga da fruta está prevista para embarcar no dia 2 de agosto, saindo dos portos de Salvador, Fortaleza e Natal. Caso não haja acordo com o governo americano, os produtores já planejam reduzir as exportações para apenas 30% da produção.
Tássio Lustosa, diretor da Valexport, destaca que não há viabilidade para redirecionar os frutos para o mercado interno. “Se isso acontecer, haverá queda drástica nos preços e inviabilização da comercialização. A perda afetará cerca de 7 mil trabalhadores diretos apenas no Vale do São Francisco”, disse.
Pescados e indústria também em crise
O setor pesqueiro baiano também foi duramente afetado. Cerca de 60 contêineres com mil toneladas de peixe ficaram parados nos portos de Salvador, Suape (PE) e Pecém (CE), desde o anúncio da taxação, em 11 de julho. Entre os principais produtos travados estão pescados como a tilápia, altamente consumida no mercado norte-americano.
De acordo com Marcos Rocha, assessor da Bahia Pesca, “o tarifaço provocará queda nas exportações, aumento dos estoques, prejuízos financeiros e desemprego em toda a cadeia produtiva”. Em 2024, a Bahia já havia exportado 174 toneladas de tilápia, somando cerca de R$ 3 milhões.
Já no setor industrial, os impactos iniciais recaem sobre a logística de envio. Arthur Cruz, da SEI (Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia), estima que a Bahia pode perder até R$ 2,6 bilhões em exportações industriais, com destaque para produtos como celulose, pneus, óleos combustíveis, frutas e bioquímicos.
Fernando Branco, presidente do Sindpacel, alerta que a queda nas exportações pode reduzir a produção e gerar desemprego em massa na indústria baiana. “Há um efeito em cadeia que vai da suspensão de embarques à demissão de funcionários”, destacou.
Governos estaduais reagem
Governadores de vários estados começaram a anunciar medidas de socorro às empresas afetadas pela tarifa imposta pelos Estados Unidos, liderados por Donald Trump. As ações incluem liberação de créditos de ICMS, criação de novas linhas de financiamento e articulação conjunta com o governo federal.
Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal e coordenador do Fórum de Governadores, propôs uma reunião com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, para apresentar os impactos estaduais. “É hora de agir com união para proteger empregos e evitar o colapso produtivo”, afirmou.
Na Bahia, representantes setoriais, como Wilson Andrade, da ABAF, já discutem incentivos fiscais e um possível programa emergencial de assistência a pequenos produtores do semiárido baiano. “Temos 35 mil pequenos fazendeiros e 200 mil pessoas em risco direto. É preciso garantir sobrevivência econômica a essas comunidades”, disse
Bahia
Ventania com rajadas de até 75 km/h atinge Salvador e provoca estragos
Quedas de árvores, falhas de energia e ondas gigantes foram registradas após fortes ventos atingirem a capital baiana

A cidade de Salvador foi atingida por fortes ventos que chegaram a 75 km/h, provocando estragos em diversos bairros e deixando moradores em alerta. A ventania, considerada uma das mais intensas do ano, causou quedas de árvores, interrupções no fornecimento de energia e agitação marítima com ondas que chegaram a três metros de altura.
Entre os bairros mais afetados estão Cabula, Pituba, Piatã e Barra, onde equipes de manutenção precisaram atuar para remover árvores e galhos que obstruíram vias e danificaram veículos. Em alguns pontos, o trânsito ficou congestionado e o fornecimento de energia foi interrompido por várias horas.
De acordo com técnicos da área de meteorologia, o fenômeno foi causado por uma frente fria estacionária combinada com massa de ar quente e úmida, o que gerou ventos extremos e temporais localizados. A previsão é que a intensidade diminua nos próximos dias, mas a recomendação é de atenção redobrada, especialmente em áreas com árvores antigas e redes elétricas expostas.
A Defesa Civil reforça o alerta para que moradores evitem estacionar veículos sob árvores, desliguem aparelhos elétricos durante tempestades e acionem os serviços de emergência em caso de risco. As equipes seguem monitorando as condições climáticas e atuando para minimizar os impactos da ventania.
Bahia
Outubro Rosa reforça câncer de mama como líder de mortalidade feminina na Bahia
88% das mulheres com tumores malignos diagnosticados são de câncer de mama, destaca secretaria estadual

No contexto da campanha Outubro Rosa, a Bahia atualiza dados que evidenciam que o câncer de mama permanece como a principal causa de morte por doença oncológica entre mulheres do estado. A Secretaria de Saúde estadual reforça que são necessárias ações urgentes de rastreamento e acesso ao tratamento para reduzir o impacto da doença.
Segundo levantamento recente, aproximadamente 88% dos casos de tumores malignos diagnosticados em mulheres correspondem ao câncer de mama, ressaltando a magnitude da enfermidade no cenário feminino. A pasta alerta que a detecção precoce e o fortalecimento das políticas de oncologia são fundamentais para aumentar as chances de cura e reduzir óbitos evitáveis.
As iniciativas para este mês incluem mutirões de exames de imagem em polos do interior, capacitação de equipes de saúde básica sobre sinais clínicos e ampliação do acesso ao tratamento em unidades oncológicas da rede pública. A meta é elevar a cobertura de mamografia para 95% das mulheres de 50 a 69 anos, faixa etária de maior risco.
O governo estadual destaca ainda que, embora o câncer de pulmão, colo do útero e colorretal também estejam entre as principais causas de óbito, o câncer de mama concentra o foco das intervenções em razão da sua prevalência e da existência de protocolos eficazes de triagem e tratamento.
Para a população, a mensagem é clara: realizar o autoexame, garantir a mamografia regular e procurar atendimento imediato ao identificar qualquer nódulo ou alteração diferenciais. O combate à doença passa por empoderamento feminino, acesso aos serviços de saúde e suporte das redes municipal e estadual de atenção oncológica.
Bahia
Bahia aporta mais de R$ 5 milhões no Programa FazAtleta
Governo estadual intensifica apoio ao esporte com novo investimento para atletas e Escolinha FazAtleta

O governo da Bahia anunciou um investimento adicional de mais de R$ 5 milhões no programa FazAtleta, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento esportivo no estado. A iniciativa visa fortalecer a capacitação de atletas, infraestrutura desportiva e atividades escolares vinculadas ao projeto, promovendo a prática e o protagonismo esportivo entre jovens baianos.
Com essa nova fase de aporte, o programa amplia sua atuação em clubes de base, centros de treinamento e polos regionais, além de apoiar iniciativas de esporte educacional por meio de convênios com prefeituras e entidades sociais. Entre os objetivos está a criação de uma rede de Escolinha FazAtleta, focada em identificar talentos locais e prepará-los para competições regionais e nacionais.
O secretário de Esporte da Bahia enfatizou a importância do investimento para “promover inclusão social, saúde e oportunidade de vida através do esporte”. Segundo o gestor, a meta é que o programa atue como porta de entrada para jovens no esporte e como mecanismo de fortalecimento das estruturas esportivas no interior do estado.
O novo aporte também tem impacto na qualificação profissional: treinadores, preparadores físicos e gestores receberão capacitação por meio de parcerias com instituições de ensino superior e confederações esportivas, buscando elevar o nível técnico das práticas desportivas e assegurar a sustentabilidade das ações.
Com isso, a Bahia dá mais um passo para ocupar posição de destaque no cenário esportivo nacional, ao combinar investimento público, formação de atletas e infraestrutura renovada.
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