Política

Falta um voto para pedido de impeachment de Moraes avançar no Senado

Oposição ocupa mesas diretoras do Congresso, pressiona por abertura de processo e suspende trabalhos nas duas Casas legislativas

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A tensão política em Brasília atingiu um novo patamar nesta quarta-feira (6), com a informação de que falta apenas uma assinatura para que o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja protocolado no Senado. A oposição mantém a ocupação das Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado como forma de pressão, enquanto líderes aliados ao governo buscam uma saída institucional para a crise.

Segundo o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição no Congresso, o grupo já conta com o apoio de 40 senadores dos 41 necessários para que o pedido possa ser protocolado. “Estamos negociando com os indecisos e seguimos firmes na vigília até que sejamos ouvidos”, declarou. O nome mais recente a aderir foi o da senadora Ivete da Silveira (MDB), fortalecendo a mobilização.

Se admitido, será a primeira vez na história que o Senado analisará um pedido de impeachment contra um ministro do STF. A decisão de aceitar ou não o processo cabe ao presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Para a destituição, no entanto, são necessários 54 votos favoráveis entre os 81 senadores.

Ocupação e paralisação

Desde a noite de terça-feira (5), parlamentares da oposição se revezam na ocupação física das mesas diretoras do Congresso Nacional. A estratégia, inédita neste mandato, levou os presidentes das duas Casas a suspenderem as sessões deliberativas por tempo indeterminado.

“O clima é de radicalização porque nossas pautas estão sendo ignoradas. Só vamos conversar se for com Hugo Motta e Davi Alcolumbre juntos, e sem presença de governistas”, disse o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Governo sob alerta

Enquanto isso, o governo federal acompanha a movimentação com preocupação. O cenário internacional também complica a equação: Donald Trump confirmou nesta quarta-feira (6) novas tarifas de 25% contra a Índia por importar petróleo da Rússia, algo que o Brasil também faz. Com isso, o país poderá ser alvo de sanções comerciais ainda mais severas, somando-se aos 50% já impostos.

“Se Trump cumprir a promessa, o Brasil pode se tornar o país mais penalizado com tarifas na história recente dos Estados Unidos. Isso vai além do comércio: é uma tentativa de estrangulamento econômico”, alertou um parlamentar da base governista

Redação Saiba+

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