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Polícia

Governo prevê corte de R$ 7,7 bi no Bolsa Família

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O governo Lula enviou um ofício ao Congresso Nacional nesta quarta-feira, 12, pedindo mudanças no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa). O documento prevê, entre outras mudanças no Orçamento de 2025, um corte de 7,7 bilhões de reais no Bolsa Família para poder acomodar outros gastos com programas como o Auxílio Gás.

O Auxílio Gás, cujo orçamento previsto era de 600 milhões de reais, teve valor aumentado para 3,6 bilhões de reais, com o remanejamento.

O ofício é assinado pela ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, e afirma que os ajustes propostos “contemplam ainda remanejamentos solicitados pelos órgãos interessados, em razão de repriorizações ou necessidades supervenientes”.

Mais cedo, o relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), havia afirmado que as pendências relativas ao Auxílio Gás e ao Pé-de-Meia tinham sido resolvidas.

Ele fez essa afirmação após se reunir com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, nesta quarta. Segundo Angelo Coronel, o governo deverá enviar ao Congresso, sempre que for necessário, projetos de lei específicos para a liberação de valores do Pé-de-Meia.

O senador também havia comentado o corte previsto no Bolsa Família, dizendo que as reduções vão mirar os beneficiários que recebem os valores de forma irregular. De acordo com o parlamentar, a expectativa é que o texto seja finalizado até a próxima semana, com votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO) para terça, 18, e no plenário na própria terça ou na quarta, 19.

Redação Saiba+

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Polícia

Aluno do curso de sargento da PM-BA passa mal durante formação em Salvador

Episódio acende alerta para saúde mental de profissionais da segurança pública no estado

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CFAP - Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças / Reprodução: Google

Um aluno do curso de formação para sargento da Polícia Militar da Bahia precisou ser internado às pressas após passar mal durante as atividades no CFAP (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças), localizado no bairro de Ondina, em Salvador, na quarta-feira (21).

O Al SGT PM foi encaminhado para atendimento médico na UPA dos Barris, onde recebeu os primeiros cuidados.

O caso causou preocupação entre colegas e reabriu o debate sobre a pressão psicológica enfrentada por policiais em formação. Embora os detalhes clínicos não tenham sido divulgados oficialmente, a situação remete a discussões mais amplas sobre o impacto da rotina militar na saúde mental dos agentes da segurança pública.

O advogado e policial militar da reserva, Dinoermeson Tiago dos Santos Nascimento, que também é advogado da Associação dos Militares Estaduais da Bahia – Centenária Milícia de Bravos e professor de Direito Militar, se manifestou sobre o caso. Para ele, é necessário repensar práticas institucionais dentro da corporação:

“Muitas vezes o mau trato vem travestido de hierarquia e disciplina. É uma linha muito tênue que a maioria dos gestores da PM-BA ainda não sabe administrar”, afirmou.

Dinoermeson Tiago dos Santos Nascimento / Reprodução: Instagram

“Vivemos um momento crítico, com aumento de casos de sofrimento psíquico entre os profissionais da segurança pública. Precisamos acender a luz amarela para proteger quem vive diariamente em contato direto com o risco e com a dor”, completou.

Dinoermeson destaca ainda a importância de fortalecer o diálogo interno e oferecer acolhimento psicológico, a fim de evitar que o desgaste emocional comprometa tanto os policiais quanto a sociedade civil, que é diretamente impactada pela atuação desses profissionais.

O episódio reforça a urgência de que o comando da PM-BA e as autoridades estaduais implementem protocolos de apoio e prevenção em saúde mental, especialmente durante os cursos de formação, que frequentemente envolvem altos níveis de exigência física e emocional.

Redação Saiba+

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Polícia

Fraudes no INSS: PF mira operador financeiro

Nova etapa da Operação Sem Desconto apura uso de recursos desviados de aposentados na compra de veículos de luxo

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Fachada da sede do INSS em Brasília. Relatório aponta que vítimas de descontos irregulares na aposentadoria têm dificuldades para comparecer a agências da Previdência Social - Pedro Ladeira - 23.abr.2025

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (14), uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Presidente Prudente (SP), autorizados pela 10.ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal.

Nesta fase, as investigações se concentram na atuação de um operador financeiro ligado a uma das associações investigadas, que teria utilizado recursos oriundos das fraudes para comprar veículos de alto valor, com indícios de lavagem de dinheiro.

A operação é um desdobramento da primeira etapa realizada em 2024, quando a PF realizou buscas em 211 endereços distribuídos por 13 estados e no Distrito Federal, resultando na prisão temporária de seis pessoas suspeitas de participação no esquema.

De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), houve um aumento vertiginoso no volume de descontos realizados entre 2019 e 2020 em nome de associações que operavam sem autorização dos beneficiários. A CGU afirma ainda que o INSS ignorou seis ofícios enviados entre maio e julho de 2024 alertando para possíveis irregularidades.

Os alvos da investigação são entidades que se apresentavam como associações representativas, mas que realizavam descontos não autorizados diretamente nos benefícios previdenciários, prejudicando milhares de aposentados em todo o país.

A Polícia Federal reforça que a apuração prossegue com o objetivo de rastrear o caminho do dinheiro e responsabilizar os envolvidos, inclusive por crimes financeiros, contra a administração pública e lavagem de dinheiro.

Redação Saiba+

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Polícia

Opinião | Falas polêmicas abalam clima entre PM e Polícia Civil

Addson Gomes, investigador da Polícia Civil, usou suas redes sociais e fez críticas contra a PM e a Guarda Municipal

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As declarações recentes do investigador da Polícia Civil da Bahia, Addson Gomes, trouxeram um debate delicado sobre o relacionamento entre as forças de segurança do estado. Em vídeo que circula nas redes sociais, o policial civil criticou duramente a atuação da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Salvador, gerando reações dentro e fora das corporações.

Apesar do direito à livre expressão garantido a todo cidadão, inclusive servidores públicos, o tom e o conteúdo das falas de Addson levantam questionamentos sérios: como se sentem hoje os policiais militares e os guardas civis que arriscam suas vidas diariamente nas ruas, em operações que exigem coragem, responsabilidade e disciplina? Que tipo de ambiente os espera ao chegar numa delegacia após uma prisão ou ocorrência complexa?

As falas de um servidor público que ocupa cargo de confiança em uma das engrenagens do sistema de segurança podem acabar gerando insegurança institucional e desconfiança mútua. Quando a crítica ganha contornos ideológicos e pessoais, há o risco de se criar um ambiente de instabilidade entre aqueles que, em tese, deveriam atuar de forma integrada.

É preocupante imaginar que o exercício das funções policiais, em especial nas ruas, onde há trocas de tiros, prisões de alta complexidade e contato direto com a população, possa ser impactado por percepções ideológicas dentro do próprio sistema. O profissional da linha de frente precisa confiar que será tratado com imparcialidade e respeito por seus colegas da Polícia Civil, independentemente de suas convicções políticas ou origem institucional.

O episódio também levanta uma questão importante sobre a conduta de servidores públicos nas redes sociais. Se por um lado a liberdade de expressão é um direito inalienável, por outro, a responsabilidade de quem representa o Estado deve vir em primeiro lugar, sobretudo quando o conteúdo pode colocar em risco a harmonia entre corporações que têm como missão comum garantir a ordem e a segurança da sociedade.

Em tempos de polarização, é urgente reafirmar que a segurança pública precisa se pautar pela técnica, pelo respeito mútuo e pelo profissionalismo. O foco deve estar na cooperação entre instituições e não na rivalidade entre seus agentes.

Redação Saiba+

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