Polícia
Influenciador Darley é transferido para penitenciária em Salvador
Darley divulgava as plataformas de jogos de azar e lucrava R$300 mil com “tigrinho”.

O influenciador digital Darley Felipe, de 29 anos, foi transferido nesta terça-feira (1º/4) para a Penitenciária Lemos de Brito, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Ele estava detido no Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho, em Feira de Santana, a 115 km da capital baiana, desde o último dia 20 de março. Agora, permanecerá à disposição da Justiça.
Darley foi preso durante a Operação Gize, deflagrada pela Polícia Civil do Ceará, suspeito de lucrar divulgando plataformas de jogos de azar em suas redes sociais, incluindo o “Jogo do Tigrinho”. De acordo com o delegado Giovani Rocha, chefe do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte (CE), o influenciador baiano fazia parte de uma organização criminosa que operava há mais de dois anos. Segundo Rocha, Darley lucrava cerca de R$ 300 mil por mês com a prática ilegal.
“Prejuízo é difícil de estimar porque eram muitas plataformas e o número de cadastros e do montante apostado variava. Mas, o lucro deles é milionário”, afirmou o delegado na ocasião da prisão.
Além de Darley, outras cinco pessoas foram presas pelo mesmo crime, incluindo o influenciador digital Janisson Moura, ex-namorado do baiano e morador de Juazeiro do Norte, e a influencer cearense Milena Peixoto. Todos estão detidos preventivamente.
Os mandados de prisão foram expedidos pelo 1º Núcleo Regional de Custódia e das Garantias do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará e cumpridos em quatro estados: Bahia, Ceará, Maranhão e Minas Gerais. As investigações tiveram início em maio de 2023, após o grupo realizar uma viagem para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, mas os investigadores apontam que as atividades ilegais já vinham sendo intensificadas desde o início daquele ano.
Polícia
Aluno do curso de sargento da PM-BA passa mal durante formação em Salvador
Episódio acende alerta para saúde mental de profissionais da segurança pública no estado

Um aluno do curso de formação para sargento da Polícia Militar da Bahia precisou ser internado às pressas após passar mal durante as atividades no CFAP (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças), localizado no bairro de Ondina, em Salvador, na quarta-feira (21).
O Al SGT PM foi encaminhado para atendimento médico na UPA dos Barris, onde recebeu os primeiros cuidados.
O caso causou preocupação entre colegas e reabriu o debate sobre a pressão psicológica enfrentada por policiais em formação. Embora os detalhes clínicos não tenham sido divulgados oficialmente, a situação remete a discussões mais amplas sobre o impacto da rotina militar na saúde mental dos agentes da segurança pública.
O advogado e policial militar da reserva, Dinoermeson Tiago dos Santos Nascimento, que também é advogado da Associação dos Militares Estaduais da Bahia – Centenária Milícia de Bravos e professor de Direito Militar, se manifestou sobre o caso. Para ele, é necessário repensar práticas institucionais dentro da corporação:
“Muitas vezes o mau trato vem travestido de hierarquia e disciplina. É uma linha muito tênue que a maioria dos gestores da PM-BA ainda não sabe administrar”, afirmou.

“Vivemos um momento crítico, com aumento de casos de sofrimento psíquico entre os profissionais da segurança pública. Precisamos acender a luz amarela para proteger quem vive diariamente em contato direto com o risco e com a dor”, completou.
Dinoermeson destaca ainda a importância de fortalecer o diálogo interno e oferecer acolhimento psicológico, a fim de evitar que o desgaste emocional comprometa tanto os policiais quanto a sociedade civil, que é diretamente impactada pela atuação desses profissionais.
O episódio reforça a urgência de que o comando da PM-BA e as autoridades estaduais implementem protocolos de apoio e prevenção em saúde mental, especialmente durante os cursos de formação, que frequentemente envolvem altos níveis de exigência física e emocional.
Polícia
Fraudes no INSS: PF mira operador financeiro
Nova etapa da Operação Sem Desconto apura uso de recursos desviados de aposentados na compra de veículos de luxo

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (14), uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Presidente Prudente (SP), autorizados pela 10.ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
Nesta fase, as investigações se concentram na atuação de um operador financeiro ligado a uma das associações investigadas, que teria utilizado recursos oriundos das fraudes para comprar veículos de alto valor, com indícios de lavagem de dinheiro.
A operação é um desdobramento da primeira etapa realizada em 2024, quando a PF realizou buscas em 211 endereços distribuídos por 13 estados e no Distrito Federal, resultando na prisão temporária de seis pessoas suspeitas de participação no esquema.
De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), houve um aumento vertiginoso no volume de descontos realizados entre 2019 e 2020 em nome de associações que operavam sem autorização dos beneficiários. A CGU afirma ainda que o INSS ignorou seis ofícios enviados entre maio e julho de 2024 alertando para possíveis irregularidades.
Os alvos da investigação são entidades que se apresentavam como associações representativas, mas que realizavam descontos não autorizados diretamente nos benefícios previdenciários, prejudicando milhares de aposentados em todo o país.
A Polícia Federal reforça que a apuração prossegue com o objetivo de rastrear o caminho do dinheiro e responsabilizar os envolvidos, inclusive por crimes financeiros, contra a administração pública e lavagem de dinheiro.
Polícia
Opinião | Falas polêmicas abalam clima entre PM e Polícia Civil
Addson Gomes, investigador da Polícia Civil, usou suas redes sociais e fez críticas contra a PM e a Guarda Municipal

As declarações recentes do investigador da Polícia Civil da Bahia, Addson Gomes, trouxeram um debate delicado sobre o relacionamento entre as forças de segurança do estado. Em vídeo que circula nas redes sociais, o policial civil criticou duramente a atuação da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Salvador, gerando reações dentro e fora das corporações.
Apesar do direito à livre expressão garantido a todo cidadão, inclusive servidores públicos, o tom e o conteúdo das falas de Addson levantam questionamentos sérios: como se sentem hoje os policiais militares e os guardas civis que arriscam suas vidas diariamente nas ruas, em operações que exigem coragem, responsabilidade e disciplina? Que tipo de ambiente os espera ao chegar numa delegacia após uma prisão ou ocorrência complexa?
As falas de um servidor público que ocupa cargo de confiança em uma das engrenagens do sistema de segurança podem acabar gerando insegurança institucional e desconfiança mútua. Quando a crítica ganha contornos ideológicos e pessoais, há o risco de se criar um ambiente de instabilidade entre aqueles que, em tese, deveriam atuar de forma integrada.
É preocupante imaginar que o exercício das funções policiais, em especial nas ruas, onde há trocas de tiros, prisões de alta complexidade e contato direto com a população, possa ser impactado por percepções ideológicas dentro do próprio sistema. O profissional da linha de frente precisa confiar que será tratado com imparcialidade e respeito por seus colegas da Polícia Civil, independentemente de suas convicções políticas ou origem institucional.
O episódio também levanta uma questão importante sobre a conduta de servidores públicos nas redes sociais. Se por um lado a liberdade de expressão é um direito inalienável, por outro, a responsabilidade de quem representa o Estado deve vir em primeiro lugar, sobretudo quando o conteúdo pode colocar em risco a harmonia entre corporações que têm como missão comum garantir a ordem e a segurança da sociedade.
Em tempos de polarização, é urgente reafirmar que a segurança pública precisa se pautar pela técnica, pelo respeito mútuo e pelo profissionalismo. O foco deve estar na cooperação entre instituições e não na rivalidade entre seus agentes.
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