conecte-se conosco

Política

Presidente do INSS pede demissão após operação da PF

Ação apura descontos indevidos no INSS com prejuízo de R$ 6,3 bi entre 2019 e 2024.

Postado

em

Alessandro Stefanutto, Presidente do INSS - FOTO INSS DIVULGAÇÃO

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira (23), após ser alvo da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal. A ação investiga um suposto esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários, que teria causado um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões aos aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.

Durante a manhã, agentes da PF estiveram no apartamento funcional de Stefanutto, onde realizaram busca e apreensão e recolheram seu celular pessoal. Segundo fontes próximas, o presidente do INSS colaborou com a ação e demonstrou surpresa com a operação. Stefanutto, que é servidor de carreira e já atuou como procurador-geral do INSS, afirmou a interlocutores que ele mesmo havia determinado, ainda no ano passado, uma investigação interna sobre os descontos irregulares.

A decisão de deixar o cargo foi comunicada a aliados com o argumento de que ele irá se dedicar integralmente à sua defesa. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia solicitado sua saída do comando do órgão.

A Operação Sem Desconto apura a atuação de entidades que, segundo a PF, teriam efetuado cobranças indevidas de aposentados e pensionistas sem autorização, por meio de convênios com o INSS. O suposto esquema teria sido mantido ao longo de dois governos — os de Jair Bolsonaro e Lula.

Até o momento, o governo ainda não anunciou quem assumirá o comando do INSS.

Redação Saiba+

Continue lendo
envie seu comentário

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Renan critica Lula, mas admite: “Difícil derrotá-lo em 2026”

Senador do MDB aponta falhas na gestão petista e considera nomeação de Marina Silva um erro, mas reconhece força política de Lula rumo à reeleição.

Postado

em

Renan Calheiros: Foto: Cristiano Mariz

Durante um almoço com empresários promovido pela Casa ParlaMento, braço político da Esfera Brasil, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) fez duras críticas à condução do governo Lula, mas reconheceu a força eleitoral do presidente para as eleições de 2026. Para o emedebista, apesar das falhas na gestão, será “muito difícil derrotar Lula” caso ele decida disputar a reeleição.

Renan afirmou que o governo federal “não tem um plano claro de desenvolvimento para o país” e apontou a ausência de gestores capacitados como entrave à implementação de programas prioritários do Executivo. O senador também criticou diretamente a condução da política ambiental, classificando como “o maior erro” da gestão Lula a escolha de Marina Silva para o Ministério do Meio Ambiente.

“É tempo perdido esperar por soluções da ministra Marina. Isso não será recuperado no futuro. O Congresso pode ajudar. Já sugerimos ao presidente Lula que o Senado designe um relator para sistematizar os projetos em tramitação sobre licenciamento ambiental, com foco na necessidade de investimentos”, afirmou.

Mesmo com as críticas, Renan não deixou de reconhecer o capital político de Lula. Segundo ele, o presidente ainda tem margem para recuperar a avaliação popular e fortalecer sua candidatura à reeleição. “A avaliação tende a melhorar, e ainda há muito a ser feito até a eleição. Lula é um candidato forte, e será muito difícil vencê-lo”, declarou.

O senador também comentou o cenário da oposição e destacou a dificuldade da direita em se unificar em torno de um nome competitivo. Para ele, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o nome com maior potencial de votos no campo conservador. No entanto, ponderou:

“Entendo que o governador não irá para uma aventura eleitoral. Se houver risco de derrota, deve optar pela reeleição em São Paulo”.

Durante o evento, Renan ainda defendeu seu projeto de resolução que propõe um prazo de 15 anos para o governo federal reduzir a dívida consolidada da União, limitando-a a no máximo quatro vezes a receita corrente líquida — hoje, essa proporção está em cerca de sete vezes.

Redação Saiba+

Continue lendo

Política

Líder do PL ameaça romper com presidente da Câmara

Sóstenes Cavalcante diz a aliados que não consegue conversar com presidente da Câmara há um mês e diz que romperá com Motta se não pautar anistia dos presos do 8/1

Postado

em

Sóstenes Cavalcante, Dep. Federal PL/RJ / Foto: Reprodução

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), subiu o tom contra o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e afirmou que o partido poderá romper com ele caso o projeto de lei que prevê anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro não seja pautado. O parlamentar também ameaçou monopolizar os mais de R$ 6,7 bilhões em emendas de comissão a que a legenda tem direito neste ano.

Segundo Sóstenes, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, avalizou a postura mais incisiva.

“Falei com Valdemar que precisamos estabelecer um limite, senão ele vai continuar nos enrolando”, disse.

O partido, que preside importantes comissões na Câmara, como a de Saúde (R$ 4,98 bi) e a de Turismo (R$ 2,2 bi), ameaça romper o acordo que divide os recursos entre as siglas caso Motta não atenda ao pleito.

A cobrança será levada à reunião de líderes marcada para quinta-feira (24), quando a pauta de votações da próxima semana será definida. A expectativa do PL é aproveitar o esforço concentrado antes do feriado de 1º de Maio para votar a anistia, cuja urgência já conta com o apoio de 262 deputados, incluindo 56% de parlamentares da base do governo Lula.

O impasse vem se agravando. Sóstenes afirma não conseguir contato com Motta há um mês. Durante evento nesta terça (23), promovido pelo deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), o líder do PL buscou apoio do senador Ciro Nogueira (PP-PI), aliado de Motta, para que a proposta seja pautada.

“Ele precisa dar uma resposta”, disse.

O encontro, que também marcou o lançamento de um livro de Pereira, reuniu ministros, parlamentares de diferentes partidos e membros do STF. Apesar do clima informal e de descontração, as articulações políticas nos bastidores deixaram clara a tensão entre o PL e a Presidência da Câmara.

Outro assunto tratado entre líderes foi a possível cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), aprovada no Conselho de Ética. Sóstenes chegou a perguntar a Ciro Nogueira se o parlamentar perderia o mandato, e o senador respondeu que, se dependesse dele, sim.

O clima de instabilidade no Congresso tem refletido o avanço das disputas entre partidos do centrão e o governo federal por espaço político e controle de recursos orçamentários.

Redação Saiba+

Continue lendo

Política

Fraude bilionária é 2º escândalo no INSS sob Lula 3

Antecessor de Stefanutto, afastado do cargo nesta quarta-feira, foi demitido por Lula em julho do ano passado por suspeitas de irregularidades, em caso que ficou conhecido como ‘farra das passagens’

Postado

em

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cúpula Virtual sobre Ambição Climática - Foto: Ricardo Stuckert / PR

O escândalo de R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos em benefícios do INSS, alvo da Operação Sem Desconto deflagrada nesta quarta-feira (23) pela Polícia Federal, é o segundo caso de grande repercussão envolvendo o instituto durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O atual presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por determinação do presidente Lula e, posteriormente, pediu demissão para se concentrar em sua defesa. Ele havia assumido a presidência do órgão em julho de 2023, após a saída de Glauco Wamburg — também envolvido em suspeitas de irregularidades.

Foto: Reprodução

Wamburg, seu antecessor, ficou apenas cinco meses no comando do INSS. Ele foi exonerado por Lula após denúncias de uso indevido de passagens e diárias pagas com recursos públicos para compromissos pessoais. As viagens, tinham como destino principal o Rio de Janeiro, onde Wamburg reside e leciona em uma faculdade privada. O caso ficou conhecido como a “farra das passagens”.

Redação Saiba+

Continue lendo

Mais Lidas da Semana