Política
PT pressiona por PEC que reduz jornada 6×1
Liderança do partido articula avanço da proposta na CCJ da Câmara; ministro Luiz Marinho defende fim da escala 6×1 e redução para 40 horas semanais.

Após o sinal verde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pronunciamento nacional, o Partido dos Trabalhadores (PT) iniciou uma ofensiva na Câmara dos Deputados para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada de trabalho e põe fim à escala 6 por 1. A proposta, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), busca diminuir a carga semanal de 44 para 40 horas e passa a ser uma das prioridades da legenda no Congresso.
O primeiro movimento será do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), que vai se reunir com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Paulo Azi (União-BA), para tentar incluir a matéria na pauta da comissão, etapa inicial da tramitação legislativa. Segundo Lindbergh, a fala de Lula durante o Dia do Trabalho “deu grande fôlego” para que a pauta avance na Casa.
Além da redução da jornada, o PT também foca na ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda e na chamada “PEC da Segurança”. Internamente, a sigla avalia que a defesa do fim da escala 6×1 pode ajudar Lula a recuperar popularidade junto ao eleitorado mais afetado pela rotina exaustiva de trabalho.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, foi enfático durante ato do 1º de Maio em São Paulo: “É preciso conduzir a economia ao fim dos juros, pressionar por aumento de salários e pela redução da jornada de trabalho”, disse, destacando ainda o consignado CLT como alternativa de crédito acessível aos trabalhadores. Segundo ele, mais de R$ 10 bilhões já foram liberados por meio dessa linha.
Marinho também cobrou mobilização das centrais sindicais e da sociedade para pressionar o Congresso. Ele defendeu que convenções coletivas incluam cláusulas obrigando igualdade salarial entre homens e mulheres na mesma função.
“É preciso olhar o trabalhador como alguém que também consome. Salário é renda, é mercado”, afirmou.
No mesmo evento, o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) reforçou o compromisso do governo com a pauta trabalhista, mencionando medidas como o reajuste do salário mínimo acima da inflação e a lei da igualdade salarial, já sancionadas por Lula.
Nos bastidores do governo e do Congresso, há sinais de apoio à mudança até entre setores de centro-direita. A ideia com mais aceitação é implementar a redução gradual da jornada semanal, diminuindo inicialmente de 44 para 40 horas, sem fim abrupto da escala 6×1.
O próprio Lula, em sua mensagem aos trabalhadores, reforçou a necessidade de diálogo entre centrais sindicais, setor produtivo e o Congresso.
“Esse debate precisa ser feito com todos os setores da sociedade. A escala 6×1 é cruel, principalmente com as mulheres trabalhadoras”, declarou.
A proposta, por se tratar de uma emenda constitucional, exige um quórum qualificado: três quintos dos votos em duas rodadas de votação tanto na Câmara quanto no Senado. O governo aposta na mobilização popular e sindical para ampliar o apoio à medida.
Marinho finalizou sua participação com um apelo direto:
“Essa mudança pode ser positiva não apenas para os trabalhadores, mas também para as empresas, ao elevar a motivação e a qualidade de vida de quem produz a riqueza do país.”
Política
Trump questiona Luiz Inácio Lula da Silva sobre prisão e menciona “perseguição”
Durante reunião diplomática, Donald Trump retirou o foco dos temas oficiais para comentar trajetória do presidente brasileiro e o chamou de “vítima de perseguição”.

Em um encontro marcado por tensões e gestos diplomáticos, o presidente Donald Trump mostrou um interesse inesperado na vida pessoal do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo relatos dos bastidores, Trump teria perguntado “quanto tempo você ficou preso?” ao líder brasileiro, se referindo aos processos e à detenção anterior de Lula.
Mais do que curiosidade, Trump qualificou a trajetória de Lula como sendo de alguém “perseguido” politicamente, o que levanta interpretações sobre o clima e a estratégia de aproximação entre as duas nações.
Apesar de a pauta oficial da reunião tratar de comércio bilateral, tarifas e cooperação, o episódio revela que as interlocuções diplomáticas assumem múltiplas camadas — entre negociações técnicas e simbolismos políticos. A ênfase na vida pessoal serve como elemento simbólico: ao exaltar a volta de Lula à presidência após enfrentar acusações e prisão, Trump procura manifestar admiração ou buscar narrativa de reviravolta.
Para o governo brasileiro, o gesto pode representar uma vitória de imagem: ser reconhecido internacionalmente como líder que superou obstáculos e voltou ao poder. Para os Estados Unidos, a conversa revela uma tentativa de estabelecer redenção ou afinidade política, possivelmente projetada em futuros diálogos comerciais ou estratégicos.
No entanto, o episódio também gera críticas: especialistas em política externa apontam que, quando questões pessoais ganham tanto destaque, elas podem diluir o foco das negociações técnicas e criar expectativas desequilibradas. Um analista resumiu: “o que era uma reunião sobre tarifas virou cenário para narrativa pessoal”.
Em resumo, o encontro entre Trump e Lula ilustra que na diplomacia contemporânea os detalhes – como uma pergunta sobre prisão – podem ter impacto simbólico tão relevante quanto os acordos formais. Como resultado, resta acompanhar se o reconhecimento da trajetória de Lula se traduzirá em avanços concretos nas relações comerciais e estratégicas entre Brasil e Estados Unidos.
Política
Lula afirma que ainda não há exigências de Trump sobre o “tarifaço”
Em encontro diplomático marcado na Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se preparam para negociar futura redução de tarifas, sem pé na mesa por enquanto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não apresentou exigências formais em relação à redução do chamado “tarifaço” aplicado sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o momento é de diálogo e construção de consensos, e não de imposições.
Durante agenda internacional, o presidente ressaltou que as negociações entre os dois países devem ocorrer com respeito mútuo e equilíbrio econômico, destacando que “não há exigências dele, e não há exigências nossas ainda”. A fala evidencia a estratégia de manter abertas as portas para o entendimento, sem assumir compromissos unilaterais que possam prejudicar a indústria nacional.
A medida de Trump, que elevou tarifas sobre exportações brasileiras em setores estratégicos, é vista pelo governo como um desafio diplomático que precisa ser tratado com prudência e firmeza política. Lula reiterou que o Brasil buscará condições justas de comércio internacional, priorizando o fortalecimento das exportações e a valorização da produção nacional.
O encontro entre os dois líderes, previsto para os próximos dias, deve definir os rumos da relação econômica bilateral. De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é que a reunião aproxime as posições e crie um ambiente propício para um acordo comercial mais equilibrado.
A postura de Lula reforça a imagem de um governo disposto ao diálogo, mas atento à defesa dos interesses brasileiros, sobretudo em temas ligados à competitividade, à indústria e à soberania econômica.
Política
Haddad prefere “ser gastador” a “caloteiro”, diz ministro da Fazenda
Em tom firme, Fernando Haddad defende o pagamento de precatórios e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira que o governo federal deve manter o pagamento regular dos precatórios, reforçando a importância de preservar a credibilidade financeira do país. Em suas palavras, ele afirmou que prefere “ter a pecha de ter gastado mais do que a de caloteiro”, deixando claro que a prioridade é honrar as dívidas judiciais da União.
Durante o discurso, Haddad criticou a ideia de adiar ou suspender pagamentos de precatórios, classificando tal prática como ilegal, inconstitucional e irracional. Para ele, a postergação desses valores não apenas compromete o equilíbrio fiscal, mas também afeta cidadãos e empresas que aguardam há anos por decisões judiciais transitadas em julgado.
O ministro enfatizou que o governo federal tem condições de cumprir suas obrigações sem recorrer a manobras contábeis. “A União tem capacidade de financiamento e deve dar o exemplo”, disse Haddad, destacando que a credibilidade econômica é construída com previsibilidade e respeito às regras.
A fala ocorre em meio às discussões sobre novas normas de controle de gastos públicos e revisão das regras fiscais. Haddad reforçou que o equilíbrio das contas públicas não deve vir à custa de descumprimentos judiciais, mas por meio de gestão responsável e planejamento de longo prazo.
O posicionamento do ministro foi visto como uma tentativa de consolidar uma imagem de responsabilidade e transparência diante de um cenário de incertezas fiscais. Com a declaração, Haddad sinaliza que o governo busca manter o compromisso com a estabilidade econômica, ainda que enfrente críticas por ampliar despesas em algumas áreas.
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