Política
Coronel descarta ser vice de Jerônimo e endurece com o PT
Senador baiano reafirma desejo de disputar a reeleição ao Senado em 2026 e avisa que não aceitará imposições políticas. Enquanto isso, aproximação entre Jerônimo e Zé Ronaldo reforça rumores de mudança de lado na política baiana.

O senador baiano Angelo Coronel (PSD) descartou publicamente qualquer possibilidade de ser candidato a vice-governador na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições estaduais de 2026. A declaração, feita em entrevista à TV Band Bahia, lança um novo foco de tensão dentro da base aliada do governador e reforça a disputa interna pela composição da chapa majoritária.
Coronel foi direto: “Não existe na família Coronel o projeto de ser vice em nenhuma chapa.” O parlamentar deixou claro que pretende disputar a reeleição ao Senado e que não aceitará ser pressionado a abrir mão de sua vaga. A fala foi interpretada como uma resposta às articulações dentro do PT que cogitam nomes como Jaques Wagner e Rui Costa para a corrida ao Senado, o que poderia excluir Coronel da disputa.
“Geraldo e o MDB têm todo o direito de manter a sua vaga de vice, então eu não discuto teses nem suposições”, disse Coronel, em tom de desabafo.
Em meio às tratativas, Coronel ainda destacou que qualquer decisão sobre seu futuro político será tomada de forma autônoma e familiar:
“Às vezes eu estou deitado com Eleuza, no sofá, assistindo TV, e conversamos sobre largar a política. Isso é um pensamento pessoal, devido à nossa idade, à nossa história. Mas o que eu não aceito é ninguém querer impor a sua vontade a mim.”
Reaproximação de Zé Ronaldo com Jerônimo agita bastidores
Enquanto isso, o governador Jerônimo Rodrigues intensifica sua agenda com prefeitos baianos, inclusive com nomes até pouco tempo atrás ligados à oposição, como o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (União Brasil).
Os dois já se encontraram diversas vezes em 2024 e 2025, e a participação de Zé Ronaldo em eventos do governo estadual vem alimentando especulações sobre uma possível migração política. A mais recente aparição conjunta aconteceu durante o 3º Seminário Estadual do Bahia Sem Fome, quando Jerônimo entregou cozinhas solidárias e anunciou novas obras para o município.
Questionado sobre a possibilidade de contar com o apoio de Zé Ronaldo, Jerônimo não escondeu o desejo:
“Se você perguntar: você tem expectativa que Zé Ronaldo caminhe com você? Na hora correta, a gente vai conversar sobre isso. Mas é claro que eu desejo.”
Zé Ronaldo também fez declarações que chamaram atenção:
“Eu aprendi ao longo da minha vida a ter gratidão. Vivo aqui hoje um dos melhores momentos da minha vida. (…) Estou grato pela autorização desta obra.”
Política
Trump questiona Luiz Inácio Lula da Silva sobre prisão e menciona “perseguição”
Durante reunião diplomática, Donald Trump retirou o foco dos temas oficiais para comentar trajetória do presidente brasileiro e o chamou de “vítima de perseguição”.

Em um encontro marcado por tensões e gestos diplomáticos, o presidente Donald Trump mostrou um interesse inesperado na vida pessoal do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo relatos dos bastidores, Trump teria perguntado “quanto tempo você ficou preso?” ao líder brasileiro, se referindo aos processos e à detenção anterior de Lula.
Mais do que curiosidade, Trump qualificou a trajetória de Lula como sendo de alguém “perseguido” politicamente, o que levanta interpretações sobre o clima e a estratégia de aproximação entre as duas nações.
Apesar de a pauta oficial da reunião tratar de comércio bilateral, tarifas e cooperação, o episódio revela que as interlocuções diplomáticas assumem múltiplas camadas — entre negociações técnicas e simbolismos políticos. A ênfase na vida pessoal serve como elemento simbólico: ao exaltar a volta de Lula à presidência após enfrentar acusações e prisão, Trump procura manifestar admiração ou buscar narrativa de reviravolta.
Para o governo brasileiro, o gesto pode representar uma vitória de imagem: ser reconhecido internacionalmente como líder que superou obstáculos e voltou ao poder. Para os Estados Unidos, a conversa revela uma tentativa de estabelecer redenção ou afinidade política, possivelmente projetada em futuros diálogos comerciais ou estratégicos.
No entanto, o episódio também gera críticas: especialistas em política externa apontam que, quando questões pessoais ganham tanto destaque, elas podem diluir o foco das negociações técnicas e criar expectativas desequilibradas. Um analista resumiu: “o que era uma reunião sobre tarifas virou cenário para narrativa pessoal”.
Em resumo, o encontro entre Trump e Lula ilustra que na diplomacia contemporânea os detalhes – como uma pergunta sobre prisão – podem ter impacto simbólico tão relevante quanto os acordos formais. Como resultado, resta acompanhar se o reconhecimento da trajetória de Lula se traduzirá em avanços concretos nas relações comerciais e estratégicas entre Brasil e Estados Unidos.
Política
Lula afirma que ainda não há exigências de Trump sobre o “tarifaço”
Em encontro diplomático marcado na Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se preparam para negociar futura redução de tarifas, sem pé na mesa por enquanto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não apresentou exigências formais em relação à redução do chamado “tarifaço” aplicado sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o momento é de diálogo e construção de consensos, e não de imposições.
Durante agenda internacional, o presidente ressaltou que as negociações entre os dois países devem ocorrer com respeito mútuo e equilíbrio econômico, destacando que “não há exigências dele, e não há exigências nossas ainda”. A fala evidencia a estratégia de manter abertas as portas para o entendimento, sem assumir compromissos unilaterais que possam prejudicar a indústria nacional.
A medida de Trump, que elevou tarifas sobre exportações brasileiras em setores estratégicos, é vista pelo governo como um desafio diplomático que precisa ser tratado com prudência e firmeza política. Lula reiterou que o Brasil buscará condições justas de comércio internacional, priorizando o fortalecimento das exportações e a valorização da produção nacional.
O encontro entre os dois líderes, previsto para os próximos dias, deve definir os rumos da relação econômica bilateral. De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é que a reunião aproxime as posições e crie um ambiente propício para um acordo comercial mais equilibrado.
A postura de Lula reforça a imagem de um governo disposto ao diálogo, mas atento à defesa dos interesses brasileiros, sobretudo em temas ligados à competitividade, à indústria e à soberania econômica.
Política
Haddad prefere “ser gastador” a “caloteiro”, diz ministro da Fazenda
Em tom firme, Fernando Haddad defende o pagamento de precatórios e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira que o governo federal deve manter o pagamento regular dos precatórios, reforçando a importância de preservar a credibilidade financeira do país. Em suas palavras, ele afirmou que prefere “ter a pecha de ter gastado mais do que a de caloteiro”, deixando claro que a prioridade é honrar as dívidas judiciais da União.
Durante o discurso, Haddad criticou a ideia de adiar ou suspender pagamentos de precatórios, classificando tal prática como ilegal, inconstitucional e irracional. Para ele, a postergação desses valores não apenas compromete o equilíbrio fiscal, mas também afeta cidadãos e empresas que aguardam há anos por decisões judiciais transitadas em julgado.
O ministro enfatizou que o governo federal tem condições de cumprir suas obrigações sem recorrer a manobras contábeis. “A União tem capacidade de financiamento e deve dar o exemplo”, disse Haddad, destacando que a credibilidade econômica é construída com previsibilidade e respeito às regras.
A fala ocorre em meio às discussões sobre novas normas de controle de gastos públicos e revisão das regras fiscais. Haddad reforçou que o equilíbrio das contas públicas não deve vir à custa de descumprimentos judiciais, mas por meio de gestão responsável e planejamento de longo prazo.
O posicionamento do ministro foi visto como uma tentativa de consolidar uma imagem de responsabilidade e transparência diante de um cenário de incertezas fiscais. Com a declaração, Haddad sinaliza que o governo busca manter o compromisso com a estabilidade econômica, ainda que enfrente críticas por ampliar despesas em algumas áreas.
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