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Pré-candidato à Presidência da Colômbia sofre atentado durante evento em Bogotá

Miguel Uribe, 39, fazia um discurso quando foi atingido por disparos; suspeito detido tem 15 anos, diz imprensa local

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O pré-candidato à Presidência da Colômbia Miguel Uribe, de 39 anos, sofreu um atentado a tiros neste sábado (7), durante um evento de campanha em Bogotá. O senador, filiado ao partido Centro Democrático, foi atingido enquanto discursava diante de apoiadores na zona oeste da capital colombiana. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento dos disparos e o político sendo socorrido com um ferimento na cabeça.

Segundo o jornal El Tiempo, o autor dos disparos seria um adolescente de 15 anos, detido após ser baleado na perna por um dos seguranças de Uribe. A motivação ainda está sendo investigada, mas autoridades já tratam o caso como um grave ataque à democracia colombiana.

Uribe foi levado às pressas a uma clínica em Bogotá e, segundo relatos iniciais, estaria em estado grave. O prefeito da capital, Carlos Galán, confirmou que o senador está “sendo atendido em caráter de urgência”, enquanto o ministro da Defesa, Pedro Sánchez, anunciou uma recompensa superior a R$ 4 milhões por informações que levem à prisão de outros envolvidos no crime.

A comoção foi imediata. O presidente Gustavo Petro publicou uma mensagem enigmática nas redes sociais, que sugere a morte de Uribe: “Colômbia e sua violência eterna… matam tanto o filho quanto a mãe”. A mãe do senador, Diana Turbay, foi assassinada nos anos 1990 após ser sequestrada por narcotraficantes a mando de Pablo Escobar. O histórico familiar de tragédia e luta política tornou Miguel Uribe símbolo de resiliência e combate ao crime organizado.

Com formação em direito e políticas públicas, Uribe foi o vereador mais jovem eleito em Bogotá e, mais tarde, atingiu a maior votação da história do país para o Senado. Ele é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e um dos nomes de oposição mais vocalmente contrários ao governo Petro.

“Atentaram contra uma esperança da pátria”, escreveu o ex-presidente Álvaro Uribe, líder do Centro Democrático, partido ao qual Miguel é filiado (sem relação familiar). Já o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, condenou o ataque em tom duro, associando o episódio à retórica inflamada da esquerda colombiana e alertando para o risco de retorno à violência política dos anos 1980 e 1990.

A memória coletiva colombiana ainda carrega os traumas de outros assassinatos de presidenciáveis, como Luis Carlos Galán, Carlos Pizarro e Jaime Pardo Leal. O caso de Miguel Uribe também remete ao assassinato do candidato equatoriano Fernando Villavicencio, morto a tiros durante a campanha presidencial de 2023.

O governo Petro, em nota oficial, repudiou de forma veemente o atentado, reforçando o compromisso com a democracia e a segurança institucional. Nas palavras do comunicado: “Esse ato de violência é um ataque contra a liberdade política na Colômbia”.

Redação Saiba+

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Ataque noturno russo mata um e fere sete na Ucrânia

Prefeito da cidade de Kharkiv relata mais de 40 explosões em uma única madrugada e alerta para drones ainda em atividade

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Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, foi alvo de um violento ataque russo na madrugada deste sábado (7), resultando em pelo menos uma morte e sete feridos, segundo informações oficiais. O prefeito Ihor Terekhov classificou a ofensiva como “o ataque mais poderoso desde o início da guerra em larga escala”.

As explosões começaram por volta das 3h (horário local) e se estenderam por mais de uma hora e meia. “Kharkiv está sofrendo o ataque mais poderoso desde o início da guerra”, escreveu Terekhov no Telegram. Segundo ele, o bombardeio envolveu mísseis, drones e bombas guiadas, atingindo simultaneamente vários pontos da cidade.

Ao menos 40 explosões foram ouvidas em sequência, o que causou pânico entre os moradores. Os drones russos continuaram sobrevoando a cidade mesmo após os ataques iniciais, mantendo o nível de ameaça em alta. “A ameaça continua”, alertou o prefeito.

Um dos mísseis atingiu diretamente um edifício residencial no distrito de Kyivskyi, causando a morte de um civil e ferindo outro. Outros seis moradores ficaram feridos no centro da cidade. O governador regional, Oleg Synegubov, afirmou que as equipes médicas seguem prestando os atendimentos emergenciais necessários.

A cidade de Kharkiv já havia sofrido outros bombardeios nesta semana. Na quinta-feira, ao menos 18 pessoas — incluindo quatro crianças — ficaram feridas, e um bloco de apartamentos pegou fogo após ser atingido por mísseis russos.

O ataque ocorre num momento em que a Rússia intensifica sua ofensiva militar e as negociações diplomáticas seguem estagnadas. A última rodada de conversas entre Moscou e Kiev foi realizada em Istambul, mas sem avanços concretos para um cessar-fogo.

Enquanto isso, a Ucrânia tem pressionado por uma trégua de 30 dias, proposta que vem sendo rejeitada pelo Kremlin. Na semana anterior, o presidente Vladimir Putin prometeu retaliações mais duras após um ataque ucraniano com drones destruir aeronaves militares com capacidade nuclear em território russo.

Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, milhares de civis e militares morreram, milhões foram deslocados e vastas regiões do país foram devastada

Redação Saiba+

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Ruptura pública entre Musk e Trump expõe crise na direita americana

Bilionário ataca ex-presidente nas redes sociais, sugere impeachment e revela tensão por projeto tributário que pode elevar dívida dos EUA em trilhões

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Donald Trump e Friedrich Merz conversam com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca nesta quinta (5) / Reprodução

A aliança entre Elon Musk e Donald Trump chegou a um ponto crítico nesta quinta-feira (5), com troca de farpas públicas e acusações graves envolvendo interesses econômicos, redes sociais e até menções ao escândalo Jeffrey Epstein. Durante um encontro com o chanceler alemão Friedrich Merz na Casa Branca, o ex-presidente norte-americano não poupou críticas ao bilionário sul-africano, afirmando: “Estou muito decepcionado com Elon. Eu o ajudei muito.”

A reação de Trump veio após Musk iniciar uma ofensiva nas redes sociais contra o projeto de lei tributária patrocinado pelo republicano, que pode elevar a dívida dos EUA em US$ 2,4 trilhões. O CEO da Tesla e proprietário do X (antigo Twitter) rebateu as declarações do presidente e chegou a afirmar: “Sem mim, Trump perderia a eleição.” Em seguida, repostou uma mensagem pedindo o impeachment do ex-aliado — e respondeu com um enfático “sim”.

A tensão expôs divergências profundas sobre política fiscal e subsídios à indústria de carros elétricos, com Musk alegando que a proposta atual seria desastrosa para a economia e prejudicial ao controle do déficit. Como resultado do conflito, as ações da Tesla caíram 12% ao longo da tarde, refletindo a instabilidade gerada pela briga de gigantes.

Trump não deixou barato. Pelo seu perfil na Truth Social, escreveu que a forma mais rápida de economizar bilhões de dólares seria cortar contratos e subsídios com empresas de Elon Musk. Musk, por sua vez, insinuou que Trump estaria ligado ao caso Epstein, sugerindo que o ex-presidente aparece nos arquivos não divulgados do falecido bilionário acusado de tráfico sexual. “Guardem este post para o futuro. A verdade virá à tona”, declarou.

A Casa Branca tentou minimizar a crise, chamando o episódio de “lamentável” e atribuindo a reação de Musk à frustração por não ter seus interesses contemplados na nova lei.

O racha tem impactos diretos sobre o cenário político e econômico dos EUA. Musk foi um dos principais doadores da campanha republicana e ocupava até recentemente posição de destaque como conselheiro na área de eficiência governamental da administração Trump. A ruptura pública representa um abalo na articulação da direita norte-americana, justamente em um momento em que Trump busca consolidar alianças para enfrentar Joe Biden nas próximas eleições.

Durante o encontro com Merz, Trump evitou o tema da extrema direita europeia, mesmo diante da presença de aliados como J. D. Vance e Marco Rubio, que já declararam apoio ao partido alemão AfD. O presidente optou por adular o premiê alemão e prometeu “acabar com a guerra na Ucrânia” em breve, sem detalhar como.

No gesto diplomático final, Merz presenteou Trump com a certidão de nascimento de seu avô, Friedrich Trump, que emigrou da Alemanha para os EUA em 1896. A moldura folheada a ouro contrastou com o clima tenso que marcou o restante do dia.

Redação Saiba+

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Trump retoma política de veto migratório e proíbe entrada de cidadãos de 12 países

Medida alegando “segurança nacional” entra em vigor na próxima segunda e impõe também restrições severas a outros sete países, incluindo Cuba e Venezuela

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (4) o retorno de uma das medidas mais polêmicas de seu primeiro mandato: a proibição de entrada no país para cidadãos de 12 nações, a maioria delas localizadas no Oriente Médio e na África. A medida, que entra em vigor na próxima segunda-feira (9), também impõe restrições severas a cidadãos de outros sete países, incluindo Cuba e Venezuela.

Estão totalmente proibidos de entrar nos EUA cidadãos de: Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Já os países que sofrerão restrições mais rígidas (inclusive para vistos de turismo, estudo e residência) são: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.

“Restauraremos a proibição de viagens para manter os terroristas islâmicos radicais fora do nosso país, o que foi confirmado pela Suprema Corte”, afirmou Trump, em pronunciamento oficial. Segundo o presidente, a medida visa proteger a segurança nacional dos Estados Unidos e o interesse de seu povo.

A nova política migratória foi impulsionada após a prisão de um egípcio acusado de ataque terrorista em Boulder, Colorado, o que, segundo Trump, “ressaltou os perigos extremos da entrada de estrangeiros sem verificação adequada”.

No caso dos países latino-americanos, o governo justifica que Cuba é um “patrocinador do terrorismo” que se recusa a cooperar com os EUA, enquanto a Venezuela “carece de autoridade competente para emitir documentos” e não colabora na repatriação de nacionais expulsos.

O decreto é baseado em um relatório encomendado em janeiro, que determinou a revisão das “atitudes hostis” de certos países em relação aos Estados Unidos. O texto afirma que a nova proibição também tem como objetivo pressionar governos estrangeiros a se alinhar às regras de segurança e imigração americanas.

A ação marca mais um passo na intensificação das políticas migratórias sob o comando de Trump, que tem promovido restrições tanto à imigração legal quanto à ilegal. Além da nova proibição de viagens, o governo tem discutido deportações em massa, suspensão da cidadania por nascimento e até a eliminação do devido processo legal para suspeitos de envolvimento com gangues.

Essa não é a primeira vez que Trump adota tais medidas. Em 2017, logo no início de seu primeiro mandato, ele impôs um veto a cidadãos de sete países muçulmanos, o que gerou caos em aeroportos internacionais e protestos globais. Após diversos recursos judiciais, uma versão reduzida da proibição foi mantida pela Suprema Corte em 2018. A política foi revogada pelo presidente Joe Biden em 2021, que a classificou como “uma mancha na consciência nacional”.

Agora, em meio a uma nova candidatura à reeleição e em clima de forte polarização, Trump resgata a agenda que marcou seu estilo de governo — com foco na segurança interna, fechamento de fronteiras e retórica nacionalista.

Redação Saiba+

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