Mundo
Bancos buscam proteção nos EUA diante de possível sanção de Trump
Consultas jurídicas visam antecipar impactos de bloqueios a instituições financeiras e à operação do Pix

Diante da escalada nas tensões diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos, bancos brasileiros já estão consultando escritórios de advocacia norte-americanos para entender os possíveis efeitos de eventuais sanções econômicas e restrições impostas por um eventual segundo governo de Donald Trump.
Segundo fontes ouvidas pela Folha de S.Paulo, sob condição de anonimato, uma das maiores preocupações é a possibilidade de sanções individuais contra bancos, o que poderia acarretar restrições em operações com instituições financeiras dos EUA, incluindo operações de câmbio e até mesmo bloqueios no sistema Swift, mecanismo crucial para transações internacionais.
“Os bancos não querem ser pegos de surpresa. O momento é de entender o pior cenário e se preparar”, afirmou um executivo do setor.
A movimentação ocorre após o governo norte-americano anunciar, na última sexta-feira (18), a proibição de entrada nos EUA do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de seus familiares e aliados. Além disso, Trump anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto, e iniciou uma investigação comercial contra o Brasil, incluindo o Pix como possível alvo de retaliação.
Com isso, bancos brasileiros estão se antecipando e questionando como proceder caso autoridades e seus parentes percam vistos ou tenham bens bloqueados nos EUA, além de não poderem manter relações bancárias com instituições estrangeiras.
Outro ponto de apreensão é a possibilidade de o setor financeiro brasileiro ser impactado por medidas que envolvam suspensão ou restrição do uso do Swift, a rede global de telecomunicações bancárias. Apesar de considerada improvável por especialistas, a hipótese não está totalmente descartada diante da incerteza política.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que o governo também está elaborando planos de contingência para diversos cenários. A Febraban, por sua vez, publicou uma nota defendendo o Pix, classificando-o como uma infraestrutura pública e aberta, não comercial, que favorece a competição entre instituições de diferentes portes, incluindo bancos, fintechs e estrangeiros.
“Não há qualquer restrição à entrada de novos participantes, desde que operem no mercado nacional e em moeda local, o real”, diz a nota da entidade.
Apesar do clima de incerteza, a Febraban afirmou que não comentará hipóteses ou projeções sobre impactos futuros, reforçando que o momento é de monitoramento e cautela.
Mundo
Argentina sob Marel Milei: avanços fiscais e crescente insatisfação social
Após dois anos no governo, as reformas liberais de Javier Milei mostram progresso macroeconômico, mas criam tensões profundas na indústria, emprego e dissonância social

Após dois anos no poder, o presidente Javier Milei transformou a Argentina em um grande laboratório econômico. Suas medidas de ajuste fiscal e reformas liberais provocaram forte impacto na economia, gerando redução da inflação e superávit nas contas públicas, mas também aprofundando tensões sociais e trabalhistas em diversas regiões do país.
A agenda de Milei conseguiu restaurar parte da confiança dos investidores e estabilizar o câmbio, resultados celebrados pelo governo como prova de eficiência da política econômica. No entanto, os custos sociais da transformação são altos: o desemprego aumentou, o setor industrial perdeu fôlego, e os índices de pobreza cresceram, especialmente entre trabalhadores informais e famílias de baixa renda.
A rápida abertura comercial e o corte de subsídios afetaram a indústria nacional, que enfrenta queda na produção e fechamento de fábricas. Muitos empresários alertam para um processo de desindustrialização precoce, que ameaça empregos e compromete a recuperação de longo prazo.
No campo social, as manifestações contra as medidas de austeridade se multiplicam. Sindicatos e movimentos populares denunciam reduções em programas sociais, aumento do custo de vida e concentração de renda. Mesmo assim, Milei mantém apoio de parte da população que acredita na necessidade de “sacrifícios” para reconstruir o país.
Com a economia ajustada, mas o tecido social em tensão, a Argentina entra em uma nova fase de desafios: reconquistar o crescimento com inclusão, estabilizar o emprego e preservar o apoio político para consolidar as reformas. O futuro do governo Milei dependerá da capacidade de equilibrar resultados econômicos com justiça social — e de provar que seu projeto libertário pode ser sustentável.
Mundo
Israel retoma ataques em Gaza e ameaça acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA
Missão diplomática liderada por enviados de Donald Trump tenta conter escalada de violência após novas ofensivas israelenses

A tensão voltou a crescer no Oriente Médio. Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (20), apenas dez dias após a assinatura do acordo de cessar-fogo, colocando em risco o frágil plano de paz mediado pelos Estados Unidos.
De acordo com autoridades locais, três palestinos morreram durante uma nova ofensiva israelense no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza. O Exército de Israel afirmou que os disparos ocorreram após a identificação de “terroristas cruzando a linha amarela” na região de Shejaiya, e declarou que continuará a “eliminar qualquer ameaça imediata”.
Enquanto isso, os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, chegaram a Tel Aviv para tentar preservar o cessar-fogo e se reunirão com membros do governo de Binyamin Netanyahu. O Egito, por sua vez, sediará uma reunião com o Hamas, buscando avançar nas negociações de paz.
Testemunhas relataram disparos de tanques israelenses e afirmam que moradores ainda estão confusos sobre o traçado da área de recuo militar, já que não há sinalizações visíveis no território devastado.
A escalada de violência ocorre em meio a impasses sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses. Israel acusa o Hamas de atrasar propositalmente o processo, enquanto o grupo alega dificuldades para recuperar corpos soterrados sob escombros.
O primeiro-ministro Netanyahu também anunciou que a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, condicionando sua reabertura ao cumprimento integral do acordo.
O plano de paz idealizado pelo ex-presidente Trump enfrenta agora seus maiores desafios, com pendências sobre o desarmamento do Hamas, a governança futura de Gaza e o avanço na criação de um Estado palestino — pontos ainda sem consenso entre as partes envolvidas.
Mundo
Trump emociona o Parlamento de Israel e promete “era de ouro” para o Oriente Médio
Em Conquista, médica reafirma compromisso com conservadorismo, critica administração do PT e estimula esperança nos patriotas baianos

Sob aplausos e forte comoção, Donald Trump participou nesta segunda-feira (13) de uma sessão histórica no Parlamento de Israel, marcada pelo retorno dos últimos sobreviventes do cativeiro do Hamas, após dois anos de guerra. Em um discurso com tom espiritual e político, o ex-presidente dos Estados Unidos exaltou a fé, a força e o papel de Israel na busca pela paz no Oriente Médio.
Em suas palavras iniciais, Trump agradeceu “ao Deus Todo-Poderoso de Abraão, Isaque e Jacó” pela libertação dos reféns. “Após dois anos angustiantes na escuridão e no cativeiro, 20 reféns corajosos estão retornando ao abraço de suas famílias, e isso é glorioso”, declarou, chamando o momento de “profunda alegria, grande esperança e fé renovada” para todo o mundo.
O republicano destacou que Israel conquistou vitórias pela força das armas, com o apoio dos Estados Unidos, mas que agora é o momento de transformar o poder militar em prosperidade e reconciliação. “Israel, com nossa ajuda, ganhou tudo o que pode ser logrado pela força das armas. Agora é o momento de converter essas vitórias contra os terroristas no prêmio final da paz e da prosperidade para todo o Oriente Médio”, afirmou diante dos parlamentares israelenses.
Reforçando sua mensagem de otimismo, Trump disse que, assim como os Estados Unidos vivem uma “nova era de ouro”, chegou a hora de Israel e de toda a região experimentarem o mesmo ciclo de bênçãos e progresso. Ele assegurou que o Hamas será desarmado e que a segurança de Israel não será mais ameaçada.
Trump ainda fez menção à sua equipe diplomática, agradecendo especialmente ao enviado especial do Oriente Médio, Steve Witkoff, pelos esforços nas negociações de paz. Em tom bem-humorado, ele chegou a brincar com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, afirmando que “não é fácil de lidar, mas é isso que o torna ótimo”.
O ex-presidente também expressou gratidão aos países árabes envolvidos no cessar-fogo e sinalizou que o fim da guerra entre Israel e Hamas pode abrir caminho para um acordo de paz com o Irã. “Acho que temos uma oportunidade… Acho que será fácil, mas primeiro temos que resolver a questão da Rússia”, disse Trump, destacando que a Ucrânia continua sendo uma prioridade em sua agenda internacional.
Durante o discurso, houve interrupções de parlamentares de esquerda, que exibiram faixas com os dizeres “Reconheçam a Palestina!”. Os manifestantes, Ayman Odeh e Ofer Cassif, foram retirados pela segurança do Knesset. Trump reagiu com leveza: “Foi muito eficiente”, brincou, arrancando risadas do plenário.
O pronunciamento foi recebido como um marco de esperança e fé renovada em Jerusalém, com forte repercussão entre líderes religiosos e diplomáticos que veem no gesto de Trump uma possível retomada do diálogo pela paz no Oriente Médio.
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