Bahia
O caos da violência e insegurança nas terras do Extremo Sul da Bahia
Desde o final de outubro de 2022, o Extremo Sul da Bahia tem sido palco de uma preocupante onda de invasões de terra, gerando um ambiente de violência, medo e insegurança para centenas de agricultores e comunidades locais. Essa situação persistente já resultou na ocupação ilegal de mais de 80 propriedades, impactando principalmente pequenos produtores e famílias que dependem da terra para sobreviver.
Agravando ainda mais essa situação preocupante, é alarmante o fato de que as áreas invadidas são, em sua maioria, propriedades altamente produtivas que desempenham um papel crucial na geração de empregos e renda para diversas famílias ao longo do ano. A devastação dessas propriedades não afeta apenas os donos, mas também toda a economia local, que depende da agricultura para manter o comércio ativo e garantir o sustento de muitas pessoas.
A indignação da população aumenta à medida que o número de casos de violência cresce. Famílias são desalojadas de suas propriedades sem qualquer apoio, enfrentando agressões e ameaças constantes. Relatos apontam para situações de extrema brutalidade: mães com bebês recém-nascidos sendo arrancadas de suas residências, idosos e jovens sofrendo agressões, mulheres grávidas fugindo de tiros. Homens são brutalmente agredidos na frente de seus filhos pequenos, enquanto o medo e a insegurança se espalham pelas comunidades.
Vários registros de ocorrência foram feitos denunciando a agressividade dos invasores, que estão utilizando táticas cada vez mais elaboradas para instilar o medo. Há relatos de drones de alta tecnologia sobrevoando propriedades, indivíduos fortemente armados patrulhando as comunidades e estradas, escolas fechadas e até mesmo a imposição de toques de recolher para silenciar aqueles que tentam denunciar os abusos.

Registros de agressões contra morador da região

O representante dos empreiteiros, em apoio aos produtores rurais, Carlinhos, como é conhecido na região, ressaltou que diante do caos que assola o campo, produtores rurais, comerciantes e moradores se uniram em uma manifestação realizada na última segunda-feira (17/03), exigindo das autoridades ações urgentes para restabelecer a segurança na região.
O município de Prado-BA se tornou o epicentro das invasões, impactando não apenas os agricultores, mas também o setor turístico e o comércio local. A falta de condições para plantar e circular com tranquilidade compromete a produção agrícola, resultando em perdas financeiras significativas e deixando um rastro de devastação emocional nas famílias afetadas.

População em protesto na cidade de Prado
A região clama por justiça. O direito à terra, ao trabalho e à segurança é uma necessidade urgente para os agricultores locais. Pedimos socorro às autoridades, que devem agir para conter a onda de violência e restaurar a paz na região. O setor agrícola não busca conflitos, mas sim soluções pacíficas, as quais somente as autoridades e o sistema judiciário do país podem proporcionar.
Afirmou Carlinhos, representante dos empreiteiros, em apoio aos produtores rurais.
Bahia
José Eduardo, o Bocão, deixa a Record Bahia após 17 anos no ar
Apresentador do Balanço Geral decide sair da emissora após marcar liderança histórica de audiência; seguirá com projetos na internet e no rádio

Após mais de 17 anos de sucesso na TV, o apresentador José Eduardo, conhecido como Bocão, anunciou nesta sexta-feira (13) a rescisão de seu contrato com a Record Bahia. A decisão foi tomada por iniciativa do próprio jornalista, que revelou estar cansado da rotina intensa à frente do programa Balanço Geral BA, onde ficava ao vivo por mais de duas horas e meia diariamente.
“Preciso de novos desafios e de um ritmo mais sustentável. Saio pela porta da frente, com gratidão pelo que construímos juntos”, afirmou Bocão, em declaração à imprensa.
Na emissora desde 2008, José Eduardo estreou na TV com o “Se Liga Bocão”, que logo se tornou um fenômeno de audiência na capital baiana. Em 2015, assumiu o comando do Balanço Geral Bahia, levando o telejornal a atingir médias superiores a 20 pontos no Ibope, transformando-se na maior audiência local da Record no país durante o horário do almoço.
Com sua marca registrada de jornalismo popular, denúncias diretas e engajamento social, Bocão consolidou sua imagem como um dos apresentadores mais influentes da TV baiana. A saída do programa marca o fim de um ciclo histórico que reposicionou a Record Bahia na liderança isolada por vários anos.
Record confirma saída e agradece trajetória
A Record Bahia divulgou nota oficial confirmando a saída e exaltando a contribuição de José Eduardo ao longo da parceria:
“Em 17 anos na emissora, o jornalista se notabilizou como um dos mais importantes nomes da televisão na Bahia ao conquistar o público com informação, denúncias e prestação de serviço. Agradecemos pela dedicação e lhe desejamos muito sucesso”, afirmou a emissora.
Ainda não há definição oficial sobre quem assumirá o Balanço Geral BA. Em Salvador, a disputa pela liderança da audiência no horário do meio-dia é acirrada entre a Record, com o Balanço Geral, a Globo, com o Bahia Meio-Dia, e o SBT, com o Alô Juca, da TV Aratu.
Próximos passos de Bocão
Fora da televisão, José Eduardo já vinha apostando em projetos de rádio e internet. A expectativa é de que ele dedique mais tempo às plataformas digitais e ao fortalecimento de sua atuação multiplataforma, mantendo seu vínculo com o público baiano que o acompanha há décadas.
Bahia
PF e CGU apuram desvio milionário na Prefeitura de Salvador
Operação “Dia Zero” investiga fraudes em contratos de tecnologia da informação e esquema de lavagem de dinheiro envolvendo servidores públicos

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta quinta-feira (12) a Operação “Dia Zero”, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos na Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. A ação mira contratos firmados com organizações sem fins lucrativos utilizadas para fraudar licitações e lavar dinheiro, especialmente na área de tecnologia da informação (TI).
Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e determinado o bloqueio judicial de R$ 100 milhões em bens de pessoas físicas e jurídicas envolvidas. A operação também resultou no afastamento de servidores públicos suspeitos de participação nas irregularidades. Cerca de 130 policiais federais e 18 auditores da CGU participaram das diligências nos municípios de Salvador, Mata de São João, Itapetinga (BA) e também em Maceió (AL).
De acordo com a investigação, uma rede criminosa formada por entidades do terceiro setor e empresas privadas operava contratos com diversas prefeituras baianas. Uma das entidades contratadas pela Prefeitura de Salvador se destacou pelo elevado volume de faturamento nos últimos anos, o que motivou a intensificação da apuração.
O contrato investigado foi firmado a partir de um pregão supostamente fraudado, o que teria permitido o favorecimento da entidade escolhida. A partir da execução do contrato, foram identificadas transferências simuladas de recursos públicos para empresas de fachada, cujos proprietários eram servidores públicos e funcionários da própria organização contratada.
Segundo a CGU, os pagamentos eram feitos com o objetivo de ocultar o destino real do dinheiro, o que configura crime de lavagem de dinheiro. As verbas desviadas seriam destinadas ao financiamento de bens pessoais e outras atividades ilícitas, disfarçadas como serviços prestados na área de saúde.
A operação foi batizada de “Dia Zero” em alusão à necessidade de reiniciar o sistema público de contratações com base na transparência e legalidade, diante das graves irregularidades constatadas.
Em nota, a Polícia Federal afirmou que os envolvidos poderão responder por organização criminosa, fraude à licitação, peculato e lavagem de dinheiro, com penas que, somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão.
A Prefeitura de Salvador ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. A expectativa é que os órgãos de controle avancem nas apurações com base nos documentos e provas coletadas durante os mandados.
Bahia
STF Confirma Ilegalidade da greve de professores em Salvador

Ministro Dias Toffoli reforça decisão do TJ-BA e determina retorno imediato das aulas na rede municipal
O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que considerou ilegal a greve dos professores da rede municipal de Salvador, iniciada no mês de maio. A decisão foi proferida pelo ministro Dias Toffoli, que rejeitou a reclamação apresentada pela APLB-Sindicato, mantendo todas as determinações da Justiça baiana.
De acordo com Toffoli, a paralisação foi iniciada de forma prematura, sem o cumprimento da notificação prévia de 72 horas, exigida para serviços essenciais como a educação. A ausência dessa formalidade foi considerada a principal irregularidade que levou à declaração de ilegalidade do movimento.
O ministro também destacou que a APLB utilizou a reclamação no STF com a intenção de reverter decisões judiciais já estabelecidas, o que não é permitido pelo ordenamento jurídico. Toffoli reforçou que a Lei nº 7.783/1989, que regulamenta o direito de greve no setor privado, foi corretamente aplicada por analogia ao serviço público, conforme jurisprudência do próprio Supremo.
Outro ponto relevante apontado na decisão foi que as negociações entre os professores e o Município de Salvador ainda estavam em andamento no momento da deflagração da greve. Havia inclusive uma proposta de reajuste salarial em análise, o que indicava a continuidade do diálogo entre as partes.
Com a decisão do STF, segue válida a determinação do TJ-BA que exige a suspensão imediata da greve e o retorno dos professores às salas de aula. O tribunal baiano também autorizou a Prefeitura de Salvador a descontar os dias parados dos salários dos grevistas, além de aplicar penalidades ao sindicato.
No último dia 22 de maio, o TJ-BA reforçou a decisão anterior e aumentou a multa diária imposta à APLB-Sindicato para R$ 100 mil. A Justiça ainda autorizou o bloqueio dos repasses das contribuições sindicais como forma de assegurar o cumprimento da ordem judicial.
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