Brasil
PL da Anistia atinge 257 assinaturas e pressão recai sobre Hugo Motta para pautar urgência
A lista de assinaturas renuiu nomes da oposição e base aliada do governo.
Quatro dias após reunir cerca de 45 mil manifestantes na Avenida Paulista em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, a oposição na Câmara dos Deputados atingiu, nesta quinta-feira (11), as 257 assinaturas necessárias para o requerimento de urgência do Projeto de Lei da Anistia. Com isso, a proposta avança na tramitação legislativa e deverá ser colocada sob pressão política para votação, conforme o acordo costurado entre o PL e o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), com articulação direta junto ao líder do Republicanos na Casa, Hugo Motta (PB).
A coleta das assinaturas foi coordenada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e contou com apoios vindos de partidos tradicionalmente alinhados ao governo federal, como União Brasil, MDB, PSD e PP. A assinatura que completou o número mínimo exigido foi a do deputado Paulo Azi (União Brasil-BA), aliado do ex-prefeito de Salvador ACM Neto.
A movimentação nos bastidores ganhou força após conversas entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Hugo Motta, cobrando maior engajamento da bancada do Republicanos na proposta. Bolsonaro demonstrou incômodo com a baixa adesão de parlamentares do Centrão, incluindo o Republicanos, que até a tarde de quarta-feira tinha apenas 53% de sua bancada (composta por 45 deputados) comprometida com a urgência do projeto.

Em evento no domingo (6), na Avenida Paulista, manifestantes exibiram faixas pedindo anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Miguel SCHINCARIOL / AFP
A insatisfação de Bolsonaro também recaiu sobre o União Brasil (51%), o PSD (43%) e o PP (58%), partidos que formam a espinha dorsal do chamado “blocão” do Congresso. Em São Paulo, principal reduto bolsonarista e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o deputado Celso Russomanno, uma das figuras mais conhecidas do partido, não havia assinado o requerimento até o fechamento desta matéria.
Nos bastidores, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, tem sido cobrado por Bolsonaro e aliados a empenhar-se pessoalmente na mobilização. Pereira, no entanto, demonstrou reservas quanto ao timing político para votação do projeto de anistia.
A seguir, a lista completa com os 257 deputados federais que assinaram o requerimento de urgência para o Projeto de Lei da Anistia:
- 1 – Delegada Ione (Avante-MG)
- 2 – Greyce Elias (Avante-MG)
- 3 – Pastor Sargento Isidório (Avante-BA)
- 4 – Any Ortiz (Cidadania-RS)
- 5 – Alceu Moreira (MDB-RS)
- 6 – Alexandre Guimarães (MDB-TO)
- 7 – Célio Silveira (MDB-GO)
- 8 – Cobalchini (MDB-SC)
- 9 – Delegado Palumbo (MDB-SP)
- 10 – Duda Ramos (MDB-RR)
- 11 – Fábio Teruel (MDB-SP)
- 12 – Gutemberg Reis (MDB-RJ)
- 13 – Helena Lima (MDB-RR)
- 14 – Hercílio Coelho Diniz (MDB-MG)
- 15 – Juarez Costa (MDB-MT)
- 16 – Lucio Mosquini (MDB-RO)
- 17 – Luiz Fernando Vampiro (MDB-SC)
- 18 – Marussa Boldrin (MDB-GO)
- 19 – Olival Marques (MDB-PA)
- 20 – Osmar Terra (MDB-RS)
- 21 – Otoni de Paula (MDB-RJ)
- 22 – Pezenti (MDB-SC)
- 23 – Rafael Prudente (MDB-DF)
- 24 – Sergio Souza (MDB-PR)
- 25 – Simone Marquetto (MDB-SP)
- 26 – Adriana Ventura (Novo-SP)
- 27 – Gilson Marques (Novo-SC)
- 28 – Marcel van Hattem (Novo-RS)
- 29 – Ricardo Salles (Novo-SP)
- 30 – Adilson Barroso (PL-SP)
- 31 – Alberto Fraga (PL-DF)
- 32 – Altineu Côrtes (PL-RJ)
- 33 – André Fernandes (PL-CE)
- 34 – André Ferreira (PL-PE)
- 35 – Bia Kicis (PL-DF)
- 36 – Bibo Nunes (PL-RS)
- 37 – Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
- 38 – Capitão Alberto Neto (PL-AM)
- 39 – Capitão Alden (PL-BA)
- 40 – Capitão Augusto (PL-SP)
- 41 – Carla Zambelli (PL-SP)
- 42 – Carlos Jordy (PL-RJ)
- 43 – Caroline de Toni (PL-SC)
- 44 – Chris Tonietto (PL-RJ)
- 45 – Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
- 46 – Coronel Fernanda (PL-MT)
- 47 – Coronel Meira (PL-PE)
- 48 – Daniel Agrobom (PL-GO)
- 49 – Daniel Freitas (PL-SC)
- 50 – Daniela Reinehr (PL-SC)
- 51 – Delegado Caveira (PL-PA)
- 52 – Delegado Éder Mauro (PL-PA)
- 53 – Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- 54 – Delegado Ramagem (PL-RJ)
- 55 – Detinha (PL-MA)
- 56 – Domingos Sávio (PL-MG)
- 57 – Dr. Jaziel (PL-CE)
- 58 – Eli Borges (PL-TO)
- 59 – Emidinho Madeira (PL-MG)
- 60 – Eros Biondini (PL-MG)
- 61 – Fernando Rodolfo (PL-PE)
- 62 – Filipe Barros (PL-PR)
- 63 – Filipe Martins (PL-TO)
- 64 – General Girão (PL-RN)
- 65 – General Pazuello (PL-RJ)
- 66 – Giacobo (PL-PR)
- 67 – Gilvan da Federal (PL-ES)
- 68 – Giovani Cherini (PL-RS)
- 69 – Gustavo Gayer (PL-GO)
- 70 – Helio Lopes (PL-RJ)
- 71 – Icaro de Valmir (PL-SE)
- 72 – Jefferson Campos (PL-SP)
- 73 – Joaquim Passarinho (PL-PA)
- 74 – José Medeiros (PL-MT)
- 75 – Julia Zanatta (PL-SC)
- 76 – Junio Amaral (PL-MG)
- 77 – Junior Lourenço (PL-MA)
- 78 – Lincoln Portela (PL-MG)
- 79 – Luiz Carlos Motta (PL-SP)
- 80 – Luiz Lima (PL-RJ)
- 81 – Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP)
- 82 – Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG)
- 83 – Marcelo Moraes (PL-RS)
- 84 – Marcio Alvino (PL-SP)
- 85 – Marcos Pollon (PL-MS)
- 86 – Mario Frias (PL-SP)
- 87 – Matheus Noronha (PL-CE)
- 88 – Mauricio do Vôlei (PL-MG)
- 89 – Miguel Lombardi (PL-SP)
- 90 – Missionário José Olimpio (PL-SP)
- 91 – Nelson Barbudo (PL-MT)
- 92 – Nikolas Ferreira (PL-MG)
- 93 – Pastor Eurico (PL-PE)
- 94 – Pastor Gil (PL-MA)
- 95 – Paulo Freire Costa (PL-SP)
- 96 – Pr. Marco Feliciano (PL-SP)
- 97 – Professor Alcides (PL-GO)
- 98 – Ricardo Guidi (PL-SC)
- 99 – Roberta Roma (PL-BA)
- 100 – Roberto Monteiro Pai (PL-RJ)
- 101 – Rodolfo Nogueira (PL-MS)
- 102 – Rodrigo da Zaeli (PL-MT)
- 103 – Rosana Valle (PL-SP)
- 104 – Rosângela Reis (PL-MG)
- 105 – Sanderson (PL-RS)
- 106 – Sargento Gonçalves (PL-RN)
- 107 – Silvia Waiãpi (PL-AP)
- 108 – Sonize Barbosa (PL-AP)
- 109 – Soraya Santos (PL-RJ)
- 110 – Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
- 111 – Tiririca (PL-SP)
- 112 – Vermelho (PL-PR)
- 113 – Vinicius Gurgel (PL-AP)
- 114 – Wellington Roberto (PL-PB)
- 115 – Zé Trovão (PL-SC)
- 116 – Zé Vitor (PL-MG)
- 117 – Zucco (PL-RS)
- 118 – Dr. Victor Linhalis (Pode-ES)
- 119 – Gilson Daniel (Pode-ES)
- 120 – Glaustin da Fokus (Pode-GO)
- 121 – Luiz Carlos Hauly (Pode-PR)
- 122 – Mauricio Marcon (Pode-RS)
- 123 – Nely Aquino (Pode-MG)
- 124 – Renata Abreu (Pode-SP)
- 125 – Sargento Portugal (Pode-RJ)
- 126 – Adriano do Baldy (PP-GO)
- 127 – Afonso Hamm (PP-RS)
- 128 – AJ Albuquerque (PP-CE)
- 129 – Allan Garcês (PP-MA)
- 130 – Ana Paula Leão (PP-MG)
- 131 – Átila Lira (PP-PI)
- 132 – Bebeto (PP-RJ)
- 133 – Clarissa Tércio (PP-PE)
- 134 – Claudio Cajado (PP-BA)
- 135 – Covatti Filho (PP-RS)
- 136 – Da Vitoria (PP-ES)
- 137 – Delegado Bruno Lima (PP-SP)
- 138 – Delegado da Cunha (PP-SP)
- 139 – Delegado Fabio Costa (PP-AL)
- 140 – Dilceu Sperafico (PP-PR)
- 141 – Doutor Luizinho (PP-RJ)
- 142 – Dr. Luiz Ovando (PP-MS)
- 143 – Eduardo da Fonte (PP-PE)
- 144 – Evair Vieira de Melo (PP-ES)
- 145 – João Leão (PP-BA)
- 146 – Julio Arcoverde (PP-PI)
- 147 – Julio Lopes (PP-RJ)
- 148 – Lula da Fonte (PP-PE)
- 149 – Mauricio Neves (PP-SP)
- 150 – Mersinho Lucena (PP-PB)
- 151 – Pedro Lupion (PP-PR)
- 152 – Pedro Westphalen (PP-RS)
- 153 – Pinheirinho (PP-MG)
- 154 – Ricardo Barros (PP-PR)
- 155 – Silvia Cristina (PP-RO)
- 156 – Thiago de Joaldo (PP-SE)
- 157 – Tião Medeiros (PP-PR)
- 158 – Vicentinho Júnior (PP-TO)
- 159 – Zezinho Barbary (PP-AC)
- 160 – Dr. Frederico (PRD-MG)
- 161 – Magda Mofatto (PRD-GO)
- 162 – Pedro Aihara (PRD-MG)
- 163 – Cezinha de Madureira (PSD-SP)
- 164 – Danrlei de Deus Hinterholz (PSD-RS)
- 165 – Diego Andrade (PSD-MG)
- 166 – Dr. Ismael Alexandrino (PSD-GO)
- 167 – Gilberto Nascimento (PSD-SP)
- 168 – Hugo Leal (PSD-RJ)
- 169 – Igor Timo (PSD-MG)
- 170 – Ismael (PSD-SC)
- 171 – Josivaldo Jp (PSD-MA)
- 172 – Luciano Alves (PSD-PR)
- 173 – Luisa Canziani (PSD-PR)
- 174 – Luiz Gastão (PSD-CE)
- 175 – Luiz Nishimori (PSD-PR)
- 176 – Misael Varella (PSD-MG)
- 177 – Nitinho (PSD-SE)
- 178 – Paulo Litro (PSD-PR)
- 179 – Raimundo Santos (PSD-PA)
- 180 – Reinhold Stephanes (PSD-PR)
- 181 – Ribamar Silva (PSD-SP)
- 182 – Rodrigo Estacho (PSD-PR)
- 183 – Sargento Fahur (PSD-PR)
- 184 – Stefano Aguiar (PSD-MG)
- 185 – Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR)
- 186 – Beto Pereira (PSDB-MS)
- 187 – Daniel Trzeciak (PSDB-RS)
- 188 – Geovania de Sá (PSDB-SC)
- 189 – Lucas Redecker (PSDB-RS)
- 190 – Albuquerque (Republicanos-RR)
- 191 – Alex Santana (Republicanos-BA)
- 192 – Aluisio Mendes (Republicanos-MA)
- 193 – Amaro Neto (Republicanos-ES)
- 194 – Antonio Andrade (Republicanos-TO)
- 195 – Celso Russomanno (Republicanos-SP)
- 196 – Defensor Stélio Dener (Republicanos-RR)
- 197 – Diego Garcia (Republicanos-PR)
- 198 – Franciane Bayer (Republicanos-RS)
- 199 – Fred Linhares (Republicanos-DF)
- 200 – Gabriel Mota (Republicanos-RR)
- 201 – Jeferson Rodrigues (Republicanos-GO)
- 202 – Jorge Goetten (Republicanos-SC)
- 203 – Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF)
- 204 – Lafayette de Andrada (Republicanos-MG)
- 205 – Luis Carlos Gomes (Republicanos-RJ)
- 206 – Marcelo Crivella (Republicanos-RJ)
- 207 – Maria Rosas (Republicanos-SP)
- 208 – Messias Donato (Republicanos-ES)
- 209 – Ossesio Silva (Republicanos-PE)
- 210 – Roberto Duarte (Republicanos-AC)
- 211 – Ronaldo Nogueira (Republicanos-RS)
- 212 – Silas Câmara (Republicanos-AM)
- 213 – Thiago Flores (Republicanos-RO)
- 214 – Vinicius Carvalho (Republicanos-SP)
- 215 – Alfredo Gaspar (União-AL)
- 216 – Carla Dickson (União-RN)
- 217 – Carlos Henrique Gaguim (União-TO)
- 218 – Coronel Assis (União-MT)
- 219 – Coronel Ulysses (União-AC)
- 220 – Cristiane Lopes (União-RO)
- 221 – Dani Cunha (União-RJ)
- 222 – Danilo Forte (União-CE)
- 223 – David Soares (União-SP)
- 224 – Dayany Bittencourt (União-CE)
- 225 – Delegado Marcelo Freitas (União-MG)
- 226 – Dr. Fernando Máximo (União-RO)
- 227 – Dr. Zacharias Calil (União-GO)
- 228 – Eduardo Velloso (União-AC)
- 229 – Fabio Schiochet (União-SC)
- 230 – Fausto Santos Jr. (União-AM)
- 231 – Felipe Francischini (União-PR)
- 232 – Geraldo Mendes (União-PR)
- 233 – Gisela Simona (União-MT)
- 234 – José Nelto (União-GO)
- 235 – José Rocha (União-BA)
- 236 – Kim Kataguiri (União-SP)
- 237 – Lebrão (União-RO)
- 238 – Leur Lomanto Júnior (União-BA)
- 239 – Luiz Carlos Busato (União-RS)
- 240 – Marangoni (União-SP)
- 241 – Maurício Carvalho (União-RO)
- 242 – Mendonça Filho (União-PE)
- 243 – Moses Rodrigues (União-CE)
- 244 – Murillo Gouvea (União-RJ)
- 245 – Nicoletti (União-RR)
- 246 – Padovani (União-PR)
- 247 – Pastor Diniz (União-RR)
- 248 – Rafael Simoes (União-MG)
- 249 – Rodrigo Valadares (União-SE)
- 250 – Rosangela Moro (União-SP)
- 251 – Silvye Alves (União-GO)
- 252 – Benes Leocádio (União-RN)
- 253 –Bruno Ganem (Pode-SP)
- 254 –Ely Santos (Republicanos-SP)
- 255 –Arnaldo Jardim (Cidadania-SP)
- 256 – Josimar Maranhãozinho (PL)
- 257 – Paulo Azi (União-BA)
Brasil
Rui Costa celebra recorde de empregos no Brasil: “Economia bombando”
Ministro da Casa Civil destaca crescimento do mercado de trabalho, baixa no desemprego e queda no preço dos alimentos durante evento do metrô em Salvador

Durante cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira (9), na Praça do Campo Grande, em Salvador, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), destacou números positivos da economia brasileira, com ênfase na geração recorde de empregos formais, crescimento do PIB e redução no preço de alimentos.
A ocasião marcou o anúncio da licitação do Tramo IV do metrô Salvador–Lauro de Freitas, além da aquisição de 10 novos trens para o sistema metroviário da capital baiana. Em seu discurso, Rui Costa comemorou os resultados recentes do mercado de trabalho:
“Temos hoje o maior número de pessoas com carteira assinada da história do Brasil: 48,6 milhões de trabalhadores formais. Somando os trabalhadores informais e os MEIs, são mais de 106 milhões de brasileiros com mão de obra ocupada”, declarou o ministro.
Ele também destacou a menor taxa de desemprego da história, atualmente em 6,6%, e afirmou que o país vive um momento de retomada consistente da economia.
“A economia brasileira cresceu 3% em 2023 e deve repetir o desempenho em 2024. Se mantivermos esse ritmo, chegaremos a 2025 entre os cinco países do mundo que mais investem e geram empregos”, afirmou Rui.
Além do crescimento do emprego, Rui Costa ressaltou a queda significativa nos preços dos alimentos, reflexo de políticas implementadas pelo governo federal.
“O povo esperava, e estamos vendo: arroz, ovo e frango caíram bastante de preço. Atuamos fortemente para reduzir o imposto de importação, e agora os resultados estão chegando à mesa dos brasileiros”, disse ele.
O ministro garantiu que o governo continuará monitorando os preços para garantir acesso à alimentação com qualidade e preço justo, reforçando o compromisso social da gestão do presidente Lula.
Com o avanço nas obras de infraestrutura e os investimentos em mobilidade urbana e geração de empregos, Rui Costa reforçou que o Brasil está em uma trajetória sólida de crescimento econômico e inclusão social.
Brasil
Governo reduz IOF e mira apostas para compensar arrecadação
Acordo entre Haddad e Congresso prevê corte nas alíquotas do IOF e aumento da tributação sobre apostas esportivas, além de revisão em isenções fiscais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um acordo com o Congresso Nacional para reduzir as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), estabelecidas em decreto no fim de maio. Para evitar perdas de arrecadação, o governo pretende compensar a medida com o aumento da tributação sobre apostas esportivas, o corte de isenções fiscais e a taxação de novos instrumentos financeiros atualmente isentos.
A proposta foi apresentada por Haddad em uma reunião com líderes partidários da Câmara e do Senado no último domingo (8). O plano inclui a cobrança de 5% de Imposto de Renda sobre aplicações como LCIs e LCAs, além da tributação de juros sobre capital próprio. As medidas deverão ser formalizadas por meio de uma Medida Provisória e de um Projeto de Lei Complementar.
Outro ponto central do acordo é a revisão da cobrança de IOF sobre operações de risco sacado, considerado um dos trechos mais polêmicos do decreto anterior. A mudança atende à pressão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que chegou a anunciar a possibilidade de derrubar o decreto via projeto legislativo.
A nova calibragem do IOF deve reduzir em média 65% das alíquotas previstas inicialmente, limitando a arrecadação a cerca de um terço do valor projetado pelo Ministério da Fazenda. Para cobrir essa diferença, Haddad propôs elevar a alíquota das apostas esportivas de 12% para 18%, retomando um patamar já considerado pelo Executivo no passado.
Segundo o ministro, o plano será discutido em detalhes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (10), com previsão de envio imediato das propostas ao Congresso.
Além da taxação sobre bets, o governo pretende reduzir em até 10% o volume de isenções fiscais, como parte de um esforço estrutural para reorganizar a arrecadação federal sem depender de medidas paliativas. As conversas também abordaram a possibilidade de limitação de deduções médicas no Imposto de Renda, revisão de gastos do Fundeb e aumento da carga tributária sobre fintechs.
A reunião de domingo ocorreu após dias de forte tensão entre o governo e o Congresso. Motta chegou a ameaçar colocar em votação um projeto para anular o decreto que aumentou o IOF, gerando pressão para um recuo técnico do Ministério da Fazenda.
Nos bastidores, integrantes do governo confirmaram que a compensação exigirá uma PEC, um projeto de lei e uma medida provisória, sinalizando que a recomposição da arrecadação deve ocorrer em múltiplas frentes. O objetivo é blindar o equilíbrio fiscal previsto para os anos de 2025 e 2026, sem que isso resulte em desgaste político adicional ao governo.
Mesmo com resistência de setores influentes, como bancos e empresas do setor imobiliário, o governo considera que o novo pacote representa uma alternativa viável para evitar o colapso do decreto original. A expectativa é de que a proposta avance com apoio da base aliada, dada a flexibilidade apresentada por Haddad nas negociações com o Legislativo.
Brasil
Renault convoca recall de Duster e Duster por risco de falha grave no eixo traseiro
Problemas nos dois modelos podem afetar a dirigibilidade e causar acidentes; correções já podem ser agendadas na rede autorizada

A montadora Renault anunciou nesta semana um recall para os modelos Duster e Kwid, ambos por falhas detectadas no eixo traseiro que podem comprometer a segurança dos ocupantes e a dirigibilidade dos veículos. O chamado atinge milhares de unidades fabricadas entre 2021 e 2024.
De acordo com a empresa, os proprietários devem agendar a inspeção gratuita em qualquer concessionária da marca, onde o componente será verificado e, se necessário, substituído. As informações detalhadas podem ser consultadas no site oficial da Renault ou pelo telefone 0800 055 5615.
Problemas distintos, riscos semelhantes
No caso do Renault Duster, foi detectado um defeito no processo de usinagem das roscas do rolamento do eixo traseiro, o que pode resultar em fixações soltas ou ausentes. Se o eixo se desprender do chassi, há risco de perda de controle do veículo e acidente. Antes disso, é possível que o motorista escute ruídos fortes vindos da parte traseira. O reparo nesse modelo pode levar entre 30 minutos e 1h30, dependendo do diagnóstico.
Já o Renault Kwid apresenta um problema de origem diferente, mas com consequências igualmente graves. A montadora identificou a possibilidade de fissuras no suporte do eixo traseiro, que podem se agravar com o tempo e comprometer o funcionamento da peça e a estabilidade do carro. O reparo no Kwid é mais complexo, podendo durar de 30 minutos até 8 horas, conforme a extensão do dano.
Modelos e chassis envolvidos
Os veículos atingidos pelo recall estão dentro dos seguintes intervalos:

- Renault Kwid
Chassis: J000006 a J986154
Data de fabricação: 05/05/2021 a 12/05/2023 - Renault Duster
Chassis: J060924 a JL87197
Data de fabricação: 16/09/2024 a 06/12/2024
A Renault reforça que não foram registrados acidentes até o momento em decorrência dos defeitos, mas destaca a urgência do reparo para garantir a segurança dos motoristas e passageiros.
Agendamento imediato
Para realizar o serviço, o proprietário deve agendar previamente o atendimento. O recall é gratuito, como previsto no Código de Defesa do Consumidor, e a montadora orienta que os motoristas evitem longas viagens até a realização da inspeção, especialmente nos casos em que há sintomas como ruídos ou instabilidade na traseira do veículo.
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