conecte-se conosco

Política

Jerônimo é questionado por chineses e reage a boatos sobre Rui Costa

Governador é cobrado sobre a Ponte Salvador-Itaparica durante missão na China e rebate especulações sobre 2026: “Sou o candidato natural à reeleição”

Postado

em

Flickr: @jeronimorodrigues

Durante missão oficial na China, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), foi surpreendido por questionamentos diretos do consórcio chinês responsável pela construção da Ponte Salvador-Itaparica, um dos maiores projetos de infraestrutura da história do estado. Em um episódio relatado em seu podcast “Fala Jero”, o governador revelou que representantes da CRCC e CCC (China Communications Construction) levantaram ao menos cinco dúvidas técnicas e contratuais sobre o empreendimento.

“Tivemos uma reunião dura. Quando vi aqueles questionamentos, percebi que precisava me aprofundar. Suspendi a reunião para conversar com minha equipe no Brasil”, contou Jerônimo, revelando que só retomou a reunião no fim do dia, após obter informações com a Casa Civil e a Secretaria de Infraestrutura da Bahia.

A ponte, que liga Salvador à Ilha de Itaparica, é considerada um marco logístico e econômico para a Bahia, e o impasse levantado pelo consórcio chinês acendeu um alerta sobre a complexidade do projeto e a necessidade de alinhamento entre os governos e os investidores.

No mesmo contexto da viagem, Jerônimo reagiu com firmeza à especulação sobre uma possível candidatura do ministro Rui Costa ao Governo da Bahia em 2026. A informação foi publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e reeditou rumores anteriores de que Rui poderia voltar ao Palácio de Ondina caso o atual governador perdesse força política.

“Vamos tratar as coisas com seriedade. Eu não vou gastar energia com debates que não trazem resultados. Sou o governador eleito e estou focado nas necessidades reais da Bahia”, afirmou Jerônimo, durante o lançamento de um laboratório maker no Ceeinfor Mãe Stella, em Salvador.

O governador reforçou que sua prioridade está em temas urgentes como a seca, as enchentes em municípios do interior e o combate à fome e ao analfabetismo. “O que me interessa é construir um ambiente em que as políticas públicas cheguem na vida das pessoas”, completou.

A repercussão obrigou membros do governo a se posicionarem publicamente. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, classificou os rumores como infundados e reafirmou Jerônimo como o candidato natural do grupo à reeleição em 2026.

“O sentimento entre prefeitos, lideranças e partidos da base é de que Jerônimo é candidatíssimo. Isso incomoda a oposição”, disse Freitas. Segundo ele, Rui Costa segue com dedicação integral à Casa Civil da Presidência da República e está voltado à execução do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

“Rui foi um excelente governador, mas hoje está totalmente focado nos desafios nacionais. Ele não tem tempo para especulações eleitorais na Bahia”, concluiu o secretário.

Nos bastidores, o PT da Bahia também reforça que não há qualquer discussão interna sobre substituição de candidatura, e que Jerônimo representa a continuidade de um projeto político aprovado nas urnas em 2022.

Redação Saiba+

Política

Lula afirma que ainda não há exigências de Trump sobre o “tarifaço”

Em encontro diplomático marcado na Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se preparam para negociar futura redução de tarifas, sem pé na mesa por enquanto

Postado

em

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante declaração conjunta à imprensa, na Residência do Primeiro-Ministro da Malásia. Putrajaya (Malásia) Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não apresentou exigências formais em relação à redução do chamado “tarifaço” aplicado sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o momento é de diálogo e construção de consensos, e não de imposições.

Durante agenda internacional, o presidente ressaltou que as negociações entre os dois países devem ocorrer com respeito mútuo e equilíbrio econômico, destacando que “não há exigências dele, e não há exigências nossas ainda”. A fala evidencia a estratégia de manter abertas as portas para o entendimento, sem assumir compromissos unilaterais que possam prejudicar a indústria nacional.

A medida de Trump, que elevou tarifas sobre exportações brasileiras em setores estratégicos, é vista pelo governo como um desafio diplomático que precisa ser tratado com prudência e firmeza política. Lula reiterou que o Brasil buscará condições justas de comércio internacional, priorizando o fortalecimento das exportações e a valorização da produção nacional.

O encontro entre os dois líderes, previsto para os próximos dias, deve definir os rumos da relação econômica bilateral. De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é que a reunião aproxime as posições e crie um ambiente propício para um acordo comercial mais equilibrado.

A postura de Lula reforça a imagem de um governo disposto ao diálogo, mas atento à defesa dos interesses brasileiros, sobretudo em temas ligados à competitividade, à indústria e à soberania econômica.

Redação Saiba+

Continue lendo

Política

Haddad prefere “ser gastador” a “caloteiro”, diz ministro da Fazenda

Em tom firme, Fernando Haddad defende o pagamento de precatórios e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal

Postado

em

O ministro Fernando Haddad — Foto: Maria Isabel Oliveira

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira que o governo federal deve manter o pagamento regular dos precatórios, reforçando a importância de preservar a credibilidade financeira do país. Em suas palavras, ele afirmou que prefere “ter a pecha de ter gastado mais do que a de caloteiro”, deixando claro que a prioridade é honrar as dívidas judiciais da União.

Durante o discurso, Haddad criticou a ideia de adiar ou suspender pagamentos de precatórios, classificando tal prática como ilegal, inconstitucional e irracional. Para ele, a postergação desses valores não apenas compromete o equilíbrio fiscal, mas também afeta cidadãos e empresas que aguardam há anos por decisões judiciais transitadas em julgado.

O ministro enfatizou que o governo federal tem condições de cumprir suas obrigações sem recorrer a manobras contábeis. “A União tem capacidade de financiamento e deve dar o exemplo”, disse Haddad, destacando que a credibilidade econômica é construída com previsibilidade e respeito às regras.

A fala ocorre em meio às discussões sobre novas normas de controle de gastos públicos e revisão das regras fiscais. Haddad reforçou que o equilíbrio das contas públicas não deve vir à custa de descumprimentos judiciais, mas por meio de gestão responsável e planejamento de longo prazo.

O posicionamento do ministro foi visto como uma tentativa de consolidar uma imagem de responsabilidade e transparência diante de um cenário de incertezas fiscais. Com a declaração, Haddad sinaliza que o governo busca manter o compromisso com a estabilidade econômica, ainda que enfrente críticas por ampliar despesas em algumas áreas.

Redação Saiba+

Continue lendo

Política

Lula afirma que ‘traficantes são vítimas dos usuários’ ao criticar política de Trump

Em entrevista na Indonésia, presidente brasileiro responsabiliza usuários de drogas e questiona abordagem militar dos EUA

Postado

em

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, conversa com a imprensa, na Secretaria-Geral da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Jacarta, na Indonésia Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou repercussão internacional ao afirmar, durante uma visita à Indonésia, que traficantes “são vítimas dos usuários também”, em uma crítica direta à política de combate ao narcotráfico conduzida pelo governo Donald Trump. Em suas declarações, Lula defendeu que o foco do enfrentamento à droga deve ir além dos fornecedores e abranger a demanda dos consumidores.

Durante a entrevista, o presidente brasileiro apontou que a abordagem militarizada dos EUA, com operações de ataque a rotas de drogas na América Latina, corre o risco de tratar o tráfico como um simples tema de segurança externa, ignorando fatores sociais internos. Ele argumentou que a causa do problema está na demanda por entorpecentes, o que torna os traficantes parte de um sistema impulsionado pelos usuários.

“Os usuários criam o mercado”, afirmou Lula, “os traficantes são vítimas dos usuários também”. A declaração representa uma linha de discurso mais humanitária e centrada em prevenção e política de saúde pública do que na repressão pura. Essa visão contrasta com a retórica de endurecimento defendida por Trump, que defende uso da força e expansão de operações no Caribe e América Latina como estratégia central.

A fala do presidente brasileiro foi interpretada como um posicionamento estratégico de diplomacia comparada, uma vez que Lula aproveitou o cenário para sugerir maior protagonismo de países de renda média no tema das drogas e questionar medidas unilaterais de segurança impostas por grandes potências.

Apesar de não detalhar planos específicos de política pública, o pronunciamento reacende o debate sobre reforma das leis de drogas, investimento em saúde mental e programas de reabilitação, e coloca o Brasil numa rota de menor alinhamento com os EUA no tema.

Redação Saiba+

Continue lendo
Ads Imagem
Ads PMI VISITE ILHÉUS

    Mais Lidas da Semana