Política
Prefeito “abandona” ACM Neto e reaparece no PT após vitória em Teixeira de Freitas
Marcelo Belitardo, eleito com apoio de Neto, agora integra base de Jerônimo e consta como filiado ao Partido dos Trabalhadores

O cenário político no extremo sul da Bahia ganhou novo contorno com a revelação de que o prefeito de Teixeira de Freitas, Marcelo Belitardo, está filiado ao PT (Partido dos Trabalhadores) — legenda do governador Jerônimo Rodrigues, a quem agora declara apoio. A reviravolta acontece mesmo após Belitardo ter sido reeleito em 2024 com o respaldo direto de ACM Neto (União Brasil), que considerava o município como estratégico para seu grupo político.
A informação consta na base de dados oficial do PT, onde Belitardo aparece como filiado desde 2012, apesar de, nos últimos anos, estar vinculado ao União Brasil. Segundo a documentação partidária, ele foi abonado pela legenda há mais de uma década, o que sugere que jamais formalizou sua desfiliação — ao menos no sistema nacional.
Durante a campanha de 2024, ACM Neto participou ativamente da mobilização eleitoral em Teixeira de Freitas. Compareceu à convenção que homologou a candidatura de Belitardo e engajou pessoalmente na disputa, apostando na permanência do aliado como vitrine da oposição no sul baiano. A vitória foi comemorada como um dos raros triunfos do grupo netista em território adverso.
No entanto, poucos meses após o pleito, Belitardo passou a se reaproximar de figuras ligadas ao governo estadual, selando de vez sua entrada na base aliada de Jerônimo Rodrigues. A movimentação foi vista por interlocutores de Neto como traição política, e teria sido o estopim para o afastamento de deputados como Sandro Régis e Elmar Nascimento, que também perderam espaço junto ao prefeito.
Nos bastidores, a filiação ativa ao PT é interpretada como um gesto de adesão definitiva ao grupo governista, em um momento em que o Palácio de Ondina busca ampliar sua influência para as eleições municipais de 2026 e garantir bases consolidadas em regiões antes dominadas pela oposição.
Política
STF determina prisão, extradição e perda de mandato de Zambelli
Decisão de Alexandre de Moraes é definitiva e inclui extradição e comunicação imediata ao presidente da Câmara

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu neste sábado (7) a decisão definitiva que determina a prisão imediata, extradição e perda do mandato parlamentar da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP). A ordem inclui notificação ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para providências quanto à vacância do cargo.
A medida ocorre um dia após a Primeira Turma do STF rejeitar, por unanimidade, os recursos apresentados por Zambelli e pelo hacker Walter Delgatti Neto, confirmando suas condenações pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“A extrema gravidade dos atos e sua repercussão institucional exigem resposta firme e definitiva do Judiciário”, declarou Moraes, em sua manifestação.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão em regime fechado, além da cassação do mandato. Já Delgatti recebeu pena de oito anos e três meses de reclusão. Ambos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento direto em uma operação ilegal que gerou falsos alvarás de soltura e mandados de prisão, visando criar instabilidade no sistema judiciário brasileiro.
Segundo a PGR, Zambelli teria comandado a ação criminosa, com ajuda de Delgatti, visando manipular sistemas do CNJ e gerar uma série de documentos fraudulentos que pudessem comprometer a credibilidade do Judiciário.
O julgamento dos recursos, realizado de forma virtual, teve votação unânime com os ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia acompanhando o relator, Moraes. O ministro afirmou ainda que as defesas “revelam mero inconformismo com a conclusão adotada e tentam rediscutir pontos já pacificados pela Corte”.
A condenação definitiva encerra o processo, não cabendo mais recursos por parte dos réus.
Política
Lula se hospeda em hotel de luxo com diária de até R$ 35 mil durante visita à França
Presidente defende viagens internacionais como estratégia para atrair investimentos; só em Paris, empresas francesas anunciaram R$ 100 bilhões em aportes no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou neste sábado (7) à cidade de Nice, no sul da França, onde dará continuidade à sua agenda internacional até segunda-feira (9). O local escolhido para hospedagem foi o hotel Le Negresco, um dos mais luxuosos da região, com diárias que variam entre R$ 6.700 e R$ 35,7 mil.
Fundado em 1913 e famoso pela decoração com obras de arte do século 18 e vista para o Mar Mediterrâneo, o hotel foi cercado por um forte esquema de segurança, com acesso da imprensa limitado. Lula está acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva (Janja), além de ministros e parlamentares.
Antes de chegar a Nice, o presidente esteve em Paris, onde participou de diversos compromissos diplomáticos e culturais, incluindo um jantar de Estado oferecido pelo presidente francês Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, e recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Paris 8. A Torre Eiffel chegou a ser iluminada com as cores do Brasil em homenagem à visita.
Críticas ao custo da viagem e ao luxo da hospedagem foram rebatidas por Lula. “Eu não sei quanto eu estou gastando, mas sei quanto estou levando de volta para o Brasil”, disse, em referência aos R$ 100 bilhões em investimentos anunciados por 15 empresas francesas durante o Fórum Econômico Brasil-França.
“O Brasil precisa deixar de ser pequeno. Os nossos embaixadores pelo mundo precisam pensar grande”, reforçou o presidente, ao justificar a presença em eventos internacionais como forma de atrair investimentos e fortalecer a imagem do país.
A agenda internacional de Lula inclui ainda uma ida ao Fórum de Economia e Finanças Azuis, em Mônaco, neste domingo (8), além da Conferência da ONU sobre o Oceano, marcada para segunda-feira (9) em Nice. Antes de retornar ao Brasil, Lula também visitará a sede da Interpol, em Lyon, cujo secretário-geral é o brasileiro Valdecy Urquiza, eleito em 2023 com apoio do governo federal.
Com a visita à França, Lula completa 34 países visitados em dois anos e meio de mandato, superando seus antecessores mais recentes, mas ainda abaixo do ritmo do seu primeiro mandato, quando passou por 45 países em período semelhante.
Política
Lula diz que extrema direita não voltará ao poder e evita falar de Haddad em 2026
Durante evento em Paris, presidente reforça discurso contra opositores e desconversa sobre possível candidatura do ministro da Fazenda nas próximas eleições

Em entrevista concedida neste sábado (7) em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a afirmar que “a extrema direita não voltará a governar o Brasil” e fez críticas contundentes aos adversários políticos. A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre a estratégia eleitoral do governo para 2026 e a possibilidade de Fernando Haddad se candidatar a cargos majoritários.
“Estou te dizendo, olhando bem nos seus olhos: a extrema direita não ganhará as eleições no Brasil”, declarou o presidente, batendo com o dedo médio no púlpito, em tom firme. Lula acusou os opositores de adotarem um discurso “negacionista, mentiroso e muitas vezes até canalha”.
Ao ser questionado diretamente sobre uma eventual candidatura de Haddad a governador ou senador por São Paulo, Lula desconversou: “Você acha que eu seria louco de responder isso agora?”, disse, sorrindo. Em seguida, afirmou que só discutirá eleições em 2026 no próprio ano eleitoral, respeitando o tempo político.
“Quando chegar o momento exato, a gente vai escolher as opções. Temos que fazer um mapeamento real do Brasil, ver quem é melhor em cada lugar. Eles querem eleger senadores, governadores, deputados… e eu também quero”, afirmou o presidente.
Durante a fala, Lula também reforçou críticas às fake news e alertou sobre o uso de inteligência artificial nas campanhas eleitorais da oposição. “Não vai ser IA ou fake news que vai eleger alguém. Sem respeitar os movimentos sociais, as mulheres, os negros e os indígenas, eles não vão ganhar”, concluiu.
Sobre temas econômicos, Lula garantiu que há acordo com o Congresso sobre uma alternativa ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Segundo ele, tudo está resolvido desde a reunião de 30 de maio com o ministro Haddad e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
“Vai acontecer exatamente aquilo que nós acertamos. Sem briga, sem conflito. Apenas fazendo o que tem que ser feito”, finalizou.
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