conecte-se conosco

Política

PIB: veja o desempenho da economia sob Lula, Bolsonaro, Temer e Dilma

Brasil cresce 1,4% no 1º trimestre de 2025; veja como cada presidente influenciou a economia desde 1999

Postado

em

Lula, Bolsonaro, Temer e Dilma: veja quanto a economia cresceu nos últimos mandatos presidenciais — Foto: SaibaMaisBahia

A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço foi impulsionado principalmente pela agropecuária, que teve alta de 12,2% no período. A expansão representa uma recuperação considerável frente aos apenas 0,1% de crescimento registrados no último trimestre de 2024.

Com os novos números, cresce o interesse em comparar o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) sob diferentes gestões presidenciais. Desde o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, iniciado em 1999, o Brasil alternou entre momentos de expansão acelerada e forte recessão. Os números ajudam a contextualizar como cada presidente impactou a economia nacional em seus primeiros anos de governo.

Lula (2023-2025 e 2003-2010)

Nos dois primeiros anos do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a média de crescimento do PIB ainda está em consolidação, com destaque para a retomada gradual após um cenário inflacionário e fiscal desafiador. Em 2025, o primeiro trimestre já trouxe um crescimento acima do esperado, de 1,4%, com o agronegócio como motor da recuperação.

Em seus mandatos anteriores (2003 a 2010), Lula obteve uma média de crescimento anual de 4%, com destaque para 2007 e 2008, quando o Brasil cresceu 6,1% e 5,1%, respectivamente, puxado por um cenário global favorável e alta das commodities.

Bolsonaro (2019–2022)

Durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), o PIB teve crescimento médio de 1,2% ao ano. O desempenho foi profundamente afetado pela pandemia da Covid-19 em 2020, ano em que o país registrou uma retração histórica de -3,3%. Em 2021, houve uma recuperação com crescimento de 5%, mas a inflação e os juros elevados impactaram o ano seguinte, que fechou com alta de apenas 2,9%.

Michel Temer (2016–2018)

Michel Temer (MDB) assumiu após o impeachment de Dilma Rousseff, em um contexto de crise política e econômica. Em 2016, o PIB recuou -3,3%, último ano da recessão iniciada em 2015. Nos dois anos seguintes, houve tímida recuperação: crescimento de 1,3% em 2017 e 1,8% em 2018, influenciado por reformas e medidas de ajuste fiscal.

Dilma Rousseff (2011–2016)

Dilma Rousseff (PT) governou durante um período de desaceleração econômica. Após um forte crescimento de 7,5% em 2010, no final do segundo governo Lula, sua gestão foi marcada por quedas sucessivas. O PIB cresceu apenas 2,7% em 2011 e seguiu em declínio até registrar retrações de -3,5% em 2015 e -3,3% em 2016, no auge da crise econômica e política que culminou em seu afastamento.

PresidentePeríodo InicialCrescimento Médio Anual do PIB
Lula (3º mandato)2023-2025 (parcial)~1,4% (em 2025, 1º tri)
Bolsonaro2019–20221,2%
Temer2016–20181,5%
Dilma2011–2016-0,5% (forte queda em 2015-2016)
Lula (1º e 2º)2003–20104,0%


Com o novo resultado de 2025, Lula tenta retomar uma trajetória de crescimento, mas enfrenta desafios como baixa produtividade, instabilidade política e a crise na indústria nacional. A agropecuária segue como motor da economia, enquanto a indústria de transformação ainda opera 15% abaixo do seu pico em 2008.

O histórico do PIB mostra que gestões com foco em estabilidade macroeconômica, reformas estruturais e fomento à inovação tendem a ter melhores resultados a longo prazo. Em contraste, períodos de incerteza política e desequilíbrio fiscal refletem rapidamente em retrações da atividade econômica.

Redação Saiba+

Continue lendo
envie seu comentário

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

STF determina prisão, extradição e perda de mandato de Zambelli

Decisão de Alexandre de Moraes é definitiva e inclui extradição e comunicação imediata ao presidente da Câmara

Postado

em

Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil após ser condenada pelo STF - AuriVerde Brasil/Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu neste sábado (7) a decisão definitiva que determina a prisão imediata, extradição e perda do mandato parlamentar da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP). A ordem inclui notificação ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para providências quanto à vacância do cargo.

A medida ocorre um dia após a Primeira Turma do STF rejeitar, por unanimidade, os recursos apresentados por Zambelli e pelo hacker Walter Delgatti Neto, confirmando suas condenações pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“A extrema gravidade dos atos e sua repercussão institucional exigem resposta firme e definitiva do Judiciário”, declarou Moraes, em sua manifestação.

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão em regime fechado, além da cassação do mandato. Já Delgatti recebeu pena de oito anos e três meses de reclusão. Ambos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento direto em uma operação ilegal que gerou falsos alvarás de soltura e mandados de prisão, visando criar instabilidade no sistema judiciário brasileiro.

Segundo a PGR, Zambelli teria comandado a ação criminosa, com ajuda de Delgatti, visando manipular sistemas do CNJ e gerar uma série de documentos fraudulentos que pudessem comprometer a credibilidade do Judiciário.

O julgamento dos recursos, realizado de forma virtual, teve votação unânime com os ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia acompanhando o relator, Moraes. O ministro afirmou ainda que as defesas “revelam mero inconformismo com a conclusão adotada e tentam rediscutir pontos já pacificados pela Corte”.

A condenação definitiva encerra o processo, não cabendo mais recursos por parte dos réus.

Redação Saiba+

Continue lendo

Política

Lula se hospeda em hotel de luxo com diária de até R$ 35 mil durante visita à França

Presidente defende viagens internacionais como estratégia para atrair investimentos; só em Paris, empresas francesas anunciaram R$ 100 bilhões em aportes no Brasil

Postado

em

O presidente Lula (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Juna, desembarcam em Nice, no sul da França, neste sábado (7) - Ricardo Stuckert/Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou neste sábado (7) à cidade de Nice, no sul da França, onde dará continuidade à sua agenda internacional até segunda-feira (9). O local escolhido para hospedagem foi o hotel Le Negresco, um dos mais luxuosos da região, com diárias que variam entre R$ 6.700 e R$ 35,7 mil.

Fundado em 1913 e famoso pela decoração com obras de arte do século 18 e vista para o Mar Mediterrâneo, o hotel foi cercado por um forte esquema de segurança, com acesso da imprensa limitado. Lula está acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva (Janja), além de ministros e parlamentares.

Antes de chegar a Nice, o presidente esteve em Paris, onde participou de diversos compromissos diplomáticos e culturais, incluindo um jantar de Estado oferecido pelo presidente francês Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, e recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Paris 8. A Torre Eiffel chegou a ser iluminada com as cores do Brasil em homenagem à visita.

Críticas ao custo da viagem e ao luxo da hospedagem foram rebatidas por Lula. “Eu não sei quanto eu estou gastando, mas sei quanto estou levando de volta para o Brasil”, disse, em referência aos R$ 100 bilhões em investimentos anunciados por 15 empresas francesas durante o Fórum Econômico Brasil-França.

“O Brasil precisa deixar de ser pequeno. Os nossos embaixadores pelo mundo precisam pensar grande”, reforçou o presidente, ao justificar a presença em eventos internacionais como forma de atrair investimentos e fortalecer a imagem do país.

A agenda internacional de Lula inclui ainda uma ida ao Fórum de Economia e Finanças Azuis, em Mônaco, neste domingo (8), além da Conferência da ONU sobre o Oceano, marcada para segunda-feira (9) em Nice. Antes de retornar ao Brasil, Lula também visitará a sede da Interpol, em Lyon, cujo secretário-geral é o brasileiro Valdecy Urquiza, eleito em 2023 com apoio do governo federal.

Com a visita à França, Lula completa 34 países visitados em dois anos e meio de mandato, superando seus antecessores mais recentes, mas ainda abaixo do ritmo do seu primeiro mandato, quando passou por 45 países em período semelhante.

Redação Saiba+

Continue lendo

Política

Lula diz que extrema direita não voltará ao poder e evita falar de Haddad em 2026

Durante evento em Paris, presidente reforça discurso contra opositores e desconversa sobre possível candidatura do ministro da Fazenda nas próximas eleições

Postado

em

Presidente Lula em sessão de encerramento do Fórum Empresarial Brasil-França - Ricardo Stuckert - 6.jun.25/Divulgação PR

Em entrevista concedida neste sábado (7) em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a afirmar que “a extrema direita não voltará a governar o Brasil” e fez críticas contundentes aos adversários políticos. A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre a estratégia eleitoral do governo para 2026 e a possibilidade de Fernando Haddad se candidatar a cargos majoritários.

“Estou te dizendo, olhando bem nos seus olhos: a extrema direita não ganhará as eleições no Brasil”, declarou o presidente, batendo com o dedo médio no púlpito, em tom firme. Lula acusou os opositores de adotarem um discurso “negacionista, mentiroso e muitas vezes até canalha”.

Ao ser questionado diretamente sobre uma eventual candidatura de Haddad a governador ou senador por São Paulo, Lula desconversou: “Você acha que eu seria louco de responder isso agora?”, disse, sorrindo. Em seguida, afirmou que só discutirá eleições em 2026 no próprio ano eleitoral, respeitando o tempo político.

“Quando chegar o momento exato, a gente vai escolher as opções. Temos que fazer um mapeamento real do Brasil, ver quem é melhor em cada lugar. Eles querem eleger senadores, governadores, deputados… e eu também quero”, afirmou o presidente.

Durante a fala, Lula também reforçou críticas às fake news e alertou sobre o uso de inteligência artificial nas campanhas eleitorais da oposição. “Não vai ser IA ou fake news que vai eleger alguém. Sem respeitar os movimentos sociais, as mulheres, os negros e os indígenas, eles não vão ganhar”, concluiu.

Sobre temas econômicos, Lula garantiu que há acordo com o Congresso sobre uma alternativa ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Segundo ele, tudo está resolvido desde a reunião de 30 de maio com o ministro Haddad e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

“Vai acontecer exatamente aquilo que nós acertamos. Sem briga, sem conflito. Apenas fazendo o que tem que ser feito”, finalizou.

Redação Saiba+

Continue lendo

    Mais Lidas da Semana