Mundo
Avião da Air India com 242 pessoas cai após decolagem
Aeronave seguia para Londres e caiu minutos após decolar de Ahmedabad; autoridades locais confirmam dezenas de mortos e investigam causas do acidente

Um avião da Air India, modelo Boeing 787-8 Dreamliner, com 242 pessoas a bordo, caiu nesta quinta-feira (12) poucos minutos após decolar do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. O voo internacional tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres, no Reino Unido. As autoridades locais já confirmaram ao menos 30 mortes, mas o número de vítimas deve aumentar nas próximas horas.
De acordo com informações da equipe de resgate, os corpos foram encontrados nos escombros de um prédio civil atingido pela aeronave. Ainda há pessoas presas nos destroços, e as operações continuam em ritmo acelerado. A bordo, estavam 169 indianos, 43 britânicos, sete portugueses e um canadense, além de dois pilotos e dez tripulantes.
O acidente já é considerado o mais grave na Índia em quase três décadas. Em 1996, uma colisão aérea entre dois aviões de companhias saudita e cazaque deixou 349 mortos, no que foi o pior desastre aéreo da história do país. A queda desta quinta pode se igualar ou superar esse marco trágico, dependendo do balanço final de vítimas.
Segundo o Flightradar24, plataforma que monitora voos em tempo real, o avião decolou às 13h39 no horário local (5h09 no Brasil) da pista 23, emitiu um alerta de emergência (“Mayday”) logo após sair do solo, e perdeu contato com o controle aéreo segundos depois. Imagens divulgadas por emissoras locais mostram a aeronave sobrevoando uma área residencial e, em seguida, uma explosão seguida de uma densa nuvem de fumaça negra.
“O acidente é devastador e de partir o coração“, disse o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, que acompanha de perto os desdobramentos da tragédia. Do Reino Unido, o premiê Keir Starmer declarou estar “profundamente angustiado” com as notícias e que segue sendo informado em tempo real pelas autoridades.
A Air India confirmou o acidente e afirmou que ativou um centro de emergência para prestar apoio às famílias das vítimas. “Nossos pensamentos e profundas condolências estão com os familiares e entes queridos de todos os afetados”, declarou o presidente da companhia, Natarajan Chandrasekaran.
Especialistas da aviação e representantes da Boeing, fabricante do modelo acidentado, ainda não se pronunciaram oficialmente. A aeronave envolvida no acidente é considerada uma das mais modernas da frota mundial, o que levanta questionamentos sobre falhas técnicas, erro humano ou problemas operacionais na pista.
Este é o segundo acidente de grande proporção envolvendo a Air India nos últimos anos. Em 2020, um Boeing 737 da subsidiária Air India Express ultrapassou a pista durante pouso em Kozhikode e caiu em um vale, matando 21 pessoas.
Após o desastre desta quinta-feira, todas as operações no aeroporto de Ahmedabad foram suspensas por tempo indeterminado. Equipes de resgate, investigadores da aviação civil e autoridades federais trabalham em conjunto para esclarecer as causas da queda.
Mundo
Milei obtém vitória legislativa crucial e fortalece rumo do governo argentino
Com cerca de 40% dos votos, o presidente Javier Milei e seu partido garantem base ampliada no Congresso e reforçam a agenda de reformas

O presidente Javier Milei alcançou uma vitória significativa nas eleições legislativas da Argentina, em que seu partido, La Libertad Avanza, obteve cerca de 40,8% dos votos, superando a oposição peronista e garantindo uma nova condição de poder no Parlamento.
Essa conquista representa um avanço estratégico para o governo, pois permite maior fôlego institucional para impulsionar sua agenda de reformas econômicas, além de reduzir a vulnerabilidade frente a vetos ou entraves parlamentares.
Mesmo sem alcançar absoluta maioria, o resultado dá ao presidente Milei maior credibilidade política e um mandato reforçado para atuar no Congresso. Analistas indicam que o desempenho eleitoral neutraliza o risco de estagnação político-legislativa e abre caminho para o endurecimento ou aceleração de propostas como reformas fiscais, privatizações e abertura de mercados.
A vitória também marca simbolicamente uma virada em relação à derrota sofrida recentemente na província de Buenos Aires, considerada tradicional bastião opositor, na qual Milei havia sido superado por mais de 10 pontos percentuais. Neste pleito, contudo, a base governista conseguiu recuperar terreno e consolidar sua atuação em províncias-chave e grandes centros eleitorais.
Para o mercado, o resultado é interpretado como sinal positivo de estabilidade política e possibilidade de maior previsibilidade nas decisões econômicas. Ao mesmo tempo, cresce a pressão sobre o governo para que traduza o triunfo em avanços concretos para a sociedade – sobretudo em meio a inflação alta, desemprego e insatisfação popular.
Em suma, o governo de Javier Milei sai das urnas com uma base legislativa reforçada, mas entra numa nova fase em que será exigido entregar resultados. A vitória amplia seu horizonte de atuação, mas também amplia as expectativas de governança e eficácia.
Mundo
Argentina sob Marel Milei: avanços fiscais e crescente insatisfação social
Após dois anos no governo, as reformas liberais de Javier Milei mostram progresso macroeconômico, mas criam tensões profundas na indústria, emprego e dissonância social

Após dois anos no poder, o presidente Javier Milei transformou a Argentina em um grande laboratório econômico. Suas medidas de ajuste fiscal e reformas liberais provocaram forte impacto na economia, gerando redução da inflação e superávit nas contas públicas, mas também aprofundando tensões sociais e trabalhistas em diversas regiões do país.
A agenda de Milei conseguiu restaurar parte da confiança dos investidores e estabilizar o câmbio, resultados celebrados pelo governo como prova de eficiência da política econômica. No entanto, os custos sociais da transformação são altos: o desemprego aumentou, o setor industrial perdeu fôlego, e os índices de pobreza cresceram, especialmente entre trabalhadores informais e famílias de baixa renda.
A rápida abertura comercial e o corte de subsídios afetaram a indústria nacional, que enfrenta queda na produção e fechamento de fábricas. Muitos empresários alertam para um processo de desindustrialização precoce, que ameaça empregos e compromete a recuperação de longo prazo.
No campo social, as manifestações contra as medidas de austeridade se multiplicam. Sindicatos e movimentos populares denunciam reduções em programas sociais, aumento do custo de vida e concentração de renda. Mesmo assim, Milei mantém apoio de parte da população que acredita na necessidade de “sacrifícios” para reconstruir o país.
Com a economia ajustada, mas o tecido social em tensão, a Argentina entra em uma nova fase de desafios: reconquistar o crescimento com inclusão, estabilizar o emprego e preservar o apoio político para consolidar as reformas. O futuro do governo Milei dependerá da capacidade de equilibrar resultados econômicos com justiça social — e de provar que seu projeto libertário pode ser sustentável.
Mundo
Israel retoma ataques em Gaza e ameaça acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA
Missão diplomática liderada por enviados de Donald Trump tenta conter escalada de violência após novas ofensivas israelenses

A tensão voltou a crescer no Oriente Médio. Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (20), apenas dez dias após a assinatura do acordo de cessar-fogo, colocando em risco o frágil plano de paz mediado pelos Estados Unidos.
De acordo com autoridades locais, três palestinos morreram durante uma nova ofensiva israelense no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza. O Exército de Israel afirmou que os disparos ocorreram após a identificação de “terroristas cruzando a linha amarela” na região de Shejaiya, e declarou que continuará a “eliminar qualquer ameaça imediata”.
Enquanto isso, os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, chegaram a Tel Aviv para tentar preservar o cessar-fogo e se reunirão com membros do governo de Binyamin Netanyahu. O Egito, por sua vez, sediará uma reunião com o Hamas, buscando avançar nas negociações de paz.
Testemunhas relataram disparos de tanques israelenses e afirmam que moradores ainda estão confusos sobre o traçado da área de recuo militar, já que não há sinalizações visíveis no território devastado.
A escalada de violência ocorre em meio a impasses sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses. Israel acusa o Hamas de atrasar propositalmente o processo, enquanto o grupo alega dificuldades para recuperar corpos soterrados sob escombros.
O primeiro-ministro Netanyahu também anunciou que a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, condicionando sua reabertura ao cumprimento integral do acordo.
O plano de paz idealizado pelo ex-presidente Trump enfrenta agora seus maiores desafios, com pendências sobre o desarmamento do Hamas, a governança futura de Gaza e o avanço na criação de um Estado palestino — pontos ainda sem consenso entre as partes envolvidas.
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