Mundo
Trump ameaça o Irã e convoca reunião na Casa Branca sobre possível ação militar
Presidente dos EUA pressiona Teerã, fala em atacar o aiatolá Khamenei e pode apoiar ofensiva israelense contra o programa nuclear iraniano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou a tensão no cenário internacional ao fazer, nesta terça-feira (17), ameaças diretas ao regime do Irã e convocar uma reunião de emergência com seu Conselho de Segurança Nacional. O republicano usou sua conta na Truth Social para exigir a “rendição incondicional” dos iranianos e disse que a paciência americana está no fim, deixando em aberto a possibilidade de atacar diretamente o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.
“Sabemos exatamente onde o ‘Líder Supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil… mas não vamos matá-lo. Pelo menos, não por enquanto”, escreveu Trump em sua plataforma. Na mesma sequência de postagens, ele afirmou: “Não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando”, finalizando com um recado direto: “RENDIÇÃO INCONDICIONAL!”
A escalada verbal ocorreu horas antes da reunião de alto nível realizada na Sala de Situação da Casa Branca, com assessores de segurança nacional e autoridades militares. O encontro, que começou às 15h (horário de Brasília), terminou duas horas depois, sem declarações públicas sobre decisões militares, mas com expectativa crescente sobre um possível envolvimento direto dos EUA no conflito entre Israel e Irã.
Estados Unidos no centro do conflito
Desde o início da nova ofensiva israelense, a pressão sobre Washington cresceu, com o governo de Tel Aviv pedindo apoio militar dos EUA para atacar instalações nucleares subterrâneas iranianas. Trump, apesar de manter uma postura contrária a guerras estrangeiras, tem sinalizado disposição para uma ação pontual e de alto impacto.
A decisão mais imediata em pauta seria o uso da bomba anti-bunker “Massive Ordnance Penetrator”, de quase 14 toneladas, contra os laboratórios de enriquecimento de urânio mais profundos do Irã. Trump afirmou: “Não estou muito a fim de negociar. Quero algo melhor que um cessar-fogo. Quero o fim real da ameaça nuclear iraniana.”
Aviões-tanque e mobilização militar
O Pentágono já movimenta tropas e recursos estratégicos. Cerca de 20 aviões-tanque e caças de apoio partiram dos EUA para bases na Europa, com objetivo de garantir capacidade de resposta imediata caso tropas ou instalações americanas sejam atacadas.
Entre os modelos enviados estão KC-135 Stratotankers e KC-46 Pegasuses, que agora operam a partir de bases na Grécia, Itália, Espanha, Escócia e Alemanha. A movimentação intensificou os alertas de guerra entre analistas internacionais.
Vice-presidente defende postura firme
O vice-presidente JD Vance também comentou o caso nas redes sociais, dizendo que Trump demonstrou “notável moderação” até agora, mas pode ser forçado a agir. “O Irã não precisa de combustível enriquecido acima do nível necessário para energia comercial. Se insistirem, sofrerão as consequências”, disse.
Vance também buscou acalmar a base conservadora americana, historicamente avessa a envolvimentos militares: “Após 25 anos de política externa equivocada, Trump conquistou a confiança do povo. Se ele decidir agir, é porque o risco exige.”
Pressão no Congresso
Apesar do apoio entre aliados, Trump enfrenta resistência no Congresso, onde parlamentares democratas e parte dos republicanos ameaçam barrar qualquer iniciativa militar sem autorização formal. O impasse coloca o presidente diante de uma das decisões mais graves de seu mandato, com impacto direto na estabilidade do Oriente Médio e na política doméstica.
Mundo
Milei obtém vitória legislativa crucial e fortalece rumo do governo argentino
Com cerca de 40% dos votos, o presidente Javier Milei e seu partido garantem base ampliada no Congresso e reforçam a agenda de reformas

O presidente Javier Milei alcançou uma vitória significativa nas eleições legislativas da Argentina, em que seu partido, La Libertad Avanza, obteve cerca de 40,8% dos votos, superando a oposição peronista e garantindo uma nova condição de poder no Parlamento.
Essa conquista representa um avanço estratégico para o governo, pois permite maior fôlego institucional para impulsionar sua agenda de reformas econômicas, além de reduzir a vulnerabilidade frente a vetos ou entraves parlamentares.
Mesmo sem alcançar absoluta maioria, o resultado dá ao presidente Milei maior credibilidade política e um mandato reforçado para atuar no Congresso. Analistas indicam que o desempenho eleitoral neutraliza o risco de estagnação político-legislativa e abre caminho para o endurecimento ou aceleração de propostas como reformas fiscais, privatizações e abertura de mercados.
A vitória também marca simbolicamente uma virada em relação à derrota sofrida recentemente na província de Buenos Aires, considerada tradicional bastião opositor, na qual Milei havia sido superado por mais de 10 pontos percentuais. Neste pleito, contudo, a base governista conseguiu recuperar terreno e consolidar sua atuação em províncias-chave e grandes centros eleitorais.
Para o mercado, o resultado é interpretado como sinal positivo de estabilidade política e possibilidade de maior previsibilidade nas decisões econômicas. Ao mesmo tempo, cresce a pressão sobre o governo para que traduza o triunfo em avanços concretos para a sociedade – sobretudo em meio a inflação alta, desemprego e insatisfação popular.
Em suma, o governo de Javier Milei sai das urnas com uma base legislativa reforçada, mas entra numa nova fase em que será exigido entregar resultados. A vitória amplia seu horizonte de atuação, mas também amplia as expectativas de governança e eficácia.
Mundo
Argentina sob Marel Milei: avanços fiscais e crescente insatisfação social
Após dois anos no governo, as reformas liberais de Javier Milei mostram progresso macroeconômico, mas criam tensões profundas na indústria, emprego e dissonância social

Após dois anos no poder, o presidente Javier Milei transformou a Argentina em um grande laboratório econômico. Suas medidas de ajuste fiscal e reformas liberais provocaram forte impacto na economia, gerando redução da inflação e superávit nas contas públicas, mas também aprofundando tensões sociais e trabalhistas em diversas regiões do país.
A agenda de Milei conseguiu restaurar parte da confiança dos investidores e estabilizar o câmbio, resultados celebrados pelo governo como prova de eficiência da política econômica. No entanto, os custos sociais da transformação são altos: o desemprego aumentou, o setor industrial perdeu fôlego, e os índices de pobreza cresceram, especialmente entre trabalhadores informais e famílias de baixa renda.
A rápida abertura comercial e o corte de subsídios afetaram a indústria nacional, que enfrenta queda na produção e fechamento de fábricas. Muitos empresários alertam para um processo de desindustrialização precoce, que ameaça empregos e compromete a recuperação de longo prazo.
No campo social, as manifestações contra as medidas de austeridade se multiplicam. Sindicatos e movimentos populares denunciam reduções em programas sociais, aumento do custo de vida e concentração de renda. Mesmo assim, Milei mantém apoio de parte da população que acredita na necessidade de “sacrifícios” para reconstruir o país.
Com a economia ajustada, mas o tecido social em tensão, a Argentina entra em uma nova fase de desafios: reconquistar o crescimento com inclusão, estabilizar o emprego e preservar o apoio político para consolidar as reformas. O futuro do governo Milei dependerá da capacidade de equilibrar resultados econômicos com justiça social — e de provar que seu projeto libertário pode ser sustentável.
Mundo
Israel retoma ataques em Gaza e ameaça acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA
Missão diplomática liderada por enviados de Donald Trump tenta conter escalada de violência após novas ofensivas israelenses

A tensão voltou a crescer no Oriente Médio. Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (20), apenas dez dias após a assinatura do acordo de cessar-fogo, colocando em risco o frágil plano de paz mediado pelos Estados Unidos.
De acordo com autoridades locais, três palestinos morreram durante uma nova ofensiva israelense no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza. O Exército de Israel afirmou que os disparos ocorreram após a identificação de “terroristas cruzando a linha amarela” na região de Shejaiya, e declarou que continuará a “eliminar qualquer ameaça imediata”.
Enquanto isso, os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, chegaram a Tel Aviv para tentar preservar o cessar-fogo e se reunirão com membros do governo de Binyamin Netanyahu. O Egito, por sua vez, sediará uma reunião com o Hamas, buscando avançar nas negociações de paz.
Testemunhas relataram disparos de tanques israelenses e afirmam que moradores ainda estão confusos sobre o traçado da área de recuo militar, já que não há sinalizações visíveis no território devastado.
A escalada de violência ocorre em meio a impasses sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses. Israel acusa o Hamas de atrasar propositalmente o processo, enquanto o grupo alega dificuldades para recuperar corpos soterrados sob escombros.
O primeiro-ministro Netanyahu também anunciou que a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, condicionando sua reabertura ao cumprimento integral do acordo.
O plano de paz idealizado pelo ex-presidente Trump enfrenta agora seus maiores desafios, com pendências sobre o desarmamento do Hamas, a governança futura de Gaza e o avanço na criação de um Estado palestino — pontos ainda sem consenso entre as partes envolvidas.
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