conecte-se conosco

Política

Anistia “light” divide Congresso e pressiona STF

Deputados defendem manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro em meio a negociações sobre penas

Postado

em

Jair Bolsonaro deve aguardar em prisão domiciliar julgamento de recursos da defesa Foto: Wilton Junior

A discussão em torno de uma possível “anistia light” para os investigados pelos atos de 8 de janeiro voltou a movimentar os bastidores políticos em Brasília. Enquanto parte do Congresso busca aprovar um texto que reduza penas e traga algum alívio jurídico para centenas de condenados, um grupo de parlamentares atua para convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) a manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar.

Segundo fontes do Legislativo, a estratégia é tentar dissociar a imagem de Bolsonaro das tratativas de anistia, evitando que sua situação seja usada como justificativa para rejeitar o benefício aos demais envolvidos. Deputados argumentam que, ao manter o ex-presidente em regime domiciliar, o STF demonstraria equilíbrio, sem abrir espaço para acusações de impunidade.

Negociações avançam nos bastidores

O clima é de cautela entre governistas e oposição. Líderes avaliam que uma proposta mais abrangente de perdão poderia ser interpretada como anistia geral, o que geraria forte reação da sociedade civil e de entidades de combate à corrupção. Por isso, a aposta de parte do Congresso é em uma versão mais restrita, que contemple apenas redução de penas e revisão de condenações consideradas excessivas.

Aliados de Bolsonaro acreditam que essa estratégia pode preservar o ex-presidente de um endurecimento maior nas decisões judiciais, ao mesmo tempo em que atende ao pleito de deputados que defendem um tratamento mais brando para seus apoiadores.

Pressão política e impacto no STF

Nos próximos meses, o STF deve avaliar novos recursos relacionados aos atos de 8 de janeiro, e a movimentação política tende a influenciar esse processo. Juristas alertam que a tentativa de interferência parlamentar pode ser vista como pressão indevida sobre o Judiciário. Ainda assim, deputados sustentam que é papel do Legislativo buscar soluções políticas para temas de grande repercussão nacional.

O tema deve permanecer no centro da pauta política até que o Supremo se manifeste de forma definitiva sobre a situação de Bolsonaro e dos demais envolvidos.

Redação Saiba+

Política

Trump questiona Luiz Inácio Lula da Silva sobre prisão e menciona “perseguição”

Durante reunião diplomática, Donald Trump retirou o foco dos temas oficiais para comentar trajetória do presidente brasileiro e o chamou de “vítima de perseguição”.

Postado

em

Kuala Lampur, Malásia. 26.10.2025 Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia. Fotos: Ricardo Stuckert / PR Foto: Ricardo Stuckert / PR

Em um encontro marcado por tensões e gestos diplomáticos, o presidente Donald Trump mostrou um interesse inesperado na vida pessoal do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo relatos dos bastidores, Trump teria perguntado “quanto tempo você ficou preso?” ao líder brasileiro, se referindo aos processos e à detenção anterior de Lula.

Mais do que curiosidade, Trump qualificou a trajetória de Lula como sendo de alguém “perseguido” politicamente, o que levanta interpretações sobre o clima e a estratégia de aproximação entre as duas nações.

Apesar de a pauta oficial da reunião tratar de comércio bilateral, tarifas e cooperação, o episódio revela que as interlocuções diplomáticas assumem múltiplas camadas — entre negociações técnicas e simbolismos políticos. A ênfase na vida pessoal serve como elemento simbólico: ao exaltar a volta de Lula à presidência após enfrentar acusações e prisão, Trump procura manifestar admiração ou buscar narrativa de reviravolta.

Para o governo brasileiro, o gesto pode representar uma vitória de imagem: ser reconhecido internacionalmente como líder que superou obstáculos e voltou ao poder. Para os Estados Unidos, a conversa revela uma tentativa de estabelecer redenção ou afinidade política, possivelmente projetada em futuros diálogos comerciais ou estratégicos.

No entanto, o episódio também gera críticas: especialistas em política externa apontam que, quando questões pessoais ganham tanto destaque, elas podem diluir o foco das negociações técnicas e criar expectativas desequilibradas. Um analista resumiu: “o que era uma reunião sobre tarifas virou cenário para narrativa pessoal”.

Em resumo, o encontro entre Trump e Lula ilustra que na diplomacia contemporânea os detalhes – como uma pergunta sobre prisão – podem ter impacto simbólico tão relevante quanto os acordos formais. Como resultado, resta acompanhar se o reconhecimento da trajetória de Lula se traduzirá em avanços concretos nas relações comerciais e estratégicas entre Brasil e Estados Unidos.

Redação Saiba+

Continue lendo

Política

Lula afirma que ainda não há exigências de Trump sobre o “tarifaço”

Em encontro diplomático marcado na Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se preparam para negociar futura redução de tarifas, sem pé na mesa por enquanto

Postado

em

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante declaração conjunta à imprensa, na Residência do Primeiro-Ministro da Malásia. Putrajaya (Malásia) Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não apresentou exigências formais em relação à redução do chamado “tarifaço” aplicado sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o momento é de diálogo e construção de consensos, e não de imposições.

Durante agenda internacional, o presidente ressaltou que as negociações entre os dois países devem ocorrer com respeito mútuo e equilíbrio econômico, destacando que “não há exigências dele, e não há exigências nossas ainda”. A fala evidencia a estratégia de manter abertas as portas para o entendimento, sem assumir compromissos unilaterais que possam prejudicar a indústria nacional.

A medida de Trump, que elevou tarifas sobre exportações brasileiras em setores estratégicos, é vista pelo governo como um desafio diplomático que precisa ser tratado com prudência e firmeza política. Lula reiterou que o Brasil buscará condições justas de comércio internacional, priorizando o fortalecimento das exportações e a valorização da produção nacional.

O encontro entre os dois líderes, previsto para os próximos dias, deve definir os rumos da relação econômica bilateral. De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é que a reunião aproxime as posições e crie um ambiente propício para um acordo comercial mais equilibrado.

A postura de Lula reforça a imagem de um governo disposto ao diálogo, mas atento à defesa dos interesses brasileiros, sobretudo em temas ligados à competitividade, à indústria e à soberania econômica.

Redação Saiba+

Continue lendo

Política

Haddad prefere “ser gastador” a “caloteiro”, diz ministro da Fazenda

Em tom firme, Fernando Haddad defende o pagamento de precatórios e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal

Postado

em

O ministro Fernando Haddad — Foto: Maria Isabel Oliveira

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira que o governo federal deve manter o pagamento regular dos precatórios, reforçando a importância de preservar a credibilidade financeira do país. Em suas palavras, ele afirmou que prefere “ter a pecha de ter gastado mais do que a de caloteiro”, deixando claro que a prioridade é honrar as dívidas judiciais da União.

Durante o discurso, Haddad criticou a ideia de adiar ou suspender pagamentos de precatórios, classificando tal prática como ilegal, inconstitucional e irracional. Para ele, a postergação desses valores não apenas compromete o equilíbrio fiscal, mas também afeta cidadãos e empresas que aguardam há anos por decisões judiciais transitadas em julgado.

O ministro enfatizou que o governo federal tem condições de cumprir suas obrigações sem recorrer a manobras contábeis. “A União tem capacidade de financiamento e deve dar o exemplo”, disse Haddad, destacando que a credibilidade econômica é construída com previsibilidade e respeito às regras.

A fala ocorre em meio às discussões sobre novas normas de controle de gastos públicos e revisão das regras fiscais. Haddad reforçou que o equilíbrio das contas públicas não deve vir à custa de descumprimentos judiciais, mas por meio de gestão responsável e planejamento de longo prazo.

O posicionamento do ministro foi visto como uma tentativa de consolidar uma imagem de responsabilidade e transparência diante de um cenário de incertezas fiscais. Com a declaração, Haddad sinaliza que o governo busca manter o compromisso com a estabilidade econômica, ainda que enfrente críticas por ampliar despesas em algumas áreas.

Redação Saiba+

Continue lendo
Ads Imagem
Ads PMI VISITE ILHÉUS

    Mais Lidas da Semana