Mundo
Hamas liberta últimos reféns israelenses após 738 dias de cativeiro
Libertação ocorre como parte de acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos; em troca, Israel soltou cerca de 2 mil prisioneiros palestinos

Após 738 dias de cativeiro, os 20 reféns israelenses sobreviventes dos ataques terroristas do Hamas, ocorridos em 7 de outubro de 2023, foram libertados nesta segunda-feira (13). A libertação faz parte do acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, que prevê a troca por 2 mil prisioneiros palestinos.
Os reféns foram devolvidos em duas etapas: sete nas primeiras horas da manhã e mais 13 na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, segundo informou a emissora pública israelense. O governo de Israel confirmou que todos os libertados já estão em território israelense.
Entre os primeiros resgatados estão Matan Angrest, Gali Berman, Ziv Berman, Alon Ohel, Eitan Horn, Omri Miran e Guy-Gilbo Dalal. Eles foram encaminhados para a operação “Voltando para Casa”, que inclui atendimento médico e reencontro com familiares em uma base militar, antes do transporte para hospitais israelenses.
Os reféns foram sequestrados durante o ataque surpresa do Hamas, que deu início à guerra em Gaza. De acordo com fontes do Exército israelense, o grupo terrorista permitiu contato por vídeo, via Cruz Vermelha, entre familiares e alguns dos cativos horas antes da libertação.
Além disso, metade dos 28 corpos de reféns mortos sob o poder do Hamas deve ser devolvida nesta segunda, e o restante nas próximas fases da trégua. O acordo inclui ainda a entrega dos restos mortais de um soldado israelense morto em 2014, durante uma guerra anterior na Faixa de Gaza.
Em contrapartida, o Hamas divulgou uma lista com 1,9 mil prisioneiros palestinos que serão libertados. O plano de paz, baseado em uma proposta de 20 pontos apresentada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, prevê ainda a soltura de 250 prisioneiros palestinos adicionais e de 1.700 moradores de Gaza detidos desde o início do conflito.
Trump desembarcou em Tel Aviv nesta segunda-feira e foi recebido no Aeroporto Ben Gurion com honras de chefe de Estado pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e pelo presidente Isaac Herzog.
Os últimos dias foram de celebração e emoção em Israel. No sábado, milhares de pessoas se reuniram na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, vestindo camisetas com fotos dos sequestrados. O evento marcou 735 dias desde os atentados do Hamas.
“Sinto uma emoção imensa, não tenho palavras para descrevê-la — para mim, para nós, para todo Israel, que quer ver todos os reféns voltando para casa”, declarou Einav Zangauker, mãe do refém Matan Zangauker, de 25 anos, à agência AFP.
Também participaram da manifestação o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, o genro de Trump, Jared Kushner, e a filha do ex-presidente, Ivanka Trump. Eles foram aplaudidos pelo público, enquanto menções ao nome de Netanyahu provocaram vaias isoladas.
Segundo a BBC Radio 4, familiares de vítimas afirmaram que Washington teve papel crucial para a libertação, mas cobraram maior protagonismo do governo israelense nas negociações.
Apesar do avanço diplomático, o gabinete de Netanyahu informou que nenhuma autoridade israelense participará da Cúpula pela Paz, que ocorre no Egito com presença de líderes como António Guterres (ONU), Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido) e Giorgia Meloni (Itália).
Nas redes sociais, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu publicou mensagem aos libertados: “Israel não descansará enquanto todos os seus filhos não estiverem em casa”.
Mundo
Argentina sob Marel Milei: avanços fiscais e crescente insatisfação social
Após dois anos no governo, as reformas liberais de Javier Milei mostram progresso macroeconômico, mas criam tensões profundas na indústria, emprego e dissonância social

Após dois anos no poder, o presidente Javier Milei transformou a Argentina em um grande laboratório econômico. Suas medidas de ajuste fiscal e reformas liberais provocaram forte impacto na economia, gerando redução da inflação e superávit nas contas públicas, mas também aprofundando tensões sociais e trabalhistas em diversas regiões do país.
A agenda de Milei conseguiu restaurar parte da confiança dos investidores e estabilizar o câmbio, resultados celebrados pelo governo como prova de eficiência da política econômica. No entanto, os custos sociais da transformação são altos: o desemprego aumentou, o setor industrial perdeu fôlego, e os índices de pobreza cresceram, especialmente entre trabalhadores informais e famílias de baixa renda.
A rápida abertura comercial e o corte de subsídios afetaram a indústria nacional, que enfrenta queda na produção e fechamento de fábricas. Muitos empresários alertam para um processo de desindustrialização precoce, que ameaça empregos e compromete a recuperação de longo prazo.
No campo social, as manifestações contra as medidas de austeridade se multiplicam. Sindicatos e movimentos populares denunciam reduções em programas sociais, aumento do custo de vida e concentração de renda. Mesmo assim, Milei mantém apoio de parte da população que acredita na necessidade de “sacrifícios” para reconstruir o país.
Com a economia ajustada, mas o tecido social em tensão, a Argentina entra em uma nova fase de desafios: reconquistar o crescimento com inclusão, estabilizar o emprego e preservar o apoio político para consolidar as reformas. O futuro do governo Milei dependerá da capacidade de equilibrar resultados econômicos com justiça social — e de provar que seu projeto libertário pode ser sustentável.
Mundo
Israel retoma ataques em Gaza e ameaça acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA
Missão diplomática liderada por enviados de Donald Trump tenta conter escalada de violência após novas ofensivas israelenses

A tensão voltou a crescer no Oriente Médio. Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (20), apenas dez dias após a assinatura do acordo de cessar-fogo, colocando em risco o frágil plano de paz mediado pelos Estados Unidos.
De acordo com autoridades locais, três palestinos morreram durante uma nova ofensiva israelense no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza. O Exército de Israel afirmou que os disparos ocorreram após a identificação de “terroristas cruzando a linha amarela” na região de Shejaiya, e declarou que continuará a “eliminar qualquer ameaça imediata”.
Enquanto isso, os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, chegaram a Tel Aviv para tentar preservar o cessar-fogo e se reunirão com membros do governo de Binyamin Netanyahu. O Egito, por sua vez, sediará uma reunião com o Hamas, buscando avançar nas negociações de paz.
Testemunhas relataram disparos de tanques israelenses e afirmam que moradores ainda estão confusos sobre o traçado da área de recuo militar, já que não há sinalizações visíveis no território devastado.
A escalada de violência ocorre em meio a impasses sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses. Israel acusa o Hamas de atrasar propositalmente o processo, enquanto o grupo alega dificuldades para recuperar corpos soterrados sob escombros.
O primeiro-ministro Netanyahu também anunciou que a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, condicionando sua reabertura ao cumprimento integral do acordo.
O plano de paz idealizado pelo ex-presidente Trump enfrenta agora seus maiores desafios, com pendências sobre o desarmamento do Hamas, a governança futura de Gaza e o avanço na criação de um Estado palestino — pontos ainda sem consenso entre as partes envolvidas.
Mundo
Trump emociona o Parlamento de Israel e promete “era de ouro” para o Oriente Médio
Em Conquista, médica reafirma compromisso com conservadorismo, critica administração do PT e estimula esperança nos patriotas baianos

Sob aplausos e forte comoção, Donald Trump participou nesta segunda-feira (13) de uma sessão histórica no Parlamento de Israel, marcada pelo retorno dos últimos sobreviventes do cativeiro do Hamas, após dois anos de guerra. Em um discurso com tom espiritual e político, o ex-presidente dos Estados Unidos exaltou a fé, a força e o papel de Israel na busca pela paz no Oriente Médio.
Em suas palavras iniciais, Trump agradeceu “ao Deus Todo-Poderoso de Abraão, Isaque e Jacó” pela libertação dos reféns. “Após dois anos angustiantes na escuridão e no cativeiro, 20 reféns corajosos estão retornando ao abraço de suas famílias, e isso é glorioso”, declarou, chamando o momento de “profunda alegria, grande esperança e fé renovada” para todo o mundo.
O republicano destacou que Israel conquistou vitórias pela força das armas, com o apoio dos Estados Unidos, mas que agora é o momento de transformar o poder militar em prosperidade e reconciliação. “Israel, com nossa ajuda, ganhou tudo o que pode ser logrado pela força das armas. Agora é o momento de converter essas vitórias contra os terroristas no prêmio final da paz e da prosperidade para todo o Oriente Médio”, afirmou diante dos parlamentares israelenses.
Reforçando sua mensagem de otimismo, Trump disse que, assim como os Estados Unidos vivem uma “nova era de ouro”, chegou a hora de Israel e de toda a região experimentarem o mesmo ciclo de bênçãos e progresso. Ele assegurou que o Hamas será desarmado e que a segurança de Israel não será mais ameaçada.
Trump ainda fez menção à sua equipe diplomática, agradecendo especialmente ao enviado especial do Oriente Médio, Steve Witkoff, pelos esforços nas negociações de paz. Em tom bem-humorado, ele chegou a brincar com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, afirmando que “não é fácil de lidar, mas é isso que o torna ótimo”.
O ex-presidente também expressou gratidão aos países árabes envolvidos no cessar-fogo e sinalizou que o fim da guerra entre Israel e Hamas pode abrir caminho para um acordo de paz com o Irã. “Acho que temos uma oportunidade… Acho que será fácil, mas primeiro temos que resolver a questão da Rússia”, disse Trump, destacando que a Ucrânia continua sendo uma prioridade em sua agenda internacional.
Durante o discurso, houve interrupções de parlamentares de esquerda, que exibiram faixas com os dizeres “Reconheçam a Palestina!”. Os manifestantes, Ayman Odeh e Ofer Cassif, foram retirados pela segurança do Knesset. Trump reagiu com leveza: “Foi muito eficiente”, brincou, arrancando risadas do plenário.
O pronunciamento foi recebido como um marco de esperança e fé renovada em Jerusalém, com forte repercussão entre líderes religiosos e diplomáticos que veem no gesto de Trump uma possível retomada do diálogo pela paz no Oriente Médio.
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