Polícia
Operação da PF mira prefeito de Sorocaba e apreende R$ 1,7 milhão
Ação investiga supostos desvios na Saúde; valores foram encontrados em cinco cidades, incluindo São Paulo e Araçoiaba.

A Polícia Federal concluiu nesta sexta-feira (11) a contagem do montante apreendido na Operação Copia e Cola, que investiga supostos desvios de recursos públicos na área da saúde envolvendo a Prefeitura de Sorocaba, interior de São Paulo. Ao todo, os agentes recolheram R$ 1.760.157,00 em espécie, encontrados em endereços ligados aos alvos da investigação nas cidades de Itu, Sorocaba, Santos, Araçoiaba da Serra e São Paulo.
O foco principal da operação é o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e pessoas próximas a ele. Segundo a PF, o esquema teria operado por meio da contratação irregular de uma organização social para gerir unidades de saúde no município, além de movimentações financeiras suspeitas, como depósitos em dinheiro, pagamento de boletos e transações imobiliárias que levantam indícios de lavagem de dinheiro.
O maior volume de dinheiro – R$ 863.854,00 – foi localizado em caixas de papelão dentro de um carro na capital paulista. O veículo, de acordo com a investigação, pertence a um pastor suspeito de atuar como operador financeiro do grupo. Em Araçoiaba da Serra, a Polícia encontrou mais R$ 646.350,00 em espécie. Também foram apreendidas quantias em:
- Santos – R$ 123.800,00
- Itu – R$ 89.050,00
- Sorocaba – R$ 36.781,00
A Justiça Federal autorizou o sequestro de bens dos investigados até o limite de R$ 20 milhões.
Em nota, os advogados do prefeito Rodrigo Manga afirmaram que a ação da PF foi “desnecessária e abusiva”, considerando que os fatos investigados remontam a 2021 e que não haveria elementos mínimos que vinculem o prefeito a qualquer irregularidade. A defesa classificou a operação como uma “pesca probatória ilegal” e criticou o que entende como “uso político da força policial”.
“Não se pode permitir que se faça uso político de nossa força policial, induzindo o Poder Judiciário em erro”, diz trecho da nota assinada pelos advogados Daniel Leon Bialski, Bruno Garcia Borragine, André Mendonça Bialski, Flávia Maria Ebaid e Júlia Zonzini.
A Prefeitura de Sorocaba também se manifestou, destacando que a investigação faz parte de uma operação mais ampla que envolve 13 municípios paulistas. A administração municipal reiterou que está colaborando com as autoridades e afirmou que a operação ocorre em um momento de “grande projeção do prefeito Rodrigo Manga no cenário nacional”, mencionando inclusive seu nome entre possíveis candidatos ao governo do Estado de São Paulo ou à Presidência da República.
“Não é a primeira vez na história que vemos ‘forças ocultas’ se levantarem contra representantes que se projetam como alternativa ao sistema e dão voz ao povo”, diz trecho da nota da prefeitura.
A Operação Copia e Cola segue em andamento e deve ter novos desdobramentos nos próximos dias.
Polícia
Aluno do curso de sargento da PM-BA passa mal durante formação em Salvador
Episódio acende alerta para saúde mental de profissionais da segurança pública no estado

Um aluno do curso de formação para sargento da Polícia Militar da Bahia precisou ser internado às pressas após passar mal durante as atividades no CFAP (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças), localizado no bairro de Ondina, em Salvador, na quarta-feira (21).
O Al SGT PM foi encaminhado para atendimento médico na UPA dos Barris, onde recebeu os primeiros cuidados.
O caso causou preocupação entre colegas e reabriu o debate sobre a pressão psicológica enfrentada por policiais em formação. Embora os detalhes clínicos não tenham sido divulgados oficialmente, a situação remete a discussões mais amplas sobre o impacto da rotina militar na saúde mental dos agentes da segurança pública.
O advogado e policial militar da reserva, Dinoermeson Tiago dos Santos Nascimento, que também é advogado da Associação dos Militares Estaduais da Bahia – Centenária Milícia de Bravos e professor de Direito Militar, se manifestou sobre o caso. Para ele, é necessário repensar práticas institucionais dentro da corporação:
“Muitas vezes o mau trato vem travestido de hierarquia e disciplina. É uma linha muito tênue que a maioria dos gestores da PM-BA ainda não sabe administrar”, afirmou.

“Vivemos um momento crítico, com aumento de casos de sofrimento psíquico entre os profissionais da segurança pública. Precisamos acender a luz amarela para proteger quem vive diariamente em contato direto com o risco e com a dor”, completou.
Dinoermeson destaca ainda a importância de fortalecer o diálogo interno e oferecer acolhimento psicológico, a fim de evitar que o desgaste emocional comprometa tanto os policiais quanto a sociedade civil, que é diretamente impactada pela atuação desses profissionais.
O episódio reforça a urgência de que o comando da PM-BA e as autoridades estaduais implementem protocolos de apoio e prevenção em saúde mental, especialmente durante os cursos de formação, que frequentemente envolvem altos níveis de exigência física e emocional.
Polícia
Fraudes no INSS: PF mira operador financeiro
Nova etapa da Operação Sem Desconto apura uso de recursos desviados de aposentados na compra de veículos de luxo

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (14), uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Presidente Prudente (SP), autorizados pela 10.ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
Nesta fase, as investigações se concentram na atuação de um operador financeiro ligado a uma das associações investigadas, que teria utilizado recursos oriundos das fraudes para comprar veículos de alto valor, com indícios de lavagem de dinheiro.
A operação é um desdobramento da primeira etapa realizada em 2024, quando a PF realizou buscas em 211 endereços distribuídos por 13 estados e no Distrito Federal, resultando na prisão temporária de seis pessoas suspeitas de participação no esquema.
De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), houve um aumento vertiginoso no volume de descontos realizados entre 2019 e 2020 em nome de associações que operavam sem autorização dos beneficiários. A CGU afirma ainda que o INSS ignorou seis ofícios enviados entre maio e julho de 2024 alertando para possíveis irregularidades.
Os alvos da investigação são entidades que se apresentavam como associações representativas, mas que realizavam descontos não autorizados diretamente nos benefícios previdenciários, prejudicando milhares de aposentados em todo o país.
A Polícia Federal reforça que a apuração prossegue com o objetivo de rastrear o caminho do dinheiro e responsabilizar os envolvidos, inclusive por crimes financeiros, contra a administração pública e lavagem de dinheiro.
Polícia
Opinião | Falas polêmicas abalam clima entre PM e Polícia Civil
Addson Gomes, investigador da Polícia Civil, usou suas redes sociais e fez críticas contra a PM e a Guarda Municipal

As declarações recentes do investigador da Polícia Civil da Bahia, Addson Gomes, trouxeram um debate delicado sobre o relacionamento entre as forças de segurança do estado. Em vídeo que circula nas redes sociais, o policial civil criticou duramente a atuação da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Salvador, gerando reações dentro e fora das corporações.
Apesar do direito à livre expressão garantido a todo cidadão, inclusive servidores públicos, o tom e o conteúdo das falas de Addson levantam questionamentos sérios: como se sentem hoje os policiais militares e os guardas civis que arriscam suas vidas diariamente nas ruas, em operações que exigem coragem, responsabilidade e disciplina? Que tipo de ambiente os espera ao chegar numa delegacia após uma prisão ou ocorrência complexa?
As falas de um servidor público que ocupa cargo de confiança em uma das engrenagens do sistema de segurança podem acabar gerando insegurança institucional e desconfiança mútua. Quando a crítica ganha contornos ideológicos e pessoais, há o risco de se criar um ambiente de instabilidade entre aqueles que, em tese, deveriam atuar de forma integrada.
É preocupante imaginar que o exercício das funções policiais, em especial nas ruas, onde há trocas de tiros, prisões de alta complexidade e contato direto com a população, possa ser impactado por percepções ideológicas dentro do próprio sistema. O profissional da linha de frente precisa confiar que será tratado com imparcialidade e respeito por seus colegas da Polícia Civil, independentemente de suas convicções políticas ou origem institucional.
O episódio também levanta uma questão importante sobre a conduta de servidores públicos nas redes sociais. Se por um lado a liberdade de expressão é um direito inalienável, por outro, a responsabilidade de quem representa o Estado deve vir em primeiro lugar, sobretudo quando o conteúdo pode colocar em risco a harmonia entre corporações que têm como missão comum garantir a ordem e a segurança da sociedade.
Em tempos de polarização, é urgente reafirmar que a segurança pública precisa se pautar pela técnica, pelo respeito mútuo e pelo profissionalismo. O foco deve estar na cooperação entre instituições e não na rivalidade entre seus agentes.
- Bahia6 dias atrás
Governo da Bahia antecipa salário e decreta ponto facultativo no São João
- Brasil3 dias atrás
Renault convoca recall de Duster e Duster por risco de falha grave no eixo traseiro
- Brasil4 dias atrás
Mercado Livre reduz limite para frete grátis e mira expansão no Brasil
- Política5 dias atrás
Santa Teresinha recebe ambulância do SAMU após articulação de Rogério Andrade
- Política3 dias atrás
MPF quer que Globo mantenha afiliada de Collor até 2030
- Política2 dias atrás
Lula se hospeda em hotel de luxo com diária de até R$ 35 mil durante visita à França
- Política2 dias atrás
Deputado Marcone Amaral lidera aproximação entre Vitória e fundo dono do PSG
- Política5 dias atrás
Zambelli não é “intocável” na Itália e pode ser extraditada, apontam juristas e parlamentares